Mano rompe silêncio e defende trabalho feito na seleção
O treinador lembrou de seu período à frente do Brasil e defendeu a postura adotada por ele de tentar fazer a equipe voltar a ser "dominante" no cenário mundial
Da Redação
Publicado em 29 de abril de 2013 às 23h20.
Rio de Janeiro - O técnico Mano Menezes quebrou o silêncio nesta segunda-feira e deu sua primeira entrevista depois que foi demitido do comando da seleção brasileira em novembro do ano passado.
O treinador pouco falou sobre seu futuro, mas lembrou de seu período à frente do Brasil e defendeu a postura adotada por ele de tentar fazer a equipe voltar a ser "dominante" no cenário mundial.
"Continuo pensando assim, trabalhei durante dois anos e meio nessa direção. Durante algumas passagens, fui advertido de que talvez não devesse perseguir isso, mas achei que devia. E tentei fazer isso enquanto estive à frente da seleção brasileira", declarou, em entrevista ao canal SporTV.
Mano Menezes falou sobre a análise feita por ele de que o Brasil já não possuía a melhor seleção do mundo e precisava se esforçar para chegar ao nível de times como Alemanha e Espanha.
Ele ainda defendeu a postura mais ofensiva que vinha sendo implantada no fim de sua passagem na seleção, com um meio de campo sem "cabeças de área", tendo volantes habilidosos como Paulinho e Ramires entre os titulares.
"Estava começando a chegar na reta final de um plano para jogar com base no que avaliei no período em que estive à frente da seleção. O treinador que chegou depois tem suas convicções que são diferentes, então estamos um pouco estagnados.
Os próximos meses serão importantes para vermos o que podemos vislumbrar na Copa do Mundo de 2014", comentou, analisando o atual momento da seleção como um "período de transição".
Mano Menezes assumiu a seleção brasileira em julho de 2010 e, em pouco mais de dois anos de trabalho, viveu períodos oscilantes e fracassou na busca pelos títulos da Copa América de 2011 e da Olimpíada de Londres, em 2012.
Desde que deixou a equipe, segue acompanhando de perto o futebol do País e avaliou que tem percebido uma certa "falta de intensidade" no que tem visto.
"Cheguei à conclusão de que nos falta intensidade no jogo. Vendo um jogo no Brasil e outro na Europa, há possível ver uma certa falta de intensidade. Não devemos copiar tudo o que fazem lá, porque não é nossa essência, mas o que fazemos aqui não é o suficiente para nos dar uma Copa do Mundo no momento", afirmou.
Esta diferença entre o futebol brasileiro e o europeu fez com que Mano defendesse a ida de Neymar para o Velho Continente quando estava à frente da seleção. O treinador voltou a explicar sua posição e disse que conseguia prever a queda de produção do atacante quando deu sua opinião.
"No Brasil, quando enxergamos antes e falamos antes, tomamos porrada. Quando falei, apanhei de todos os lados. Era óbvio que quando falei sobre o Neymar, sabia o que ia acontecer.
Quando se tem desafios para superar, você trabalha mais, tenta superar. O Neymar estava sobrando, os desafios já não existiam mais, então seria preciso colocar esses desafios. Se ele tivesse ido antes, teria conquistado esse conhecimento, essa evolução, encontrado outras soluções", comentou.
Rio de Janeiro - O técnico Mano Menezes quebrou o silêncio nesta segunda-feira e deu sua primeira entrevista depois que foi demitido do comando da seleção brasileira em novembro do ano passado.
O treinador pouco falou sobre seu futuro, mas lembrou de seu período à frente do Brasil e defendeu a postura adotada por ele de tentar fazer a equipe voltar a ser "dominante" no cenário mundial.
"Continuo pensando assim, trabalhei durante dois anos e meio nessa direção. Durante algumas passagens, fui advertido de que talvez não devesse perseguir isso, mas achei que devia. E tentei fazer isso enquanto estive à frente da seleção brasileira", declarou, em entrevista ao canal SporTV.
Mano Menezes falou sobre a análise feita por ele de que o Brasil já não possuía a melhor seleção do mundo e precisava se esforçar para chegar ao nível de times como Alemanha e Espanha.
Ele ainda defendeu a postura mais ofensiva que vinha sendo implantada no fim de sua passagem na seleção, com um meio de campo sem "cabeças de área", tendo volantes habilidosos como Paulinho e Ramires entre os titulares.
"Estava começando a chegar na reta final de um plano para jogar com base no que avaliei no período em que estive à frente da seleção. O treinador que chegou depois tem suas convicções que são diferentes, então estamos um pouco estagnados.
Os próximos meses serão importantes para vermos o que podemos vislumbrar na Copa do Mundo de 2014", comentou, analisando o atual momento da seleção como um "período de transição".
Mano Menezes assumiu a seleção brasileira em julho de 2010 e, em pouco mais de dois anos de trabalho, viveu períodos oscilantes e fracassou na busca pelos títulos da Copa América de 2011 e da Olimpíada de Londres, em 2012.
Desde que deixou a equipe, segue acompanhando de perto o futebol do País e avaliou que tem percebido uma certa "falta de intensidade" no que tem visto.
"Cheguei à conclusão de que nos falta intensidade no jogo. Vendo um jogo no Brasil e outro na Europa, há possível ver uma certa falta de intensidade. Não devemos copiar tudo o que fazem lá, porque não é nossa essência, mas o que fazemos aqui não é o suficiente para nos dar uma Copa do Mundo no momento", afirmou.
Esta diferença entre o futebol brasileiro e o europeu fez com que Mano defendesse a ida de Neymar para o Velho Continente quando estava à frente da seleção. O treinador voltou a explicar sua posição e disse que conseguia prever a queda de produção do atacante quando deu sua opinião.
"No Brasil, quando enxergamos antes e falamos antes, tomamos porrada. Quando falei, apanhei de todos os lados. Era óbvio que quando falei sobre o Neymar, sabia o que ia acontecer.
Quando se tem desafios para superar, você trabalha mais, tenta superar. O Neymar estava sobrando, os desafios já não existiam mais, então seria preciso colocar esses desafios. Se ele tivesse ido antes, teria conquistado esse conhecimento, essa evolução, encontrado outras soluções", comentou.