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Literatura comemora 130 anos de Monteiro Lobato

Gênio de várias gerações, o escritor produziu os sonhos mais genuinamente brasileiros

Lobato é, para várias gerações de leitores, um gênio da literatura, responsável pelos seus melhores sonhos (Creative Commons)
DR

Da Redação

Publicado em 19 de abril de 2012 às 10h53.

São Paulo - Se você leu a obra de Monteiro Lobato, faça esse teste: tente identificar nas pessoas que estão à sua volta características que pertencem a personagens como Emília, Pedrinho, Narizinho, Dona Benta e Tia Anastácia. Ah, não exclua Jeca Tatu, o caboclo brasileiro, abandonado pelos poderes públicos, às doenças, ao seu atraso e à indigência.

Essa talvez seja a mais notável qualidade de Monteiro Lobato. Nascido há 130 anos, precisamente em 18 de abril de 1882, Lobato tinha um olhar privilegiado para capturar a identidade dos brasileiros — e perpetuá-la até hoje.

Não poderia ser diferente. Afinal, o escritor e jornalista dedicou a vida a causas nacionalistas. Atacou os modismos importados de sua época, defendeu a integridade do idioma português, submetido a influências estrangeiras, e sonhava em despertar “o gigante adormecido”, como o Brasil foi definido durante décadas a fio.

Para alcançar esse objetivo, Lobato apostava na existência de petróleo em nosso subsolo e garantia que essa seria a salvação do país. Chegou mesmo a criar uma empresa de exploração de petróleo, mas acabou esbarrando na nova política do uso de solo implantada por Getúlio Vargas. As críticas que Lobato fez ao ditador levaram-no à prisão e, por fim, suas ideias do petróleo nacional foram superadas e enterradas com a criação da Petrobrás e da campanha “O Petróleo é Nosso”.

Independentemente de suas ideias e ações, Lobato é, para várias gerações de leitores, um gênio da literatura, responsável pelos seus melhores sonhos. Livros como Reinações de Narizinho, A Chave do Tamanho, As Caçadas de Pedrinho e Os Doze Trabalhos de Hércules descortinaram um novo universo naquele Brasil em desenvolvimento dos anos 30 ao fim do milênio. Hoje, o sonho permanece nos filmes e produções televisivas inspiradas em sua obra e adaptadas aos novos tempos. E, é claro, em cada um de nós com identidade brasileira.

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Não poderia ser diferente. Afinal, o escritor e jornalista dedicou a vida a causas nacionalistas. Atacou os modismos importados de sua época, defendeu a integridade do idioma português, submetido a influências estrangeiras, e sonhava em despertar “o gigante adormecido”, como o Brasil foi definido durante décadas a fio.

Para alcançar esse objetivo, Lobato apostava na existência de petróleo em nosso subsolo e garantia que essa seria a salvação do país. Chegou mesmo a criar uma empresa de exploração de petróleo, mas acabou esbarrando na nova política do uso de solo implantada por Getúlio Vargas. As críticas que Lobato fez ao ditador levaram-no à prisão e, por fim, suas ideias do petróleo nacional foram superadas e enterradas com a criação da Petrobrás e da campanha “O Petróleo é Nosso”.

Independentemente de suas ideias e ações, Lobato é, para várias gerações de leitores, um gênio da literatura, responsável pelos seus melhores sonhos. Livros como Reinações de Narizinho, A Chave do Tamanho, As Caçadas de Pedrinho e Os Doze Trabalhos de Hércules descortinaram um novo universo naquele Brasil em desenvolvimento dos anos 30 ao fim do milênio. Hoje, o sonho permanece nos filmes e produções televisivas inspiradas em sua obra e adaptadas aos novos tempos. E, é claro, em cada um de nós com identidade brasileira.

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