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Adaptação de Maze Runner impressiona com labirinto e cenas de ação

Filme não foge dos clichês de obras baseadas em livros de ficção juvenis, mas tem visual impressionante e personagens cativantes

mazerunner (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2014 às 20h57.

Confesso que nunca li nenhum dos livros da trilogia de Maze Runner, escrita por James Dashner. Também mal tinha ideia de qual seria a história, e o máximo que soube foi o que sinopse havia contado: um menino, Thomas, acorda sem memória, cercado de suprimentos e dentro de uma espécie de gaiola. Ele é recebido por um pequeno grupo de garotos, que vive em uma comunidade simples, regida por apenas três leis básicas. Surpreendente, claro – mas ainda mais por causa de um enorme labirinto que cerca todo o local e mantém o grupo preso.

As paredes altas são, em teoria, a única saída da chamada Clareira (ou “Glade”, no original), e as passagens dali são exploradas apenas pelo seleto grupo de corredores liderador por Minho (Kee Hong Lee). Em resumo, ninguém além deles e do líder do grupo entra ali sem autorização. Mas como estamos falando de um filme baseado em uma obra juvenil, o protagonista precisa tomar a iniciativa, visto que o grupo está preso ali há pelo menos três anos.

O que o herói descobre ao contestar as regras, no entanto, não faz tão bem para ele. No grupo de meninos, há quem não concorde com as violações, e o labirinto não é dos lugares mais convidativos para os novatos graças aos monstros chamados Verdugos – que rondam os corredores à noite, especialmente, quando o labirinto “se move” e as portas se fecham. Fora que o lado contestador também prejudica a comunidade fazendo coisas estranhas acontecerem – uma menina, Teresa, chega ao local, por exemplo.

Mas burlar as regras também traz descobertas úteis (alguns spoilers a seguir): é Thomas, por exemplo, quem descobre o real motivo da existência do labirinto – tem a ver com um experimento, como no game Portal, e envolvem a marca W.C.K.D., dos suprimentos, aliás. Há também um futuro apocalíptico na trama, mas paremos aqui para não entregar todo o enredo (fim dos spoilers).

Enfim, todos os elementos de um longa-metragem do gênero – que parecem ter se popularizado hoje em dia, como comprovam “Jogos Vorazes” e “Divergente”, por exemplo – estão ali. Temos o jovem, que apesar de contestado, consegue seguidores e vira líder e herói, temos o futuro apocalíptico, o “rival” que não concorda com as ideias e os “adultos vilões”, que fazem apenas uma rápida aparição.

É relativamente clichê, mas nem por isso é ruim. Os elementos particulares do filme – em especial o visualmente espetacular labirinto, que poderia ser ainda melhor explorado – são uma ótima adição, as cenas de ação empolgam quase sempre e os efeitos visuais são muito bem trabalhados. Mérito, possivelmente, do diretor Wes Ball, que tem experiência nas partes de arte e efeitos em uma série de documentários e curtas-metragens.

O protagonista, Thomas (Dylan O'Brien, de "Teen Wolf"), e seu par, Teresa (Kaya Scodelario, de “Lunar”), não são exatamente cativantes, no entanto. Mas temos personagens de sobra, como o líder Alby (Aml Ameen), o ótimo Newt (Thomas Brodie-Sangster, de “Game of Thrones”), Chuck (Blake Cooper) e o “antagonista” Gally (Will Pouter), para salvar nesse ponto.

Por fim, o final, um tanto incompleto, não deve deixar os leitores do livro muito satisfeitos, como atentou a agência Reuters. Mas quem mal folheou a obra escrita deve ficar com a curiosidade atiçada dados os vários mistérios deixados no ar com o desfecho. O segundo filme, no entanto, ainda não tem data definida de estreia – mas deve começar a ser produzido ainda neste mês.

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Ficha técnica:

"Maze Runner: Correr ou Morrer" (20th Century Fox)

Gênero: Ficção / Ação

Duração: 113 min.

Direção: Wes Ball

Elenco: Dylan O'Brien, Kaya Scodelario, Aml Ameen, Ki Hong lee, Thomas Brodi-Sangster, Black Cooper e Will Pouter

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