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Março Lilás: saiba sobre o mês da conscientização e combate ao câncer de colo de útero

A OMS desenhou a estratégia de eliminação do câncer do colo do útero tendo como prioridade a vacinação contra o HPV

Março Lilás: mês da conscientização e combate ao câncer de colo de útero (Panuwat Dangsungnoen/Getty Images)
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 20 de março de 2024 às 15h42.

No Brasil, o câncer de colo de útero éa segunda maior causa de morte por câncer em mulheres de 20 a 49 anos. Além disso, o câncer de colo de útero é o terceiro tipo de câncer mais incidente entre as mulheres, de acordo com levantamento feito pelo Instituto Nacional de Câncer (INCA).

O Março Lilás, mês da conscientização e combate ao câncer de colo de útero, é um importante momento para conscientizar mulheres e homens sobre a relevância dos exames preventivos e da vacinação contra a infecção pelo Papilomavírus Humano (HPV), que é um dos principais fatores de risco para o desenvolvimento desse tipo de câncer, que mata uma mulher a cada hora no Brasil.

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Contudo, um estudo da Fundação do Câncer divulgado em 2023 mostra que o país está abaixo da meta de vacinação contra o HPV. A meta estipulada pelo Ministério da Saúde é vacinar 80% da população elegível até 2023.

A OMS desenhou a estratégia de eliminação do câncer do colo do útero tendo como prioridade a vacinação contra o HPV, assim como rastreio e tratamento adequado.

O estudo da Fundação do Câncer aponta quea cobertura vacinal da população feminina entre 9 a 14 anos alcança 76% para a primeira dose, e apenas 57% para a segunda dose.Dependendo da região do país, a adesão à segunda dose varia entre 50% a 62%.

Já entre a população masculina, a cobertura vacinal é de 52% na primeira dose, e 36% na segunda.

Dados do INCA indicam que no triênio 2023-2025 haverá mais de 17 mil novos casos de câncer de colo de útero por ano no Brasil, uma incidência preocupante na ordem de 15,38 casos a cada 100 mil mulheres.

Um estudo da Fundação do Câncer mostra que metade das mulheres com câncer de colo de útero procura as unidades de saúde com a doença já em estágios avançados, quando as chances de sucesso do tratamento são reduzidas.

A cobertura vacinal contra o HPV é maior na região Sul do país, com 87,8% de meninas entre 9 a 14 anos com a primeira dose e 62% segunda dose, e o meninos entre 11 a 14 anos com 63,8% primeira dose e 43% com a segunda dose.

Já na região Norte, meninas entre 9 a 14 anos tomaram 68,5% primeira dose e 50,2% segunda dose. E entre meninos entre 11 a 14 anos, 41,6% já tomaram a primeira dose e 28,1% segunda dose.

É importante lembrar que o Brasil disponibiliza, por meio do Sistema Único de Saúde (SUS), a vacina quadrivalente contra o HPV para meninas e meninos de 9 a 14 anos, homens e mulheres transplantados, pacientes oncológicos em uso de quimioterapia e radioterapia, pessoas vivendo com HIV/Aids e vítimas de violência sexual.

Na rede privada, há ainda a disponibilidade da vacina nonavalente para mulheres e homens até 45 anos, que protege contra os nove tipos mais comuns de HPV e orefece 90% de proteção contra o câncer de colo de útero.

Acompanhe tudo sobre:OMS (Organização Mundial da Saúde)SaúdeVacinas

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