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GTO da Ferrari torna-se carro mais caro do mundo

O carro de corrida foi vendido por US$ 52 milhões, preço é 49% acima do recorde anterior de qualquer carro


	Ferrari 250 GTO: o modelo é um carro de colecionador
 (Mike Hewitt/Allsport)

Ferrari 250 GTO: o modelo é um carro de colecionador (Mike Hewitt/Allsport)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2013 às 14h06.

Londres - Um carro de corrida Ferrari 250 GTO de 1963 tornou-se o carro mais caro do mundo, vendido por US$ 52 milhões.

O carro de competição, na cor vermelha, propriedade do colecionador Paul Pappalardo, sediado em Greenwich, Connecticut, foi adquirido no mês passado por um comprador anônimo em uma transação privada, afirmaram três operadores especialistas que confirmaram, independentemente, a compra e o preço à Bloomberg News.

O preço é 49 por cento acima do recorde anterior de qualquer carro, registrado no ano passado por outro modelo 250 GTO. O valor dos modelos clássicos, em particular Ferraris do pós-guerra, continua aumentando, atraindo novos entusiastas, investidores e especuladores – e provocando medo de uma bolha no mercado.

“Atualmente, o GTO é o considerado o melhor carro para se possuir”, disse Don Williams, concessionário da Blackhawk Collection, sediado na Califórnia, em uma entrevista. “É como a Mona Lisa. Possui mística. Quem tem um GTO, tem uma grande coleção”.

Um dos vendedores que falou sobre a venda recorde esteve diretamente envolvido na transação. Sediado no Reino Unido, o concessionário afirmou que ele não podia fazer comentários abertamente devido a cláusulas de confidencialidade.

Pappalardo adquiriu o carro em 1974, o restaurou e o dirigiu em muitas corridas históricas, incluindo a Le Mans Classic, de 2002.

“Nós não confirmamos essas coisas”, disse o colecionador quando procurado, por telefone, ontem à noite, para falar sobre a venda. “Não tenho comentários”.


Stirling Moss

O 250 GTO da marca italiana, criado em 1962 para concorrer nas 24 Horas do Le Mans e em outras corridas de grandes prêmios, é o carro mais desejável e caro do mundo. Só existem 39 unidades. Um exemplar pintado de verde maçã, feito para o corredor britânico Stirling Moss, foi vendido em forma privada pelo recorde US$ 35 milhões, informou a Bloomberg News em junho de 2012.

Novos compradores foram atraídos pelo potencial de investimento em carros clássicos e pela oportunidade de participar em exibições e corridas.

Os maiores preços para carros com grau de investimento foram alcançados com vendas privadas não divulgadas. Os donos de outros GTO, da Ferrari, incluindo o ex-baterista do Pink Floyd, Nick Mason, receberam recentemente ofertas entre US$ 40 milhões e 50 milhões de potenciais compradores, segundo os concessionários.

“É um carro de culto”, disse Joe Macari, concessionário da Ferrari, sediado em Londres, em uma entrevista. “Quem é bilionário, sente que deve ter um. Não entendo seu atrativo. Eles não são muito bonitos e nem venceram em Le Mans. Eu preferiria um Testa Rossa”.

O índice de vendas públicas e privadas de Ferraris raras, da HAGI F, cresceu 54,52 neste ano, segundo um relatório publicado em agosto pelo Grupo de Carros Históricos, sediado em Londres.


Aumentos sustentáveis

“Nada aumenta tanto quanto isso no prazo médio”, disse o fundador da HAGI, Dietrich Hatlapa, em uma entrevista. “Os aumentos de 55 por cento nos preços não são sustentáveis em nenhum mercado. Não é que o mercado vá colapsar. Provavelmente decline em média com o tempo”.

O colecionador sediado na Bélgica Johan van Puyvelde exibiu o carro de corrida Ferrari 166 Inter-Sport Corsa modelo 1948 em uma mostra do Salon Prive, na Syon House, Londres, no mês passado.

O modelo tinha sido comprado por van Puyvelde a um vendedor privado da Califórnia por entre US$ 2 e US$ 2,5 milhões no ano passado. Recentemente, van Puyvelde recebeu ofertas de US$ 4 milhões pelo carro, segundo afirmou em uma entrevista.

“É uma bolha para certos carros”, disse van Puyvelde, rodeado de clientes endinheirados que desfrutam de champanhe Pommery grátis e almoços de lagosta assada.

“Quem compra as melhores coisas as usa sim. O mercado é impulsionado por um entusiasmo genuíno. Todos querem fazer parte de eventos como esse. Não acredito que muita gente esteja comprando só para investir”.

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