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Heathrow vai oferecer testes rápidos para covid no pré-embarque

O aeroporto de Londres e a British Airways pressionam o governo para substituir a quarentena de duas semanas por uma abordagem de testes pré-voo

Os testes Oxford LAMP custarão 80 libras (US$ 104) e podem ser usados em viagens para destinos como Hong Kong e Itália (Steve Parsons/PA Images/Getty Images)

Os testes Oxford LAMP custarão 80 libras (US$ 104) e podem ser usados em viagens para destinos como Hong Kong e Itália (Steve Parsons/PA Images/Getty Images)

DS

Daniel Salles

Publicado em 20 de outubro de 2020 às 09h30.

Última atualização em 20 de outubro de 2020 às 14h32.

O Aeroporto de Heathrow, em Londres, oferecerá testes rápidos de Covid-19 aos passageiros antes do embarque, quando mais territórios exigem atestados para o coronavírus como condição de entrada.

Os testes Oxford LAMP custarão 80 libras (US$ 104) e podem ser usados em viagens para destinos como Hong Kong e Itália, que exigem resultado negativo para a Covid-19, de acordo com comunicado na terça-feira do Collinson Group, que montou as instalações no Heathrow. Os resultados estarão disponíveis em até 60 minutos.

O setor aéreo tem defendido um sistema de testes uniforme para substituir uma série de restrições internacionais em viagens. Os testes no Heathrow incluirão destinos que têm adotado testes rápidos antes dos voos, embora o próprio Reino Unido ainda imponha quarentena para a maioria de passageiros que chegam. Os planos específicos introduzidos variam: Chipre e Bahamas, por exemplo, exigem um teste RT-PCR, que leva mais tempo e não é oferecido no Heathrow.

O aeroporto de Londres e a British Airways, principal locatária, pressionam o governo para substituir a quarentena de duas semanas por uma abordagem de testes pré-voo. O Reino Unido tem resistido a essa ideia. O secretário de Transportes do Reino Unido, Grant Shapps, reiterou na segunda-feira que os testes de fronteira não irão detectar todos os casos de Covid-19.

Retomada internacional
Uma combinação de testes rápidos, vacinas e passaportes de saúde digitais, como o aplicativo CommonPass, apoiado pelo Fórum Econômico Mundial, pode ajudar a retomar as viagens internacionais, de acordo com Sandy Morris, analista da Jefferies.

“Com o tempo, as restrições de fronteiras nacionais e regras de quarentena podem ser atenuadas ou abandonadas”, escreveu Morris em relatório de pesquisa na terça-feira.

O aplicativo CommonPass também ganha força. Um projeto piloto do sistema de rastreamento de testes começa na quarta-feira em um voo do Heathrow para Newark, Nova Jersey, de acordo com o Commons Project.

França, Itália
A Itália expandiu um sistema de testes para o coronavírus iniciado no aeroporto Fiumicino, em Roma, em setembro. O aeroporto Charles de Gaulle, em Paris, e o hub da Riviera Francesa em Nice começarão a aplicar testes rápidos de Covid-19 para passageiros com destino aos Estados Unidos, Itália e territórios franceses até o final deste mês, disse o ministro de Transportes da França, Jean-Baptiste Djebbari, em entrevista a uma rádio local na terça-feira.

Shapps, secretário de Transportes do Reino Unido, disse na segunda-feira que o país estuda um sistema de testes que poderá entrar em vigor até 1º de dezembro. Sob esse sistema, os passageiros fariam um teste uma semana depois de chegarem ao país para poder antecipar o fim da quarentena de duas semanas.

O governo britânico também discute a criação de um programa envolvendo pré-isolamento e testes com vários países, incluindo os EUA, disse Shapps, sem informar um prazo.

Sean Doyle, novo diretor-presidente da British Airways, disse na segunda-feira que uma quarentena de sete dias não vai funcionar. Segundo ele, os governos dos EUA e do Reino Unido não se manifestaram sobre o programa piloto proposto para testes de coronavírus nos voos Londres-Nova York.

“Não estamos recebendo nenhum apoio ou ação” e não sabemos o que os governos pensam sobre isso, disse o executivo no webinar Airlines 2050.

Com a colaboração de Tara Patel.

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