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Hyundai lançará novo hatch chamado HB20 no Brasil

Futuro hatch brasileiro da montadora coreana terá versão básica custando entre 27 e 28 mil reais

Modelo será comercializado somente com carroceria cinco portas. Versão sedã e SUV compacto do modelo serão lançadas posteriormente (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 20 de julho de 2012 às 10h20.

São Paulo - O novo Hyundai a ser lançado no Brasil, chamado até então de "HB", é um dos lançamentos mais aguardados do ano, uma vez que promete esquentar a disputa no maior segmento de nosso mercado automobilístico: dos hatch. Após termos andado no modelo na Coreia do Sul, tivemos a oportunidade de avaliar a novidade aqui no Brasil. E, superado um longo período de mistério, a marca sul coreana revelou que o modelo se chamará HB20.

O início da produção do HB está previsto para setembro, enquanto as vendas começam em outubro. O rápido test-drive foi realizado com carros ainda camuflados, mas a Hyundai divulgou as primeiras imagens oficias do modelo, que mostram alguns detalhes, mas não o carro por completo.

O hatch será vendido em seis versões, das quais três serão 1.0, enquanto as outras três serão equipadas com o motor 1.6 16V—os dois motores são bicombustível. De acordo com Maurício Jordão, gerente de relações públicas da Hyundai, a versão 1.0 básica custará entre 27 e 28 mil reais. Jordão também confirmou que a configuração de entrada do HB20 terá airbag duplo como item de série, enquanto freios ABS, direção hidráulica e ar-condicionado estarão disponíveis como opcionais.

Segundo o presidente da Hyundai do Brasil, Young-Hoon Jung, embora dispute mercado com VW Gol (cuja versão 1.0 parte de 27.790 reais), o HB20 também mira em hatchs Premium, como o Ford New Fiesta (que parte de 44.130 reais). "Acreditamos que o HB20 não será o primeiro carro da maioria de seus consumidores", informou o presidente. Jung ainda informou que o volume do porta-malas é cerca de 10% maior do que o do VW Gol — o que indica uma capacidade de aproximadamente 300 litros.

Além do acabamento de bom nível e design moderno no interior, chamou a atenção no HB20 o espaço interno. Durante a avaliação, pude acomodar meus 1,79m de altura no banco traseiro sem nenhuma dificuldade, mesmo com um jornalista com mais de 1,90m confortavelmente posicionado ao volante, à minha frente. O espaço para cabeça no assento traseiro também é agradável, mas falta o terceiro encosto de cabeça.


A linha HB, que significa "Hyundai Brasil", já tem confirmado também um SUV compacto, atualmente chamado de "Looking", além de um sedã, que já se encontra em fase final de desenvolvimento e estava presente na fábrica durante nossa visita. Embora nenhuma informação sobre o sedã tenha sido revelada, a capa envolta em sua carroceria deixava moldado um automóvel com dimensões próximas ao de um Fiat Grand Siena. Sinal de que a Hyundai também pretende abocanhar uma parcela em novos segmentos.

Impressões ao dirigir

Composta por basicamente duas retas e duas curvas, a pista de testes da Fábrica da Hyundai não permitiu uma avaliação aprofundada do hatch — e São Pedro, com sua torneira celestial aberta, também não colaborou na avaliação dinâmica. Porém, algumas características do HB20 puderam ser notadas.

Neste primeiro contato, os motores 1.0 e 1.6 16V apresentaram baixo nível de ruído, mas pouco pode ser dito sobre o isolamento acústico externo, uma vez que a carroceria dos modelos avaliados ainda estava repleta de camuflagens. Na hora de dirigir, o maior destaque para as duas motorizações foi o câmbio, excepcionalmente macio e preciso, até mais agradável que uma das referências do mercado, a caixa MQ-200 usada pela VW no Fox, Gol e Polo.

A única versão 1.0 disponível para testes era a intermediária, e estava equipada com rodas de liga leve aro 14" com pneus 175/70, ar-condicionado, direção hidráulica, sensor de estacionamento, computador de bordo, isofix e sistema de som com entrada auxiliar para USB e iPod.

O conjunto motriz da configuração 1.0, conforme revelamos anteriormente, é o mesmo 1.0 3 cilindros 12 válvulas usado no Kia Picanto (com 80 cv e 10,2 mkgf de força com etanol), e aparentou ter rendimento dentro da média em acelerações. O propulsor tem funcionamento linear e apresenta boa dose de força até cerca de 4.000 RPM, o que deveria se refletir em desempenho razoável para trafegar em ciclo urbano. A rapidez com que o tanque de combustível da novidade teve o nível diminuído durante as voltas realizadas na pista, no entanto, leva a crer que o reservatório utilizado também é o mesmo empregado no compacto Premium da Kia, com apenas 35 litros.

