Festival de Berlim destaca crise dos refugiados em premiação
Dezenas de filmes nas diversas mostras da 66ª edição da Berlinale abordam os dramas das pessoas em fuga das guerras, opressão ou miséria
Da Redação
Publicado em 10 de fevereiro de 2016 às 10h06.
A organização do Festival de Cinema de Berlim de 2016 não escondeu que a edição deste ano tem uma questão vital em sua mostra competitiva: a crise dos refugiados .
Dezoito filmes disputam o Urso de Ouro, o grande prêmio da Berlinale, que começa na quinta-feira com a exibição, fora de competição, do filme mais recente dos irmãos Coen, "Ave, César!".
Tilda Swinton, Channing Tatum, George Clooney, Scarlett Johansson e Ralph Fiennes estão no elenco do filme, ambientado na era de ouro de Hollywood, e alguns deles são esperados no tapete vermelho.
A comédia que mostra os bastidores de uma produção nos anos 1950 terá um destaque isolado em um festival que, tradicionalmente, não abre muito espaço para os gêneros leves.
Dezenas de filmes nas diversas mostras da 66ª edição da Berlinale abordam os dramas das pessoas em fuga das guerras, opressão ou miséria.
A Alemanha vivencia na pele a crise dos refugiados do Oriente Médio, com a chegada em 2015 de mais de um milhão deles, o que provoca um grande debate na sociedade germânica.
O diretor do festival, Dieter Kosslick, defende uma concepção militante do evento ao recordar que "desde 1951, a Berlinale tem contribuído para promover a paz entre os povos e este ano não será exceção".
"Temos que confrontar a realidade que nos cerca e não apenas sorrir no tapete vermelho", completou Kosslick.
Na disputa pelo Ursos de Ouro e Prata, que serão anunciados em 20 de fevereiro, o documentário "Fuocoammare" (Fogo no mar) do italiano Gianfranco Rosi apresenta o drama dos refugiados visto a partir da ilha de Lampedusa.
O festival também organizará iniciativas especialmente destinadas a ajudar os refugiados, incluindo arrecadação de fundos, convites para exibições e estágios nos sets de filmagem.
"Cartas de guerra", do português Ivo Ferreira, fala da guerra em Angola, enquanto "Smrt u Sarajevu" "(Morte em Sarajevo") é uma parábola política do bósnio Danis Tanovic.
Para aqueles dispostos a passar oito horas em uma sala de cinema, "Hele Sa Hiwagang Hapis" ("A Lullaby to the Sorrowful mystery", título internacional) do filipino Lav Diaz narra a emancipação de seu país do império colonial espanhol no século XIX.
"Soy Nero", do iraniano Rafi Pitts, uma co-produção França, Alemanha e México, conta a história de um imigrante sem documentos mexicano que se alista no exército dos Estados Unidos para adquirir a cidadania americana.
Kosslick disse que o "tema principal este ano é o direito à felicidade, o direito a um alojamento, ao amor e a escolher sua vida".
Também na mostra competitiva, o festival exibe o documentário "Zero Days", de Alex Gibney, sobre a guerra cibernética dos Estados Unidos e de Israel contra as ambições nucleares do Irã.
O Brasil será representado com três filmes na mostra Panorama: "Curumim", documentário de Marcos Prado, "Mae Só Há Uma" de Anna Muylaert, e "Antes o Tempo Não Acabava", de Sérgio Andrade e Fábio Baldo.
A organização do Festival de Cinema de Berlim de 2016 não escondeu que a edição deste ano tem uma questão vital em sua mostra competitiva: a crise dos refugiados .
Dezoito filmes disputam o Urso de Ouro, o grande prêmio da Berlinale, que começa na quinta-feira com a exibição, fora de competição, do filme mais recente dos irmãos Coen, "Ave, César!".
Tilda Swinton, Channing Tatum, George Clooney, Scarlett Johansson e Ralph Fiennes estão no elenco do filme, ambientado na era de ouro de Hollywood, e alguns deles são esperados no tapete vermelho.
A comédia que mostra os bastidores de uma produção nos anos 1950 terá um destaque isolado em um festival que, tradicionalmente, não abre muito espaço para os gêneros leves.
Dezenas de filmes nas diversas mostras da 66ª edição da Berlinale abordam os dramas das pessoas em fuga das guerras, opressão ou miséria.
A Alemanha vivencia na pele a crise dos refugiados do Oriente Médio, com a chegada em 2015 de mais de um milhão deles, o que provoca um grande debate na sociedade germânica.
O diretor do festival, Dieter Kosslick, defende uma concepção militante do evento ao recordar que "desde 1951, a Berlinale tem contribuído para promover a paz entre os povos e este ano não será exceção".
"Temos que confrontar a realidade que nos cerca e não apenas sorrir no tapete vermelho", completou Kosslick.
Na disputa pelo Ursos de Ouro e Prata, que serão anunciados em 20 de fevereiro, o documentário "Fuocoammare" (Fogo no mar) do italiano Gianfranco Rosi apresenta o drama dos refugiados visto a partir da ilha de Lampedusa.
O festival também organizará iniciativas especialmente destinadas a ajudar os refugiados, incluindo arrecadação de fundos, convites para exibições e estágios nos sets de filmagem.
"Cartas de guerra", do português Ivo Ferreira, fala da guerra em Angola, enquanto "Smrt u Sarajevu" "(Morte em Sarajevo") é uma parábola política do bósnio Danis Tanovic.
Para aqueles dispostos a passar oito horas em uma sala de cinema, "Hele Sa Hiwagang Hapis" ("A Lullaby to the Sorrowful mystery", título internacional) do filipino Lav Diaz narra a emancipação de seu país do império colonial espanhol no século XIX.
"Soy Nero", do iraniano Rafi Pitts, uma co-produção França, Alemanha e México, conta a história de um imigrante sem documentos mexicano que se alista no exército dos Estados Unidos para adquirir a cidadania americana.
Kosslick disse que o "tema principal este ano é o direito à felicidade, o direito a um alojamento, ao amor e a escolher sua vida".
Também na mostra competitiva, o festival exibe o documentário "Zero Days", de Alex Gibney, sobre a guerra cibernética dos Estados Unidos e de Israel contra as ambições nucleares do Irã.
O Brasil será representado com três filmes na mostra Panorama: "Curumim", documentário de Marcos Prado, "Mae Só Há Uma" de Anna Muylaert, e "Antes o Tempo Não Acabava", de Sérgio Andrade e Fábio Baldo.