Gabriel García Marquez completa 85 anos e ainda escreve
Nobel de Literatura comemora 30 anos do seu prêmio Nobel e 45 anos do seu romance Cem Anos de Solidão
Da Redação
Publicado em 7 de março de 2012 às 10h05.
São Paulo - Gabriel García Márquez é uma preciosidade. Amantes da literatura nem sempre reconhecem isso, mas ele é. Não só porque se trata de um dos maiores escritores latino-americanos de todos os tempos, mas também por estar ainda vivo e atuante.
Ontem, 6 de março, Gabo, como é conhecido, completa 85 anos de vida. E, ao mesmo tempo, comemora também 30 anos do seu prêmio Nobel e 45 anos do seu romance Cem Anos de Solidão — uma saga latina, plena de humor, drama, magia, encantamento e poesia.
Mas não é só por isso que o torna uma preciosidade. É por muito mais. Gabo incorpora, talvez, um dos últimos da espécie do típico romancista. Aquele escritor que se dedica a construir vidas e cenários com suas palavras, utilizando recursos literários típicos do romance — principalmente, grandes personagens.
García Márquez, quando escrevia, fazia questão de ter uma rosa amarela sobre a mesa em que trabalhava. É para espantar os demônios da literatura, dizia ele. Demônios que obstruíam suas ideias e impediam que seus personagens seguissem seus destinos com a autonomia que cada um deles merecia.
Até hoje, Gabo gosta de rosas amarelas e em seu aniversário foram muitas que ele recebeu. Deve ter ampliado seu sorriso nos lábios incertos, escancarado o olhar melancólico de seus ascendentes, oprimidos pela fome e a malária, e vertido uma lágrima de alegria pelo carinho.
O colombiano é toda essa mistura, essa alquimia ancestral e continental, abençoado por um talento infindável. Tanto é assim que ainda escreve. Quem pode afirmar o que virá de suas novas investidas literárias? Quando se trata do velho romancista colombiano, tudo é possível.
São Paulo - Gabriel García Márquez é uma preciosidade. Amantes da literatura nem sempre reconhecem isso, mas ele é. Não só porque se trata de um dos maiores escritores latino-americanos de todos os tempos, mas também por estar ainda vivo e atuante.
Ontem, 6 de março, Gabo, como é conhecido, completa 85 anos de vida. E, ao mesmo tempo, comemora também 30 anos do seu prêmio Nobel e 45 anos do seu romance Cem Anos de Solidão — uma saga latina, plena de humor, drama, magia, encantamento e poesia.
Mas não é só por isso que o torna uma preciosidade. É por muito mais. Gabo incorpora, talvez, um dos últimos da espécie do típico romancista. Aquele escritor que se dedica a construir vidas e cenários com suas palavras, utilizando recursos literários típicos do romance — principalmente, grandes personagens.
García Márquez, quando escrevia, fazia questão de ter uma rosa amarela sobre a mesa em que trabalhava. É para espantar os demônios da literatura, dizia ele. Demônios que obstruíam suas ideias e impediam que seus personagens seguissem seus destinos com a autonomia que cada um deles merecia.
Até hoje, Gabo gosta de rosas amarelas e em seu aniversário foram muitas que ele recebeu. Deve ter ampliado seu sorriso nos lábios incertos, escancarado o olhar melancólico de seus ascendentes, oprimidos pela fome e a malária, e vertido uma lágrima de alegria pelo carinho.
O colombiano é toda essa mistura, essa alquimia ancestral e continental, abençoado por um talento infindável. Tanto é assim que ainda escreve. Quem pode afirmar o que virá de suas novas investidas literárias? Quando se trata do velho romancista colombiano, tudo é possível.