Ainda em comparação com o hatch da Kia, o HB20 aparentou ser mais lento em acelerações. Um dos engenheiros de qualidade de produto presente no test drive informou que o peso do modelo ficará por volta de 1.000 kg. O Picanto registra 940 kg na versão manual.


A motorização 1.6 16V do HB20 é a 1.6 16V CVVT, mesma aplicada no Kia Soul. A marca, mais uma vez, mantém os dados oficiais em sigilo, porém, outro engenheiro que acompanhava o test drive confirmou que a potência máxima ficará "entre 120 cv a 130 cv". Não é improvável, portanto, que o rendimento permaneça o mesmo do veículo da Kia: 128 cv e 16,5 mkgf de força.

O conjunto movimentou o novo modelo com boa disposição nas acelerações, embora a configuração com o câmbio automático (que conta com apenas quatro marchas), tenha o desempenho notavelmente inferior se comparado à opção manual.

Para um primeiro contato, o Hyundai HB20 aparentou ter potencial para disputa mercado com boas credenciais. Todavia, questões como itens de série, opcionais e valor do modelo serão cruciais para seu bom rendimento no mercado. Cabe à marca sul-coreana acertar nesse quesito para obter êxito.

Fábrica

A fábrica da Hyundai, localizada em Piracicaba, interior de São Paulo, está na fase final de construção. Com o investimento de cerca de 600 milhões de dólares, a unidade tem capacidade para produzir 150.000 automóveis por ano com dois turnos de funcionamento.

De acordo com o presidente da Hyundai do Brasil, Young-Hoon Jung, o HB20 utiliza como base a plataforma do futuro Hyundai i20 europeu. "Porém, consideramos o projeto desse veículo totalmente novo, uma vez que tivemos que realizar diversas modificações nessa plataforma para adequá-la ao gosto do cliente brasileiro, além de ajustá-la para as condições de rodagem, muito exigentes por aqui", explicou Jung em coletiva.

O presidente confirmou ainda que o HB20 é um projeto voltado, em um primeiro momento, exclusivamente para o mercado brasileiro. "Posteriormente podemos nos preocupar em exportar este modelo para outros países com condições semelhantes às brasileiras. Mas, de imediato, esse não é o objetivo", afirmou Jung.

Enquanto visitávamos a fábrica, Maurício Jordão, gerente de relações públicas da Hyundai, revelou que o índice de nacionalização do HB20 é de 75%. "O conjunto de motor e câmbio das duas versões é importado diretamente da Coreia do Sul", explica Jordão.

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São Paulo - O novo Hyundai a ser lançado no Brasil, chamado até então de "HB", é um dos lançamentos mais aguardados do ano, uma vez que promete esquentar a disputa no maior segmento de nosso mercado automobilístico: dos hatch. Após termos andado no modelo na Coreia do Sul, tivemos a oportunidade de avaliar a novidade aqui no Brasil. E, superado um longo período de mistério, a marca sul coreana revelou que o modelo se chamará HB20.

O início da produção do HB está previsto para setembro, enquanto as vendas começam em outubro. O rápido test-drive foi realizado com carros ainda camuflados, mas a Hyundai divulgou as primeiras imagens oficias do modelo, que mostram alguns detalhes, mas não o carro por completo.

O hatch será vendido em seis versões, das quais três serão 1.0, enquanto as outras três serão equipadas com o motor 1.6 16V—os dois motores são bicombustível. De acordo com Maurício Jordão, gerente de relações públicas da Hyundai, a versão 1.0 básica custará entre 27 e 28 mil reais. Jordão também confirmou que a configuração de entrada do HB20 terá airbag duplo como item de série, enquanto freios ABS, direção hidráulica e ar-condicionado estarão disponíveis como opcionais.

Segundo o presidente da Hyundai do Brasil, Young-Hoon Jung, embora dispute mercado com VW Gol (cuja versão 1.0 parte de 27.790 reais), o HB20 também mira em hatchs Premium, como o Ford New Fiesta (que parte de 44.130 reais). "Acreditamos que o HB20 não será o primeiro carro da maioria de seus consumidores", informou o presidente. Jung ainda informou que o volume do porta-malas é cerca de 10% maior do que o do VW Gol — o que indica uma capacidade de aproximadamente 300 litros.

Além do acabamento de bom nível e design moderno no interior, chamou a atenção no HB20 o espaço interno. Durante a avaliação, pude acomodar meus 1,79m de altura no banco traseiro sem nenhuma dificuldade, mesmo com um jornalista com mais de 1,90m confortavelmente posicionado ao volante, à minha frente. O espaço para cabeça no assento traseiro também é agradável, mas falta o terceiro encosto de cabeça.


