Fãs processam Usher por não avisá-los que possuía uma DST
Os fãs tomaram a decisão após documentos vazados em julho revelarem que o cantor admitiu, em processo judicial, ter herpes
Estadão Conteúdo
Publicado em 7 de agosto de 2017 às 19h35.
Última atualização em 7 de agosto de 2017 às 20h35.
Fãs entraram na Justiça contra o cantor Usher por ter feito sexo sem camisinha com eles sem revelar que possuía herpes.
Essas pessoas tomaram a decisão após documentos vazados em julho revelarem que Usher admitiu, em processo judicial, ter a doença sexualmente transmissível (DST).
A advogada Lisa Bloom está encarregada pela defesa das vítimas. Segundo o jornal Daily Mail, ao menos duas mulheres e um homem acusam Usher de não tê-los avisado que possuía a doença incurável que pode ter como consequências gravidez de alto risco, abortos e tratamento caro.
Na manhã desta segunda-feira, 7, Lisa conseguiu com que uma de suas clientes falasse abertamente sobre o caso em uma conferência de imprensa. Quantasia Sharpton contou que Usher a viu na plateia de um dos seus shows e, através de um segurança, obteve o nome de seu hotel, seu telefone e o número de seu quarto.
Os dois tiveram relação sexual e Quantasia nunca mais falou com Usher após o encontro. Ao saber do escândalo, ela procurou Lisa, que já defendia os interesses de outra vítima.
"Eu senti que meus direitos haviam sido violados. Eu não correria o risco de ter uma doença incurável porque minha saúde é muito importante para mim", falou.
Segundo o jornal Daily Mail, Quantasia sabe que não pegou a doença pois engravidou tempos depois do ocorrido e teve de fazer o teste após o parto. No entanto, uma mulher teria sido infectada e acusa o cantor de ser o responsável.
"Esperamos que ele não tenha, propositalmente, colocado seus parceiros sexuais em perigo", declarou Lisa. Ela ainda criticou o artista, afirmando que "ninguém está acima da lei".
"Ninguém na América, nem mesmo um popstar, está acima da lei. E qualquer um tem o direito de ser respeitado. Isso inclui ser avisado sobre DSTs, para que possa decidir sobre sua saúde e sobre seu corpo", concluiu a advogada.