Casual

Incerteza e esperança são as palavras de Cuba em Londres

A delegação cubana terá 110 atletas disputando 14 modalidades, uma equipe menor que a de Pequim, que contou com 162 competidores em brigando

Seleções brasileira e cubana de vôlei em briga após jogo, nas Olimpíadas de 96: Pela primeira vez em meio século Cuba não conseguiu vaga nos esportes coletivos

Seleções brasileira e cubana de vôlei em briga após jogo, nas Olimpíadas de 96: Pela primeira vez em meio século Cuba não conseguiu vaga nos esportes coletivos

DR

Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2012 às 19h54.

Havana - Depois de ter obtido em Pequim o menor número de medalhas desde os Jogos Olímpicos de 1980, em Moscou, Cuba desembarca em Londres vivendo um misto de incertezas e esperanças, apostando no ouro em esportes como boxe, luta e atletismo.

A delegação cubana terá 110 atletas disputando 14 modalidades, uma equipe menor que a de Pequim, que contou com 162 competidores em brigando por medalhas em 18 modalidades.

Uma das justificativas para a redução da equipe olímpica é que pela primeira vez em meio século Cuba não conseguiu vaga nos esportes coletivos.

O astro cubano nos Jogos de Londres é o corredor Dayron Robles, ouro nos 110 metros com barreiras em Pequim. 'Por ser campeão olímpico, minha expectativa é sempre renovar os títulos. Estamos trabalhando para estar na melhor forma possível em Londres', disse Robles à Agência Efe, em janeiro passado.

Dono do recorde mundial, Robles espera superar um ciclo olímpico 'complicado', em uma temporada que seis corredores superaram seus melhores tempos. Seu grande rival é o chinês Liu Xiang, que igualou sua marca, mas não teve tempo homologado devido ao vento.

O atletismo é o carro-chefe do país caribenho, comn 47 atletas divididos em 25 provas. O presidente da Federação Cubana de Atletismo, Alberto Juantorena, que fez história em Montreal-1976, com ouros nos 400 e 800 metros, disse à Efe que o país terá vários atletas que estão na elite mundial, mas que é muito difícil fazer qualquer tipo de prognóstico.


Além de Robles, Juantonera mencionou outros candidatos a conquistar medalha na capital britânica, como o lançador de dardo Guillermo Martínez, a de martelo Yipsy Moreno, o decatleta Leonel Suárez e David Giralt, do salto triplo.

Outra das modalidades em que Cuba é competitiva e sempre favorita é o boxe. Ao todo, oito pugilistas estarão em Londres. A expectativa do técnico Rolando Acebal é que todos consigam pelo menos subir ao pódio.

Julio César la Cruz, capitão da seleção cubana e favorito ao ouro, prometeu uma melhor atuação em comparação Pequim, quando oito medalhas vieram, mas nenhuma delas douradas - foram quatro pratas e quatro bronzes.

Outra das esperanças de medalha é o porta-bandeira da delegação cubana na capital britânica, Mijaín López, campeão olímpico e quatro vezes melhor do mundo na luta greco-romana para atletas de até 120 quilos.

Cuba ainda espera somar medalhas em esportes onde tem tradição, como judô, taekwondo, canoagem, ciclismo e saltos ornamentais.

É significativo que na esgrima, esporte no qual acumula cinco ouros, cinco pratas e seis bronzes, Cuba não conseguiu vagas em categoria alguma pela primeira vez desde Helsinque 1952.

Ainda assim, o que teve maior repercussão é a ausência de Cuba nos esportes coletivos, inclusive no vôlei feminino. Tricampeã olímpica (1992, 1996 e 200), a seleção do país disputou as últimas 10 edições dos Jogos. A última medalha foi o bronze em Atenas-2004.


Nas modalidades masculinas, a ausência dos Jogos começou já em Sydney-2000 e só aumentou devido a deserção de atletas, problema que causou danos irreparáveis, inclusive, à seleção de basquete.

As autoridades esportivas cubanas admitiram recentemente que 27 atletas do país, de diferentes modalidades deixaram o país.

No quadro geral de medalhas, os melhores resultados olímpicos de Cuba nos últimos 40 anos foram registrados em Moscou-1980, com o quarto lugar, apesar do baixo número de medalhas - 20 no total, com oito ouros, sete pratas e cinco bronzes.

Após os boicotes às edições de 1984, em Los Angeles, e 1998, em Seul, veio o quinto lugar em Barcelona-1992, com 14 ouros, seis pratas e 11 bronzes.

Em Pequim, os números foram considerados muito abaixo do potencial cubano, já que o país foi o 28º no quadro geral de medalhas, com duas medalhas douradas, 11 de prata e 11 de bronze.

Na história, em 18 participações olímpicas, o país caribenho conquistou 67 ouros, 64 pratas e 63 bronzes, totalizando 194 medalhas.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaCubaEsportesOlimpíada de Londres 2012Olimpíadas

Mais de Casual

Brinde harmonizado: como escolher bons rótulos para as festas de fim de ano

Os espumantes brasileiros que se destacaram em concursos internacionais em 2024

Para onde os mais ricos do mundo viajam nas férias de fim de ano? Veja os destinos favoritos

25 restaurantes que funcionam entre o Natal e o Ano Novo em São Paulo