Casual

Japão e Grécia empatam sem gols e classificam Colômbia

Japoneses terão que vencer os colombianos e torcer para que os gregos derrotem a Costa do Marfim para se classificar


	Jogador grego Kostas Katsouranis é consolado pelo japonês Atsuto Uchida depois de levar cartão vermelho
 (Reuters/Kai Pfaffenbach)

Jogador grego Kostas Katsouranis é consolado pelo japonês Atsuto Uchida depois de levar cartão vermelho (Reuters/Kai Pfaffenbach)

DR

Da Redação

Publicado em 20 de junho de 2014 às 07h26.

Apesar de atuar com um jogador a mais por quase uma hora, o Japão empatou com a Grécia por 0 a 0 em Natal, nesta quinta-feira, em partida válida pelo Grupo C da Copa do Mundo, o que complicou suas chances de avançar às oitavas de final.

Quem gostou deste resultado foi a seleção colombiana, que mais cedo venceu a Costa do Marfim por 2 a 1, chegou aos 6 pontos e garantiu matematicamente à classificação à próxima fase, já que não pode mais ser alcançada por gregos e japoneses (1 ponto cada).

No dia 24, os japoneses terão que vencer os colombianos em Cuiabá e torcer para que os gregos derrotem a Costa do Marfim (3 pontos) em Fortaleza para se classificar.

Para avançar, a Grécia precisa vencer os africanos e torcer por uma plausível derrota japonesa diante da Colômbia.

A partida entre Japão e Grécia era um duelo crucial para as duas seleções, pressionadas após as derrotas na estreia diante da Costa do Marfim (2-1) e Colômbia (3-0), respectivamente.

As derrotas provocaram a mesma situação nas duas equipes: dúvidas, críticas e a necessidade de vencer para seguir na competição.

O técnico italiano do Japão, Alberto Zaccheroni, resolveu colocar no banco seu jogador do Manchester United, Shinji Kagawa, enquanto o treinador da Grécia, o português Fernando Santos, voltou a apostar em Konstantinos Mitroglu no ataque.

Os asiáticos começaram a partida com mais intensidade, atacando desde o início. Já os gregos apostaram no que melhor sabem fazer, castigar os erros do adversário em contra-ataques e aproveitar as poucas chances que tiverem.

Seguindo essa estratégia, o capitão Makoto Hasebe arriscou a sorte de longe, aos 2 minutos de jogo, e o companheiro Yuya Osaka fez o mesmo aos 19, mas o goleiro grego Orestis Karnezis segurou sem dificuldades.

Osako quase abriu o placar aos 20, também num chute de fora da área. Este arremate, porém, raspou o ângulo grego.

o Japão ainda viu os gregos terem um jogador expulso aos 38 minutos do primeiro tempo, quando Konstantinos Katsouranis, um dos heróis que conquistou a Eurocopa-2004, levou o segundo cartão amarelo por uma forte entrada em Honda.

Garra espartana

Com 75% de posse de bola e um jogador a mais, parecia questão de tempo até o Japão abrir o placar, mas o 0 a 0 perdurava.

No reinício da partida, os gregos quase surpreenderam os asiáticos com um lance de esperteza de Georgios Samaras. O atacante do Celtic da Escócia viu o goleiro Kawashima adiantado e tentou um gol por cobertura desde o meio de campo, e quase marcou.

O lance animou os gregos, que, apesar da desvantagem numérica, passaram a assustar os japoneses na bola parada.

Aos 22 minutos, Gekas cabeceou com força uma cobrança de escanteio e obrigou o goleiro japonês a voar para defender.

Numa das poucas boas tramas ofensivas que produziu, o Japão teve a bola do jogo aos 25 minutos. Kagawa, que tinha acabado de entrar, acertou lindo lançamento para Uchida, que na corrida cruzou de primeira nos pés de Okubo, mas o atacante, sem goleiro, chutou para fora.

Correndo como guerreiros espartanos em campo, os gregos mostraram o que é raça para os "Samurais Azuis" e, apesar do péssimo empate, ainda sonham com uma improvável classificação às oitavas.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaÁsiaColômbiaCopa do BrasilCopa do MundoCrise gregaEsportesEuropaFutebolGréciaJapãoPaíses ricosPiigs

Mais de Casual

Chablis: por que os vinhos dessa região da França caíram no gosto do brasileiro?

"A Era das revoluções", de Fareed Zakaria, explica raízes do mundo contemporâneo; leia trecho

Do campo à xícara: saiba o caminho que o café percorre até chegar a sua mesa

Com sustentabilidade e legado, sempre teremos Paris

Mais na Exame