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Morre Gerson, pivô da seleção de basquete que derrotou EUA no Pan de 1987

Ex-atleta de basquete sofria de doença degenerativa diagnosticada ano passado

 (CBB/Arquivo/Agência Brasil)

(CBB/Arquivo/Agência Brasil)

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Agência Brasil

Publicado em 30 de abril de 2020 às 13h48.

Última atualização em 30 de abril de 2020 às 13h49.

Um dos ícones da seleção masculina de basquete dos anos de 1980, o ex-jogador Gérson Victalino, de 60 anos, morreu  nesta quarta (29), em decorrência de complicações causadas pela esclerose lateral amiotrófica (ELA), doença degenerativa contra a qual lutava desde novembro do ano passado.  A Confederação Brasileira de Basquete (CBB) foi a primeira a confirmar, em rede social, o falecimento do ex-jogador, recordista de participações pela seleção. Foram ao todo 67 jogos e três edições de Olimpíadas: Los Angeles (1984); Seul (1988) e Barcelona (1992).

“É com grande pesar que informamos o falecimento do gigante Gerson Victalino (...) Nosso eterno agradecimento e pêsames por sua partida”, expressou a CBB em postagem no twitter oficial da entidade.

A morte precoce do ex-atleta causou comoção e as demonstrações de pesar se multiplicaram. Entre elas, a do Corinthians, onde Gérson jogou de 1983 a 1986, ajudando a conquistar dois títulos estaduais.

O jogador Eduardo Agra, companheiro de seleção e também no Timão, recordou com carinho da convivência com o atleta ao postar um depoimento em resposta à postagem da CBB no Twitter.

“Estou muito triste. Ele era meu companheiro de Corinthians, de seleção brasileira, meu companheiro de quarto nas viagens pelo clube e algumas da seleção, meu vizinho de prédio; morávamos no mesmo prédio em Moema e íamos treinar no Corinthians todos os dias, meu companheiro de carona… Uma pessoa muito simples, mas de um coração imenso. Tenho ótimas recordações dele nas Olimpíadas, fomos campeões juntos no Corinthians...Quero expressar meus sentimentos a toda família e a todos os amigos, e a toda comunidade do basquete brasileiro que fica triste com a perda deste grande jogador da seleção brasileira.

O clube catalão Baxi Manresa, da Liga Espanhola de Basquete (Endesa), onde Gerson jogou na temporada 1988/1989 também prestou homenagem ao craque das quadras.

Carinhosamente chamado de Gersão, o pivô começou a jogar aos 18 anos e não demorou a se destacar em quadra com seus 2m05 de altura. Estreou profissionalmente em 1979, pelo Ginástico, e dois anos depois já integrava a seleção brasileira. Vestiu ainda as camisas de Monte Líbano, Corinthians, Jales, Sport, Recife e Remo, além do espanhol Manresa.

O ex-pivô disputou três olimpíadas - se despediu nos Jogos de 1992 - duas edições de Mundiais, e faria parte do elenco lendário que fez história ao desbancar a favorita seleção norte-americana na final dos Jogos Pan-Americanos de 1987 - vitória por 120 a 115 - em Indianápolis, na casa adversária.  O camisa 6 comemorou a medalha de ouro ao lado Israel, Guerrinha, Oscar Smith, e Marcel, além do comandante Ary Vidal, o técnico na época.

O jogador se aposentou das quadras em 2002. Em novembro do ano passado, ele foi diagnosticado com ELA, doença degenerativa que atinge o sistema nervoso, causando paralisia progressiva. Gérson Victalino faleceu em Belo Horizonte (MG) e deixa quatro filhos.

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