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Livro "Minha Luta", de Hitler, é leiloado na Alemanha por 130 mil euros

Outros itens do ditador nazista como fotografias, cartas e talheres foram leiloados, apesar das críticas da Associação Judaica Europeia

Adolf Hitler: itens pessoais do ditador nazista foram leiloados na Alemanha (Wikimedia Commons/Mihailo1997/Reprodução)

Adolf Hitler: itens pessoais do ditador nazista foram leiloados na Alemanha (Wikimedia Commons/Mihailo1997/Reprodução)

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EFE

Publicado em 20 de novembro de 2019 às 18h04.

Berlim - Uma cópia do livro "Mein Kampf" (Minha luta), de Adolf Hitler e encadernado em prata, foi leiloado nesta quarta-feira por 130 mil euros (cerca de R$ 605 mil) na Alemanha, apesar das críticas da Associação Judaica Europeia.

Além da cópia do livro de Hitler, a casa de leilões Hermann Historica, com sede em Munique, também vendeu um chapéu que pertencia ao ditador nazista pelo valor de 50 mil euros (R$ 233 mil).

Uma fotografia, dedicada pelo ditador a um amigo de infância, foi vendida por 46 mil euros (R$ 214 mil), além de uma carta escrita pelo próprio Hitler por 80 mil euros (R$ 372 mil).

Na carta, datada de 1908, ele pede desculpas a August Kubizek, a quem escreve lamentando não ter feito isso com mais frequência. "Não sabia o que te dizer que te pudesse interessar", diz.

Ele também pede um favor ao amigo: que lhe comprasse "um guia para a cidade de Linz. Onde na capa aparece uma foto de uma garota e na contracapa Linz é vista do Danúbio", escreve Hitler sobre essa cidade na Áustria, sua terra natal.

Para os preços atingidos na venda, é necessário aplicar uma comissão da casa de leilões que varia de 25% a 30%, de acordo com o lote.

Os talheres pessoais de Hitler também foram vendidos, atingindo mais de mil euros (R$ 4,6 mil) por peça.

Da esposa de Hitler, Eva Braun, foram leiloados chapéus, bolsas e casacos. A peça mais cara saiu por 6 mil euros (R$ 27 mil).

A Associação Judaica Europeia enviou uma carta ao diretor da Hermann Historica tentando interromper o leilão.

Em resposta a Menachem Margolin, o rabino que assinou a carta, o diretor da casa de leilões, Bernhard Pacher, diz que seu compromisso é educar sobre o que aconteceu durante os anos do Terceiro Reich.

Ele reiterou que os responsáveis pela casa de leilões estão atentos a quem compra os itens: "Garanto que os compradores não são neonazistas ou fãs de sua ideologia", explicou Pacher.

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