A linha HB, que significa "Hyundai Brasil", já tem confirmado também um SUV compacto, atualmente chamado de "Looking", além de um sedã, que já se encontra em fase final de desenvolvimento e estava presente na fábrica durante nossa visita. Embora nenhuma informação sobre o sedã tenha sido revelada, a capa envolta em sua carroceria deixava moldado um automóvel com dimensões próximas ao de um Fiat Grand Siena. Sinal de que a Hyundai também pretende abocanhar uma parcela em novos segmentos.

Impressões ao dirigir

Composta por basicamente duas retas e duas curvas, a pista de testes da Fábrica da Hyundai não permitiu uma avaliação aprofundada do hatch — e São Pedro, com sua torneira celestial aberta, também não colaborou na avaliação dinâmica. Porém, algumas características do HB20 puderam ser notadas.

Neste primeiro contato, os motores 1.0 e 1.6 16V apresentaram baixo nível de ruído, mas pouco pode ser dito sobre o isolamento acústico externo, uma vez que a carroceria dos modelos avaliados ainda estava repleta de camuflagens. Na hora de dirigir, o maior destaque para as duas motorizações foi o câmbio, excepcionalmente macio e preciso, até mais agradável que uma das referências do mercado, a caixa MQ-200 usada pela VW no Fox, Gol e Polo.

A única versão 1.0 disponível para testes era a intermediária, e estava equipada com rodas de liga leve aro 14" com pneus 175/70, ar-condicionado, direção hidráulica, sensor de estacionamento, computador de bordo, isofix e sistema de som com entrada auxiliar para USB e iPod.

O conjunto motriz da configuração 1.0, conforme revelamos anteriormente, é o mesmo 1.0 3 cilindros 12 válvulas usado no Kia Picanto (com 80 cv e 10,2 mkgf de força com etanol), e aparentou ter rendimento dentro da média em acelerações. O propulsor tem funcionamento linear e apresenta boa dose de força até cerca de 4.000 RPM, o que deveria se refletir em desempenho razoável para trafegar em ciclo urbano. A rapidez com que o tanque de combustível da novidade teve o nível diminuído durante as voltas realizadas na pista, no entanto, leva a crer que o reservatório utilizado também é o mesmo empregado no compacto Premium da Kia, com apenas 35 litros.

Ainda em comparação com o hatch da Kia, o HB20 aparentou ser mais lento em acelerações. Um dos engenheiros de qualidade de produto presente no test drive informou que o peso do modelo ficará por volta de 1.000 kg. O Picanto registra 940 kg na versão manual.


A motorização 1.6 16V do HB20 é a 1.6 16V CVVT, mesma aplicada no Kia Soul. A marca, mais uma vez, mantém os dados oficiais em sigilo, porém, outro engenheiro que acompanhava o test drive confirmou que a potência máxima ficará "entre 120 cv a 130 cv". Não é improvável, portanto, que o rendimento permaneça o mesmo do veículo da Kia: 128 cv e 16,5 mkgf de força.

O conjunto movimentou o novo modelo com boa disposição nas acelerações, embora a configuração com o câmbio automático (que conta com apenas quatro marchas), tenha o desempenho notavelmente inferior se comparado à opção manual.

Para um primeiro contato, o Hyundai HB20 aparentou ter potencial para disputa mercado com boas credenciais. Todavia, questões como itens de série, opcionais e valor do modelo serão cruciais para seu bom rendimento no mercado. Cabe à marca sul-coreana acertar nesse quesito para obter êxito.

Fábrica

A fábrica da Hyundai, localizada em Piracicaba, interior de São Paulo, está na fase final de construção. Com o investimento de cerca de 600 milhões de dólares, a unidade tem capacidade para produzir 150.000 automóveis por ano com dois turnos de funcionamento.

De acordo com o presidente da Hyundai do Brasil, Young-Hoon Jung, o HB20 utiliza como base a plataforma do futuro Hyundai i20 europeu. "Porém, consideramos o projeto desse veículo totalmente novo, uma vez que tivemos que realizar diversas modificações nessa plataforma para adequá-la ao gosto do cliente brasileiro, além de ajustá-la para as condições de rodagem, muito exigentes por aqui", explicou Jung em coletiva.

O presidente confirmou ainda que o HB20 é um projeto voltado, em um primeiro momento, exclusivamente para o mercado brasileiro. "Posteriormente podemos nos preocupar em exportar este modelo para outros países com condições semelhantes às brasileiras. Mas, de imediato, esse não é o objetivo", afirmou Jung.

Enquanto visitávamos a fábrica, Maurício Jordão, gerente de relações públicas da Hyundai, revelou que o índice de nacionalização do HB20 é de 75%. "O conjunto de motor e câmbio das duas versões é importado diretamente da Coreia do Sul", explica Jordão.

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