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Mahershala Ali pavimenta rota para o Oscar

Cada vez mais, os prêmios dos sindicatos ganham destaque. Antes festas praticamente fechadas, hoje viraram os indicadores mais seguros do Oscar

Mahershala Ali em "Green Book" (2018) (Universal Studios/Divulgação)

Mahershala Ali em "Green Book" (2018) (Universal Studios/Divulgação)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 28 de janeiro de 2019 às 10h16.

São Paulo - Foi um começo de noite glorioso para Maravilhosa Sra. Maisel - a série de comédia da Amazon conseguiu emplacar melhor ator (Tony Shalhoub), melhor atriz (Rachel Brosnahan) e melhor elenco na festa do SAG Award, na noite deste domingo, 27, em Los Angeles.

Em setembro do ano passado, Sra. Maisel levou sete das 11 estatuetas a que concorria no Emmy, o Oscar da TV, e desde então venceu diversos outros prêmios, inclusive os da crítica. Miriam Midge Maisel seria uma pacata dona de casa de Manhattan, se seu talento como comediante de stand-up não transformasse sua rotina diária.

Cada vez mais, os prêmios dos sindicatos ganham destaque na mídia. Antes festas praticamente fechadas, hoje viraram os indicadores mais seguros do Oscar.

No ano passado, por exemplo, os quatro vencedores do SAG, Sindicato dos Atores - Frances McDormand (melhor atriz, Três Anúncios para um Crime), Gary Oldman (melhor ator, Destino de uma Nação), Allison Janney (melhor atriz coadjuvante, Eu, Tônia) e Sam Rockwell (melhor ator coadjuvante, Três Anúncios) - venceram o SAG e o prêmio da Academia.

Emily Blunt, duas vezes indicada - melhor atriz por "O Retorno de Mary Poppins" e melhor coadjuvante, por "Um Lugar Silencioso", dirigida pelo marido, John Krasinski, iniciou a premiação de cinema.

Venceu como melhor coadjuvante, mas é pouco provável que confirme o prêmio no Oscar. Regina King não foi indicada no SAG - por Se a Rua Beale Falasse - e está entre as finalistas da Academia.

É excepcional no papel, o mesmo podendo-se dizer de Mahershala Ali, que venceu o SAG de coadjuvante por "Green Book - O Guia "e deve confirmar no Oscar. Será seu segundo prêmio da Academia, após o que recebeu por "Moonlight - Sob a Luz do Luar", de Barry Jenkins, há dois anos.

Num discurso veemente e apaixonado, a presidente do SAG, Gabrielle Carteris, destacou o valor da união na defesa dos direitos dos atores, como trabalhadores, a salário e aposentadoria.

Darren Criss confirmou o prêmio de melhor ator de série limitada ou telefilme no Globo de Ouro e venceu o SAG por "O Assassinato de Gianni Versace - American Crime Story".

O mesmo ocorreu com Patricia Arquette, que confirmou o Globo de Ouro de melhor atriz de série limitada ou telefilme por "Escape at Dannemora", e dessa vez fez um discurso forte, defendendo equiparação salarial para as mulheres.

Vencedor do prêmio de carreira, Alan Alda recebeu seu troféu da mão de Tom Hanks, que começou seu discurso de saudação fazendo piada - foi um mérito de Alda trocar seu nome de batismo, que é Alphonso  D'Abruzzo.

São mais de 60 anos de uma carreira que já foi recompensada com seis Emmys e Globos de Ouro e cujo primeiro grande sucesso foi o personagem Hawkeye Pierce da popular série M.A.S.H., 1972/83, inspirada no filme de Robert Altman, de 1970.

Alda também incursionou pela direção, e fez filmes sensíveis como As Quatro Estações do Amor, que também escreveu, e O Casamento de Betsy. Foi aplaudido de pé, num momento emocionante.

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