Implantes capilares aumentam durante a pandemia, mas precisa ter cuidado
Cirurgião plástico Davi Pontes, membro do World FUE institute, explica as diferenças entre as duas técnicas de implante capilar, a FUE e a FUT
Carlo Cauti
Publicado em 25 de abril de 2022 às 19h01.
Última atualização em 25 de abril de 2022 às 19h23.
As cirurgias de implantes capilares cresceram mais de 50% durante a pandemia do novo coronavírus (Covid-19).
Uma das cirurgias mais realizadas por homens se tornou ainda mais comum, mesmo em um período de restrições à circulação e de reuniões apenas por videochamadas.
Com o avanço da tecnologia, o implante capilar se tornou uma cirurgia minimamente invasiva, permitindo a implantação de folículos pilosos (estruturas localizadas na pele e de onde nascem os cabelos ou pelos) nas áreas onde não existe cabelo ou onde existe uma menor densidade.
Graças a essa evolução progressiva dos resultados, as cirurgias para contrastar a calvície cresce todos os anos no Brasil.
Mas os implantes capilares não são todos iguais.
Entenda as técnicas de implante capilar
Atualmente existem duas técnicas específicas, conhecidas como FUE e FUT.
A FUT, sigla em inglês de Follicular Unit Transplantation, é um procedimento que fornece uma quantidade significativamente maior de Unidades Foliculares (UF), sendo indicada a pacientes que querem ter uma maior quantidade possível de cabelos.
Mas existe também a técnica FUE, sigla em inglês para Follicular Unit Extraction, que é um procedimento caracterizado pela ausência de cicatriz linear. Nele é possível utilizar cabelos bem curtos e também é indicado quando não há elasticidade suficiente na área doadora e quando há um risco muito grande de alargamento da cicatriz.
Entretanto, ambas as técnicas são procedimentos cirúrgicos, cuja realização requer cuidados para que o resultado seja eficaz.
Entre os cuidados pós-operatórios de implante capilar, estão:
- Após a cirurgia, o paciente permanece um período para observação;
- Além disso, o paciente deve permanecer em repouso por mais 24 horas, a fim de evitar edema (que pode ocorrer, mesmo com o repouso);
- Após o implante, o paciente pode realizar a higienização do cabelo de acordo com as orientações recebidas na clínica;
- É importante se manter hidratado, ingerindo água, sucos naturais e água de coco.
Por isso, é necessário escolher adequadamente o profissional que realizará os procedimentos, que tenha experiência nesse tipo de implante e que seja qualificado.
Calvície abala o emocional de um profissional
Para o cirurgião plástico Davi Pontes (CRM 11052/CE RQE 6033)membro do World FUE institute e Secretário da Cooplastic (Cooperativa de Cirurgia Plástica do Ceará), o implante capilar não apenas permite o restabelecimento da integridade física e mental dos pacientes mas também pode ser um diferencial e tanto na carreira.
"Muitas vezes a autoestima do paciente está tão baixa por causa da calvície que ele acaba tendo reflexos negativos também na vida profissional, com uma redução da produtividade, da confiança e da vontade de tomar riscos ou iniciativas no âmbito corporativo", explica o doutor.
Segundo Pontes, que tem mais de 700 mil seguidores nas redes sociais, o estado emocional de quem tem algum tipo de calvície melhora consideravelmente após os fios serem transplantados na área calva.
"Vários estudos demonstram que os pacientes que fizeram o transplante tiveram uma melhora substancial em oito aspectos: felicidade, nível de energia, juventude, diminuição da ansiedade, autoconfiança, perspectiva de futuro, vida sexual e carreira", conclui o cirurgião.