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Louvre inaugurará departamento de Artes do Islã nesta semana

Museu apresentará somente 3 mil obras-primas, muitas delas pela primeira vez, procedentes de civilizações surgidas entre a Espanha e a Índia nos séculos VII e XVIII


	Coleção de 18 mil obras criadas em três continentes e em 1,2 mil anos de história estará no Louvre
 (Wikimedia Commons)

Coleção de 18 mil obras criadas em três continentes e em 1,2 mil anos de história estará no Louvre (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 17 de setembro de 2012 às 21h46.

Paris - O Museu do Louvre inaugurará no próximo dia 22 de setembro seu aguardado departamento de Artes do Islã, uma nova área de 5 mil metros quadrados sob uma cobertura ondulada de vidro e metal, que abrigará uma coleção de 18 mil obras criadas em três continentes e em 1,2 mil anos de história.

Por enquanto, o museu apresentará somente 3 mil obras-primas, muitas delas pela primeira vez, procedentes de civilizações surgidas entre a Espanha e a Índia nos séculos VII e XVIII.

Ao lado das múltiplas peças de incrível valor, como a ''Píxide de al-Mughira'', uma urna de marfim de elefante que pertenceu ao príncipe filho do califa omíada Abderramão III, as figuras de destaque desta inauguração são os arquitetos Mario Bellini e Rudy Ricciotti, criadores da algumas proezas arquitetônicas que o presidente francês, François Hollande, inaugurará amanhã, e o público poderá descobrir a partir do próximo sábado.

A primeira delas foi a criação de um véu, uma rede de vidro e metal dourado e prateado, sustentada por oito pilares inclinados de 30 centímetros de diâmetro. A segunda façanha foi a escavação de 12 metros no subsolo do Pátio Visconti, de onde tiraram ''imensas quantidade de metros quadrados de terra''.

Antes de iniciar essa ação, os arquitetos tiveram que injetar cimento em alta pressão nas fundações dos muros do Louvre, uma técnica francesa chamada ''jet groutin'', explicou Bellini.

Ricciotti, por sua vez, destacou que a construção em um só bloco de cimento injetado, da escada que dá acesso às salas do subsolo, é uma verdadeira ''escultura de geometria variável e sumamente sensual''.

Com uma camada ondulada, parcialmente metálica e transparente, ''nos situamos no espaço em uma escala gráfica de tipo geométrico que faz referência à representação das obras do islã'', onde a figura humana é muito pouco presente.

''Quando observarem as obras expostas, verão que esta figura esta presente e repleta de influências de religiões exteriores'', destacou o arquiteto, que assina a concepção do projeto junto com Mario Bellini.

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