Camacho (direita) em luta de 2001: pugilista fez história no boxe portorriquenho enfrentando os melhores das divisões em que esteve ativo (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 24 de novembro de 2012 às 14h16.
São Paulo - O ex-boxeador portorriquenho Héctor 'Macho' Camacho, baleado na terça-feira na cabeça, morreu neste sábado depois de ter sido desconectado de um respirador artificial que o mantinha com vida, disse à AFP uma fonte médica em San Juan.
"Nesta madrugada Camacho sofreu uma parada cardíaca. Não havia nada mais a ser feito por ele e minutos depois o desconectamos das máquinas", disse o doutor Erneto Torres, diretor do Centro Medico de Río Piedras, onde estava o ex-atleta de 50 anos.
Camacho foi baleado na terça-feira passada em um confuso incidente na estrada PR-167 próximo ao centro comercial Plaza del Sol em Bayamón, quando estava em um carro dirigido por seu amigo de infância Alberto Yamil Mojica Moreno, que morreu no local.
A bala que atingiu o pugilista na área do rosto impactou as vértebras C-5 e C-6 e se alojou em seu ombro direito. Também tem uma lesão na artéria carótida que afetou o fluxo sanguíneo ao cérebro.
O pugilista fez história no boxe portorriquenho enfrentando os melhores das divisões em que esteve ativo, entre elas seus compatriotas Edwin 'Chapo' Rosario e Félix Trinidad, o mexicano Julio César Chávez, o norte-americano Sugar Ray Leonard e o panamenho Roberto 'Mão de Pedra' Durán, com um recorde de 79 vitórias e 6 derrotas (38 nocautes) ganhando os títulos mundiais de super pluma, ligeiro e super ligeiro na década de 1980.
Em 1983 conquistou a coroa vaga do Conselho Mundial de Boxe no peso super pluma ao vencer em San Juan a Rafael 'Bazooka' Limón por nocaute no quinto assalto e em 1985 obteve o cinturão do peso ligeiro do Conselho Mundial de Boxe ao vencer o mexicano José Luis Ramírez por decisão unânime.