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'Fim do Mundo', cidade argentina de Ushuaia vira polo das artes

Terceira edição da bienal local vai discutir o consumo e a preocupação com o meio ambiente

A vista de Ushuaia: belas paisagens servem de inspiração (Remi Jouan/Wikimedia Commons)

A vista de Ushuaia: belas paisagens servem de inspiração (Remi Jouan/Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 14 de outubro de 2011 às 12h14.

Ushuaia, Argentina - Obras de mais de 100 artistas contemporâneos foram ao chamado 'Fim do Mundo' para participar da terceira Bienal realizada na cidade de Ushuaia, no extremo-sul da Argentina, onde se destaca a reflexão sobre a influência do comportamento humano sobre a Terra.

Sob o lema do Antropoceno, eleito pela curadora geral da Bienal, Consuelo Ciscart, o evento se aproveita da bela paisagem das montanhas nevadas que rodeiam Ushuaia para propor mudanças nos hábitos de consumo levando em conta as preocupações com o meio ambiente.

'Desejo que esta Bienal seja uma festa para os sentidos e que monopolize os sentimentos. Para isso, concebi (o evento) como cruzamento interdisciplinar e mestiçagem cultural que se verá refletido nas temáticas expositivas', declarou Consuelo durante a apresentação.

A Bienal se compõe de 121 obras realizadas por artistas procedentes dos cinco continentes: 23 argentinos e 33 do restante da América do Sul, 7 da América Central, 10 da América do Norte, 41 da Europa, 6 da Ásia e 1 da África.

A Bienal de Ushuaia é a única de arte contemporânea na Argentina, e o fato de ser realizada na cidade mais austral do mundo representa um desafio, na opinião de Gustavo López, presidente do evento. Para ele o encontro 'abre um grande leque de possibilidades', como a criação de um museu de museus, que seria a sede permanente da bienal.

Durante os meses de outubro e novembro, poderão ser contempladas em diversos pontos da cidade as obras de artistas que fazem um apelo como contribuição para salvar o planeta.

'Trazer a arte para cá vai além de um puro aspecto econômico. Com suas obras, os artistas fazem perguntas sobre para onde vai o planeta. É preciso encontrar respostas longe dos lugares onde se marcam as políticas culturais', afirmou Rafa Sierra, também curador da exposição. 

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