Contemporâneo das ideias antipsiquiátricas, "Laranja" é libertário em sua essência (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 10h35.
São Paulo - A exibição de "Laranja Mecânica", em cópia restaurada, deve ser considerada uma das maiores atrações da Mostra de São Paulo. Mesmo gente que sequer era nascida na época da estreia da "Laranja", 40 anos atrás, o conhece de fama. Poucos são os filmes dessa natureza. Marcam seu tempo e prosseguem incólumes, atravessando épocas e falam a novas gerações.
"Laranja Mecânica" ressurge na tela no esplendor de suas cores originais, intacto, cheirando a tinta em sua cópia nova. Nele, vemos as aventuras de Alex (Malcolm McDowell), o delinquente juvenil, preso após cometer assassinato e 'reeducado' pela brutalidade de técnicas behavioristas. O visual psicodélico, a música lisérgica de Walter Carlos, enfim, a magnífica direção de Kubrick fazem dele um clássico.
Feroz, sarcástico, excessivo, ele fala do que acontece quando o Estado se equivale ao criminoso na ação brutal. Contemporâneo das ideias antipsiquiátricas, "Laranja" é libertário em sua essência. Para melhor curtir a obra, recomenda-se ver também o bom documentário "Era uma Vez...Laranja Mecânica", de Antoine de Gaudemar. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
Laranja Mecânica
Cinesesc - Hoje, 17h30
Unibanco Arteplex - Dia 2/11, 20h40