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Hotéis abrem restaurantes e apostam no churrasco

De portas abertas para quem não é hóspede, espaços apostam em cortes nobres e até churrasqueiras de olho na produção nacional

Tomahawk grelhado com batata assada, alho assado e molho chimichurri  (Hub/Divulgação)

Tomahawk grelhado com batata assada, alho assado e molho chimichurri (Hub/Divulgação)

Paty Moraes Nobre

Paty Moraes Nobre

Publicado em 24 de outubro de 2019 às 10h12.

Um novo movimento começa a acontecer no Brasil que favorece os apaixonados por carne.

Aos poucos, restaurante de hotel, que já foi sinônimo de experiência inacessível e cara,  deixa de ser apenas para hóspedes, começa a abrir as portas para o público em geral com preços cada vez mais atrativos e experiências de churrasco. Em São Paulo, já há exemplos dessa novidade que favorece os produtores nacionais e, principalmente, os apaixonados por carne. Isso porque o momento do churrasco por aqui não passa batido nos novos cardápios.

Um bom exemplo é o HUB, do Pullman Vila Olímpia, onde cortes como Ribeye (R$58), Lombo de cordeiro (R$68) e Magret de pato (R$58) são preparados no famoso forno Josper.

Também no melhor estilo de churrasco existem os pratos completos, como o Polvo com pancetta, purê de ervilha, vegetais baby e farofa de azeitonas negras (R$74), o Magret de pato com abóbora cabotiá, chá negro avelã e molho demi glace (R$68) e o Tomahawk grelhado com batata assada, alho assado e molho chimichurri (R$120). O Novotel Berrini já tem até uma churrasqueira para alguns preparos também.

Tomahawk grelhado com batata assada, alho assado e molho chimichurri

Tomahawk grelhado com batata assada, alho assado e molho chimichurri (Hub)

Segundo Amir Nahal, CEO de Comidas e Bebidas Accor, as carnes já representam 15% dos produtos trabalhados nos restaurantes da rede hoteleira no Brasil. “A maioria da carne é brasileira, mas importamos alguns cortes nobres da Argentina ou do Uruguai porque alguns clientes ainda desaprovam o produto nacional e entendem que um bom steak não  vem daqui”, explica Amir à coluna. “Não faz sentido porque existem boas carnes aqui. Tenho estudado bastante o mercado interno, fui conhecer de perto uma produção em Bauru (interior de São Paulo) que se preocupa com a qualidade e o trato dos animais. Acho que o Brasil tem uma grande oportunidade surgindo”, continua ele.

E, segundo Amir, a tendência dos restaurantes é deixar de comprar produtos industrializados e convidar o cliente a comer com mais qualidade e responsabilidade de olho na origem da comida, o que já acontece no mundo todo. Dos nove compromissos adotados pela rede até o final de 2020, reduzir em 30% os resíduos alimentares e privilegiar fornecedores locais, inclusive os que tenham preocupação com o bem-estar animal, estão na lista.

Polvo com pancetta, purê de ervilha, vegetais baby e farofa de azeitonas negras

Polvo com pancetta, purê de ervilha, vegetais baby e farofa de azeitonas negras (Hub)

“Mas está tudo bem comer bastante, faz parte da cultura brasileira. O cliente do Brasil não está entre os que mais desperdiçam no mundo, vejo que o nosso cliente brasileiro não joga comida fora”, finaliza ele.

Boa notícia para quem come e para quem produz, não é?

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