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Inatividade física pode comprometer a saúde das crianças

Crianças mais ativas têm uma tendência menor para a obesidade porque o excesso de peso é o resultado das calorias ingeridas menos a energia gasta


	Crianças mais ativas têm uma tendência menor para a obesidade porque o excesso de peso é o resultado das calorias ingeridas menos a energia gasta
 (Marcos Santos/USP Imagens)

Crianças mais ativas têm uma tendência menor para a obesidade porque o excesso de peso é o resultado das calorias ingeridas menos a energia gasta (Marcos Santos/USP Imagens)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2015 às 09h39.

São Paulo - Quando se trata de controlar o peso das crianças, reduzir o tempo em frente à tevê e ao computador é tão importante quanto incentivar a prática de atividade física, defende a endocrinologista e especialista em obesidade infantil Maria Edna de Melo.

Maria Edna explica que "as crianças mais ativas têm uma tendência menor para a obesidade" porque o excesso de peso é o resultado das calorias ingeridas menos a energia gasta por meio de exercício físico.

"A atividade física também promove o ganho de massa muscular, onde ocorre o gasto energético. Isso é importante para todas as pessoas, independentemente da idade", explica a especialista.

De acordo com a endocrinologista, a atividade física é muito importante no processo de emagrecimento, porém o movimento deve fazer parte da rotina de meninos e meninas durante todo o dia. "Mesmo entre as crianças que se exercitam duas ou três vezes por semana, o tempo de inatividade física ao longo do dia pode comprometer a saúde", alerta.

A inatividade física é o que os médicos chamam de "tempo de tela", referente ao período total em que a criança permanece em frente ao computador, videogame, televisão, tablet, entre outros aparelhos eletrônicos.

"É comum encontrarmos crianças que fazem atividade física duas vezes por semana, mas que passam de cinco a seis horas inativas por dia assistindo TV ou jogando videogame. Isso não é bom para elas", ressalta Maria Edna.

Segundo a médica, apesar da efetividade do balanço energético para o controle de peso, a obesidade é uma doença complexa que também envolve fatores genéticos. "Por isso há pessoas que comem muito e ainda assim não engordam", ressalta.

Segundo a especialista, "a obesidade normalmente ocorre em indivíduos que têm uma predisposição genética, que são expostos a um ambiente favorável ao aumento da ingestão calórica e que reduzem a sua atividade física".

Outro ponto importante defendido pela especialista é adotar a dieta do incentivo em vez das dietas proibitivas.

"Uma abordagem do tipo 'vamos comer mais legumes e salada' tem um efeito melhor para a perda de peso em crianças ao incorporar uma mudança de hábitos do que uma dieta focada em proibição de alimentos", recomenda.

Segundo a médica, a mudança nos hábitos alimentares dos filhos exige que os pais deem o exemplo, passando por uma reeducação que envolva toda a família.

"Comer é um hábito social, mas também individual. Então tem algumas pessoas que adoram comer salada e outras que não toleram, assim como algumas pessoas adoram doces e outras não gostam", explica a especialista.

De acordo com Maria Edna, "essas preferências individuais provavelmente têm uma característica genética e também devem ser consideradas na hora de elaborar uma dieta de reeducação alimentar infantil".

"Não adianta falar para uma pessoa que adora doces para ela parar de comer doces. Temos sempre que buscar o equilíbrio", aconselha a especialista.

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