Hotel, lojas, galeria e confeitaria: os novos planos da Louis Vuitton
No início do mês, a Louis Vuitton apresentou o LV Dream, uma pop-up de 2 mil metros quadrados que terá exposições, um café, uma loja com itens da marca e uma loja de chocolates
Julia Storch
Publicado em 21 de novembro de 2022 às 14h43.
Segundo Michael Burke, presidente e diretor executivo da Louis Vuitton, seu escritório na sede em Paris não será mais no mesmo local. Isso porque a grife francesa pretende transformar os escritórios da marca em um amplo complexo, incluindo o primeiro hotel Louis Vuitton e a maior loja da grife.
No início do mês, a Louis Vuitton apresentou o LV Dream, uma pop-up de 2 mil metros quadrados que terá, por um ano, exposições, um café, uma loja com itens da marca e uma loja de chocolates com assinatura de Maxime Frédéric, chefe de confeitaria do Cheval Blanc Paris.
O LV Dream, que será inaugurado em 12 de dezembro, terá nove salas com experiências interativas. Em exibição estão trabalhos de artistas como Jeff Koons, Cindy Sherman, Takashi Murakami, Richard Prince e Yayoi Kusama.
“Alimentos, bebidas e hospedagem estão claramente no futuro da Louis Vuitton. E nossa abordagem específica, que é muito diferente de todas as outras, é que cada uma dessas experiências é absolutamente contextualizada. Não se trata de pegar os gostos alimentares de um indivíduo e levá-los para o mundo. Isso talvez fosse apropriado 20 ou 30 anos atrás. Hoje, trata-se de criar experiências gastronômicas únicas”, disse Burke ao WWD.
O LV Dream espera receber mais de 2 mil visitantes por dia.
Este não é o primeiro projeto para além da moda que a marca ingressa. A Louis Vuitton já inaugurou restaurantes pop-up em Seul, na Coreia do Sul, e em Saint-Tropez, na França.
Em Paris, a controladora LVMH transformou alguns pontos da cidade nos últimos 18 meses com a inauguração da renovada loja de departamentos La Samaritaine e do hotel Cheval Blanc. Inclusive, Burke comentou que não se preocupa com a incorporação do hotel Cheval Blanc. “Seria uma identidade própria, um segmento próprio e um serviço próprio, uma experiência completamente diferente”, disse.
Assim como o LV Dream, o futuro hotel reflete o novo perfil de gastos com itens de luxo no pós-pandemia. “É isso que nossos clientes querem de nós. Eles querem um relacionamento 24 horas por dia, sete dias por semana”, disse Burke em entrevista ao site WWD.
A previsão é que o hotel parisiense tenha 36 mil metros quadrados e seja inaugurado em cinco anos. “Meu escritório não será meu escritório daqui a cinco anos, com certeza. Há usos melhores, usos mais contemporâneos para ele do que um escritório corporativo”, disse Burke ao WWD.
Porém, ainda não foi anunciado qual arquiteto estará à frente do projeto.