O diretor Thomas Vinterberg venceu o Oscar de filme internacional por "Druk - Mais Uma Rodada" (AFP/AFP)
Julia Storch
Publicado em 26 de abril de 2021 às 09h01.
Última atualização em 26 de abril de 2021 às 10h58.
Um dia depois da vitória no Oscar do filme dinamarquês "Druk - Mais Uma Rodada", o psiquiatra que supostamente inspirou o longa-metragem voltou a desmentir a teoria atribuída a ele, a de que o homem nasce com déficit de álcool no sangue.
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Vencedor do Oscar na categoria de filme internacional, a obra do cineasta dinamarquês Thomas Vinterberg mostra quatro professores que exploram os efeitos da embriaguez.
Na origem da experiência está uma suposta teoria atribuída ao filósofo e psiquiatra norueguês Finn Skårderud, que teria afirmado que o homem nasce com um déficit de 0,5g de álcool no sangue.
Uma "fake news" nascida de uma "leitura seletiva do prefácio que ele escreveu para a tradução norueguesa de "Os efeitos psicológicos do vinho", do italiano Edmondo de Amicis, reiterou nesta segunda-feira Skårderud.
"Na primeira página escrevi que após uma taça ou duas taças, sim, vida é muito boa, pensamos que talvez tenhamos nascido com um déficit de 0,5g", explicou à rádio norueguesa NRK. "Mas no parágrafo seguinte, eu rejeito a teoria por completo", disse.
Esta interpretação equivocada de suas palavras o deixou preocupado. "Inicialmente foi um pouco desconfortável porque, afinal, sou médico, psiquiatra, trato pessoas que sofrem de dependência, encontro as famílias", afirmou a NRK.
Mas a pequena notoriedade rendeu um contato de Thomas Vinterberg e ele virou uma "espécie de consultor" durante as filmagens de "Druk", que considera um filme "equilibrado".
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