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Espumante gaúcho é eleito o melhor do mundo em concurso no Chile

A vinícola brasileira Nova Aliança foi premiada no 29º Catad'Or World Wine Awards, destacando-se entre 1.300 amostras de 17 países

(Anastassiya Bezhekeneva/Getty Images)
Gilson Garrett Jr.

Repórter de Lifestyle

Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 17h19.

Última atualização em 2 de dezembro de 2024 às 17h19.

O espumante brasileiro Moscatel Rosé da Nova Aliança Vinícola Cooperativa foi eleito o melhor vinho de borbulhas no 29º Catad'Or World Wine Awards. O prestigiado concurso, realizado em Moticello, no Chile, entre os dias 11 e 16 de novembro, premiou 22 vinhos e espumantes do Brasil em um universo de 1.300 amostras de 17 países. As amostras foram avaliadas por um júri internacional composto por 80 especialistas no assunto.

Esta edição foi histórica, sendo a maior da competição até hoje. A Organização Internacional da Vinha e do Vinho (OIV) e a Associação de Enólogos e Agrônomos do Chile (ANIAE), membro do Vinofed (Federação Mundial das Principais Competições Internacionais de Vinhos e Bebidas Espirituosas), conferiram a chancela ao evento.

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Entre os jurados estavam os diretores da Associação Brasileira de Enologia (ABE), os enólogos Juliano Perin e Vanessa Stefani. "Fiquei muito feliz com a representatividade do Brasil, com muitas amostras e prêmios", diz Vanessa ressaltando que o país ficou em segundo lugar no número de amostras, atrás apenas do Chile, o país anfitrião.

O espumante brasileiro Moscatel Rosé se destacou entre os vinhos de borbulhas premiados, mas o melhor vinho eleito pelos jurados foi o Wakefield St Andrews Cabernet Sauvignon 2021, da vinícola australiana Wakefield Taylors Wines, sendo escolhido também como o melhor vinho tinto.

Nova Aliança: 100 anos

Com quase 100 anos de história, a Nova Aliança Vinícola Cooperativa é a cooperativa em atividade mais antiga do Brasil. Localizada na Serra Gaúcha, a cooperativa reúne cerca de 700 famílias cooperadas e unidades produtivas em Flores da Cunha, Farroupilha e Santana do Livramento, na Campanha Gaúcha. Anualmente, processa aproximadamente 60 milhões de quilos de uvas, o que representa cerca de 7% da produção nacional de uvas.

Apesar de sua longa trajetória, a vinícola está se preparando para um grande salto, buscando aumentar a produção de vinhos finos e espumantes, com foco em um crescimento mais robusto neste setor. Atualmente, a produção de espumantes responde por apenas 20% do faturamento da Nova Aliança, enquanto o suco de uva ainda representa 80%. A meta é que, até o centenário da cooperativa, esse equilíbrio se aproxime de 50% para cada segmento.

Heleno Facchin, CEO da Nova Aliança, destaca que dois pilares sustentam essa estratégia de expansão: a qualidade da infraestrutura e os investimentos em equipamentos. Recentemente, a vinícola implantou uma nova linha produtiva com capacidade de ampliar a produção em 200%.

Essa linha, exclusiva para a Nova Aliança, permite a produção de até 6.000 garrafas de vinhos e espumantes por hora. O investimento total foi de R$ 10 milhões. Facchin também ressaltou o investimento em barricas de carvalho e autoclaves para a elaboração de espumantes, buscando sempre elevar a qualidade e a performance da produção.

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