SP Foto 2019: LAMB Arts vai participar pela primeira vez do evento (Lamb Arts/Reprodução)
Estadão Conteúdo
Publicado em 22 de agosto de 2019 às 18h25.
São Paulo — Três galerias participam pela primeira vez da SP-Foto em 2019. Almeida e Dale e LAMB Arts, de São Paulo, e Zielinsky, de Barcelona, trazem à feira artistas jovens e veteranos, com trabalhos que exploram universos diversos que vão da arquitetura ao sonho.
A galeria Almeida e Dale + Leme expõe mais de 50 obras de Jean Manzon (1915-1990) e Luiz Braga. Os trabalhos selecionados de Manzon foram produzidos entre os anos 1950 e 1960, em uma das expedições dos irmãos Villas Bôas ao Xingu. Já as fotografias de Luiz Braga, representações da periferia e da natureza do Pará, foram produzidas entre 1986 e 1990.
"Nós estamos fazendo um trabalho de expansão para o público mais jovem", afirma o galerista Antonio Almeida. Para ele, a SP-Foto tem um importante papel de formação de mercado e público. "É uma feira que tem um tíquete mais acessível para colecionadores jovens, que estão buscando iniciar uma coleção e aprimorar conhecimento", diz.
Baseada em Londres e em São Paulo, a LAMB Arts chega à SP-Foto após cinco anos de exposição na SP-Arte. Lucinda Bellm, dona da galeria, afirma que a intenção é trabalhar com artistas jovens e em ascensão. A LAMB expõe trabalhos de Tinko Czetwertynski, Gleeson Paulino, Kate Bellm, Ruben Brulat e Fabricio Brambatti. Entre as fotografias de Brambatti, está Posso Morrer Feliz, que retrata os festejos de Iemanjá em Salvador, na Bahia.
A galeria Zielinsky reúne obras de cinco artistas: Eduardo Marco, Antoni Abade, Leonardo Finotti, Pachi Santiago e Yamandú Canosa. "São fotógrafos que, em tese, têm estéticas diferentes, mas nós fazemos a aproximação por temáticas e pela linguagem em P&B", explica o galerista Ricardo Zielinsky. Entre as obras, estão fotografias de Leonardo Shinoti, que registram tomadas aéreas de um jardim projetado por Burle Marx, a obra Música, de Antoni Abade, composta por 30 fotos de uma modelo falando italiano em linguagem de sinais.
Jean Mazon
O fotógrafo francês radicado no Brasil é um dos nomes mais importantes do fotojornalismo brasileiro. No estande da galeria Almeida e Dale + Leme, é possível conferir seus registros de uma expedição dos irmãos Villas Bôas ao Xingu.
Fabricio Brambatti
Criador da série O Paraíso na Sarjeta, uma imersão nas ruas do bairro República, Brambatti tem dois trabalhos expostos no estande da LAMB Arts: Posso Morrer Feliz e Felicidade.
Antoni Abadi
O fotógrafo tem um trabalho consistente com grupos excluídos. Música, no estande da Zielinsky, retrata língua italiana de sinais.
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.