Não tenho razão para permanecer no atletismo, diz Bolt
Bolt vai pendurar a sapatilha depois do campeonato mundial de Londres em agosto, fechando a cortina de uma carreira que produziu oito ouros olímpicos
Reuters
Publicado em 14 de fevereiro de 2017 às 22h20.
Mônaco - O grande velocista jamaicano Usain Bolt disse não se arrepender da decisão de se aposentar do atletismo em 2017, uma vez que ele conquistou tudo o que queria no esporte.
Bolt vai pendurar a sapatilha depois do campeonato mundial de Londres em agosto, fechando a cortina de uma carreira que produziu oito ouros olímpicos.
"Eu simplesmente fiz tudo que eu queria fazer no esporte", afirmou Bolt à Reuters no tapete vermelho da premiação mundial esportiva Laureus, em Mônaco.
"Eu perguntei ao Michael Johnson (ex-corredor norte-americano) a mesma coisa: 'Por que você se aposentou quando você era o melhor?'. Ele disse o mesmo, que ele tinha feito tudo o que queria fazer no atletismo, e então não havia mais razão para permanecer no esporte. Agora eu entedo o que ele queria dizer."
Bolt completou o chamado "triplo-triplo" de títulos olímpicos dos 100 m, 200 m e 4x100 m no Rio de Janeiro no ano passado, mas a sua medalha de ouro do revezamento de 2008 foi retirada no mês passado depois que a amostra do companheiro de equipe Nesta Carter foi reavaliada e mostrou traços de substância proibida.
Carter disse que vai recorrer na Corte Arbitral do Esporte.
Bolt, de 30 anos, impulsionou a sua equipe de conhecidos atletas internacionais para a vitória num evento de atletismo em Melbourne, na semana passada.
Ele disputou a sua primeira corrida individual do ano e venceu a prova dos 150 m.
"Eu só queria correr e ser parte daquilo", afirmou. "Tive que tomar cuidado porque eu não estava no nível que eu geralmente estou. Foi a primeira vez que eu competi neste período do ano."