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Ferreira Gullar e Laurentino Gomes levam Prêmio Jabuti

Os dois escritores já são velhos conhecidos do evento e suas obras já tinham sido premiadas, em 2007 e 2008, respectivamente

Ferreira Gullar não publicava um livro inédito de poesia havia dez anos quando lançou, em 2010, "Em Alguma Parte Alguma" (Paulo Rodrigues/Veja SP)
DR

Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2011 às 09h48.

O poeta Ferreira Gullar e o jornalista Laurentino Gomes são dois velhos conhecidos do Prêmio Jabuti e suas obras já tinham sido reconhecidas, em 2007 e 2008, respectivamente, com o título de Livro do Ano nesta que é uma das mais prestigiadas premiações literárias do País. Na noite de quarta-feira, eles voltaram ao palco da Sala São Paulo, em festa comandada pelo jornalista Pedro Bial, para receber mais uma estatueta e outro cheque de R$ 30 mil.

Gullar não publicava um livro inédito de poesia havia dez anos quando lançou, em 2010, "Em Alguma Parte Alguma" (José Olympio), agora considerado o Livro do Ano de Ficção. Se a premiação é um incentivo para continuar? "Incentivo não, porque nesta altura não dá para precisar de incentivo", disse o poeta de 81 anos. "Mas é gratificante porque o sentido da vida é o outro; e quando você ganha um prêmio, o outro é quem está te reconhecendo e dizendo que vale a pena."

Ao receber o troféu, disse que os jurados tinham sido muito generosos em escolher sua obra. Entre os concorrentes estavam Dalton Trevisan ("Desgracida"), José Castello ("Ribamar"), Marina Colasanti ("Antes de Virar Gente Grande e Outras Histórias") e Ruth Rocha ("Coleção Pessoinha"). O poeta aproveitou para homenagear sua editora, que completou 80 anos.

Assim que Laurentino Gomes e seu "1822" (Nova Fronteira) foram anunciados como os grandes vencedores da noite da categoria não ficção, o desenhista Mauricio de Sousa, com sua câmera caseira, juntou-se aos fotógrafos na frente do palco. Andava de um lado para o outro em busca do melhor ângulo enquanto Gomes defendia a contribuição de seus best-sellers - ele é autor do também premiado "1808" (Planeta) - para a ampliação do conhecimento da história do Brasil.

"Sempre se disse que no Brasil, para um autor fazer sucesso, tinha que escrever livros de autoajuda, esoterismo ou literatura barata. E de repente, um livro de história está fazendo sucesso, ganhando prêmio e vendendo bastante", comentou mais tarde.

Para ele, isso mostra a maturidade do mercado editorial, uma evolução dos próprios leitores, e, principalmente, a busca de explicações sobre o Brasil de hoje. "É a confirmação de um fenômeno importantíssimo hoje no Brasil que é o interesse pela sua história."

O sucesso do trabalho de Laurentino Gomes se justifica especialmente pela linguagem simples que adota. O jornalista afirmou que parte sempre do princípio de que o leitor não conhece aquele assunto e procura ser didático sem ser chato. Garantiu ainda que não preenche lacunas do conhecimento histórico com ficção e diálogos inventados, recurso adotado com frequência.

Laurentino Gomes se muda ainda este mês para os Estados Unidos. Até dezembro de 2012, espera terminar, em State College, na Pensilvânia, as pesquisas de seu próximo livro, que tratará sobre o período da Proclamação da República e fechará a trilogia sobre o Brasil no século 19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O poeta Ferreira Gullar e o jornalista Laurentino Gomes são dois velhos conhecidos do Prêmio Jabuti e suas obras já tinham sido reconhecidas, em 2007 e 2008, respectivamente, com o título de Livro do Ano nesta que é uma das mais prestigiadas premiações literárias do País. Na noite de quarta-feira, eles voltaram ao palco da Sala São Paulo, em festa comandada pelo jornalista Pedro Bial, para receber mais uma estatueta e outro cheque de R$ 30 mil.

Gullar não publicava um livro inédito de poesia havia dez anos quando lançou, em 2010, "Em Alguma Parte Alguma" (José Olympio), agora considerado o Livro do Ano de Ficção. Se a premiação é um incentivo para continuar? "Incentivo não, porque nesta altura não dá para precisar de incentivo", disse o poeta de 81 anos. "Mas é gratificante porque o sentido da vida é o outro; e quando você ganha um prêmio, o outro é quem está te reconhecendo e dizendo que vale a pena."

Ao receber o troféu, disse que os jurados tinham sido muito generosos em escolher sua obra. Entre os concorrentes estavam Dalton Trevisan ("Desgracida"), José Castello ("Ribamar"), Marina Colasanti ("Antes de Virar Gente Grande e Outras Histórias") e Ruth Rocha ("Coleção Pessoinha"). O poeta aproveitou para homenagear sua editora, que completou 80 anos.

Assim que Laurentino Gomes e seu "1822" (Nova Fronteira) foram anunciados como os grandes vencedores da noite da categoria não ficção, o desenhista Mauricio de Sousa, com sua câmera caseira, juntou-se aos fotógrafos na frente do palco. Andava de um lado para o outro em busca do melhor ângulo enquanto Gomes defendia a contribuição de seus best-sellers - ele é autor do também premiado "1808" (Planeta) - para a ampliação do conhecimento da história do Brasil.

"Sempre se disse que no Brasil, para um autor fazer sucesso, tinha que escrever livros de autoajuda, esoterismo ou literatura barata. E de repente, um livro de história está fazendo sucesso, ganhando prêmio e vendendo bastante", comentou mais tarde.

Para ele, isso mostra a maturidade do mercado editorial, uma evolução dos próprios leitores, e, principalmente, a busca de explicações sobre o Brasil de hoje. "É a confirmação de um fenômeno importantíssimo hoje no Brasil que é o interesse pela sua história."

O sucesso do trabalho de Laurentino Gomes se justifica especialmente pela linguagem simples que adota. O jornalista afirmou que parte sempre do princípio de que o leitor não conhece aquele assunto e procura ser didático sem ser chato. Garantiu ainda que não preenche lacunas do conhecimento histórico com ficção e diálogos inventados, recurso adotado com frequência.

Laurentino Gomes se muda ainda este mês para os Estados Unidos. Até dezembro de 2012, espera terminar, em State College, na Pensilvânia, as pesquisas de seu próximo livro, que tratará sobre o período da Proclamação da República e fechará a trilogia sobre o Brasil no século 19. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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