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Machu Picchu reabrirá na segunda-feira com 40% da capacidade

Com mais de 14 mil infecções por coronavírus em Cusco, Machu Picchu ficou oitos meses fechada, o que gerou em mais de 50% de queda no setor de turismo no Peru

Vista de Machu Picchu. (Enrique Castro-Mendivil/Reuters)

Vista de Machu Picchu. (Enrique Castro-Mendivil/Reuters)

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Julia Storch

Publicado em 26 de fevereiro de 2021 às 09h40.

A cidadela inca de Machu Picchu, joia do turismo no Peru, será reaberta na segunda-feira com uma capacidade de 40%, após ter permanecido fechada durante fevereiro devido a uma quarentena destinada a reduzir as infecções por covid-19.

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“Reabriremos a cidadela na segunda-feira, 1º de março, com 40% da capacidade. Cerca de 897 visitantes poderão entrar diariamente sob estritos protocolos sanitários”, disse à AFP uma fonte do Ministério da Cultura.

Depois de ter sido fechada em 2020 por quase oito meses devido à pandemia, a cidadela de pedra reabriu em novembro, mas teve que fechar novamente em 31 de janeiro. Foi um novo golpe para o turismo, o setor mais afetado pela pandemia no Peru.

Dessa vez poderá receber apenas 40% dos 2.244 visitantes previamente autorizados, mas ainda assim impulsionará a reativação econômica da região de Cusco, segundo seu governador, Jean Paul Benavente. “Temos que voltar à ativa e olhar para frente”, declarou ele à rádio RPP Benavente, que indicou que em 2020, com a ausência dos turistas, cerca de 1,4 bilhão de dólares deixaram de entrar na região. “Existem corredores seguros para os turistas. Temos que voltar com muita força, mas de forma gradual e responsável”, acrescentou.

A região de Cusco registra 14.395 casos de coronavírus e 493 mortes e continua com um "nível muito alto" de infecções, de acordo com o governo. No entanto, "não há indício de que qualquer pessoa tenha sido infectada em Machu Picchu", afirmou a fonte do Ministério da Cultura à AFP, que pediu anonimato.

A cidade de Cusco, principal da região, é a antiga capital do Império Inca. Vive principalmente do turismo, assim como os povoados do Vale Sagrado dos Incas, onde se encontra a cidadela construída no século XV.

Machu Picchu e os outros sítios arqueológicos do Peru foram fechados em 31 de janeiro devido ao aumento nas infecções de covid-19 com a segunda onda da pandemia. No entanto, o governo decidiu na quarta-feira não estender a quarentena que vigorava em várias províncias do país desde então, citando a desaceleração das infecções e a complexa situação econômica.

O PIB peruano caiu 11,12% em 2020, mas a queda foi muito maior no setor de turismo (-50,45%), segundo dados oficiais. Machu Picchu (‘Montanha Antiga’ na língua quéchua) é o cartão postal do país andino. Colocou o Peru no mapa do turismo mundial em meados do século 20 e foi declarado patrimônio mundial da humanidade pela Unesco em 1983.

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