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Livros sobre Malvinas invadem Feira em Buenos Aires

Apesar de falar sobre uma história do passado, o ''boom'' literário no 30º aniversário da Guerra das Malvinas inclui temas que até agora tinham sido deixados de lado

Guerra deixa também espaço para a literatura de ficção (NASA/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de abril de 2012 às 16h37.

Buenos Aires - O ''boom'' editorial sobre o conflito de Malvinas vivido pela Argentina neste ano por causa do 30º aniversário da guerra com o Reino Unido pela soberania das ilhas chegou à Feira do Livro de Buenos Aires.

''Malvinas é um tema que importa a todo no país'', assegurou à Agência Efe, Daniela Dune, do departamento de marketing da editora Random House Mondadori. A empresa reeditou várias obras sobre o conflito por causa do aniversário da guerra entre a Argentina e Reino Unido em 1982. É o caso de ''Malvinas, la trama secreta'', um trabalho de pesquisa dos jornalistas Oscar Raúl Cardoso, Ricardo Kirschbaum e Eduardo Van der Kooy, publicado pela primeira vez em 1983, revisado em 1992 e reeditado agora.

''É um dos títulos que mais vendeu na história editorial da Argentina, cerca de 300 mil exemplares'', acrescentou Daniela, que também destacou títulos, como ''1982'', do jornalista argentino Juan Bautista Yofre.

Da mesma forma, Diana Macedo da editora Atlántida ressaltou que as pessoas ainda se interessam pelo tema Malvinas por ele estar vinculado as suas vidas. Diana ressaltou o último lançamento da empresa sobre o conflito: ''Vidas marcadas'', do jornalista Agustín Gallardo.

''Ao contrário dos outros, trata de relatos de protagonistas que estiveram diretamente na guerra'', explicou. Ela também lembrou outros títulos como: ''Malvinas, gesta o incompetencia'' (''Malvinas, façanha ou incompetência'', em livre tradução) ou ''Hasta el último día'' (''Até o último dia'', em livre tradução), do tenente-general Martín Balza e do coronel Dardo Forti, respectivamente.


Apesar de falar sobre uma história do passado, o ''boom'' literário no 30º aniversário da Guerra das Malvinas inclui temas que até agora tinham sido deixados de lado. ''Eles contam fatos vividos pelos soldados, que sofreram violações de seus direitos'', explicou Susana Fernández, da cadeia de livrarias Cúspide. Entre os livros estão: ''Lágrimas de hielo'', da jornalista Natasha Niebeskikwiat, que relata os abusos sofridos por soldados argentinos pelos comandantes militares.

No entanto, a guerra, que explodiu em 2 de abril de 1982 com a invasão das ilhas pelas tropas argentinas por ordem do ditador Leopoldo Galtieri, derrotadas em 14 de junho com a derrota argentina, deixa também espaço para a literatura de ficção.

É o caso dos livros ''Trasfondo'' (''Cenário'' em livre tradução) de Patricia Ratto. Na mesma linha, ''Montoneros e a baleia branca'', do pesquisador Federico Lorenz, aborda a guerra sob a perspectiva histórica vinculada com terrorismo de Estado.

Entre as milhares de pessoas que visitam a Feira no pavilhão da Rural, da capital argentina, expositores com experiência, como Susana Fernández, da Cúspide Livros, distinguem os ex-combatentes pela maneira pela qual examinam os livros sobre o conflito. ''Dá para saber se uma pessoa teve algo com o conflito pela maneira como outras coisas nos livros, procura outros detalhes. É outro leitor, digamos'', explicou Fernández.

A Feira do Livro de Buenos Aires é o evento literário mais importante da Argentina, que começou em 19 de abril e seguirá até 7 de maio.

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Buenos Aires - O ''boom'' editorial sobre o conflito de Malvinas vivido pela Argentina neste ano por causa do 30º aniversário da guerra com o Reino Unido pela soberania das ilhas chegou à Feira do Livro de Buenos Aires.

''Malvinas é um tema que importa a todo no país'', assegurou à Agência Efe, Daniela Dune, do departamento de marketing da editora Random House Mondadori. A empresa reeditou várias obras sobre o conflito por causa do aniversário da guerra entre a Argentina e Reino Unido em 1982. É o caso de ''Malvinas, la trama secreta'', um trabalho de pesquisa dos jornalistas Oscar Raúl Cardoso, Ricardo Kirschbaum e Eduardo Van der Kooy, publicado pela primeira vez em 1983, revisado em 1992 e reeditado agora.

''É um dos títulos que mais vendeu na história editorial da Argentina, cerca de 300 mil exemplares'', acrescentou Daniela, que também destacou títulos, como ''1982'', do jornalista argentino Juan Bautista Yofre.

Da mesma forma, Diana Macedo da editora Atlántida ressaltou que as pessoas ainda se interessam pelo tema Malvinas por ele estar vinculado as suas vidas. Diana ressaltou o último lançamento da empresa sobre o conflito: ''Vidas marcadas'', do jornalista Agustín Gallardo.

''Ao contrário dos outros, trata de relatos de protagonistas que estiveram diretamente na guerra'', explicou. Ela também lembrou outros títulos como: ''Malvinas, gesta o incompetencia'' (''Malvinas, façanha ou incompetência'', em livre tradução) ou ''Hasta el último día'' (''Até o último dia'', em livre tradução), do tenente-general Martín Balza e do coronel Dardo Forti, respectivamente.


Apesar de falar sobre uma história do passado, o ''boom'' literário no 30º aniversário da Guerra das Malvinas inclui temas que até agora tinham sido deixados de lado. ''Eles contam fatos vividos pelos soldados, que sofreram violações de seus direitos'', explicou Susana Fernández, da cadeia de livrarias Cúspide. Entre os livros estão: ''Lágrimas de hielo'', da jornalista Natasha Niebeskikwiat, que relata os abusos sofridos por soldados argentinos pelos comandantes militares.

No entanto, a guerra, que explodiu em 2 de abril de 1982 com a invasão das ilhas pelas tropas argentinas por ordem do ditador Leopoldo Galtieri, derrotadas em 14 de junho com a derrota argentina, deixa também espaço para a literatura de ficção.

É o caso dos livros ''Trasfondo'' (''Cenário'' em livre tradução) de Patricia Ratto. Na mesma linha, ''Montoneros e a baleia branca'', do pesquisador Federico Lorenz, aborda a guerra sob a perspectiva histórica vinculada com terrorismo de Estado.

Entre as milhares de pessoas que visitam a Feira no pavilhão da Rural, da capital argentina, expositores com experiência, como Susana Fernández, da Cúspide Livros, distinguem os ex-combatentes pela maneira pela qual examinam os livros sobre o conflito. ''Dá para saber se uma pessoa teve algo com o conflito pela maneira como outras coisas nos livros, procura outros detalhes. É outro leitor, digamos'', explicou Fernández.

A Feira do Livro de Buenos Aires é o evento literário mais importante da Argentina, que começou em 19 de abril e seguirá até 7 de maio.

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