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Exposição de fotos mostra mudanças nas grandes cidades

Trabalhos que preenchem a galeria, que vão dos anos 1930 até o presente, às vezes são tão espetaculares que quase saltam das paredes


	Nova York: exibição fascinante tem mais de 250 imagens de 18 fotógrafos em exibição até o dia 11 de janeiro na Galeria Barbican, de Londres
 (Divulgação / CIM Group e MackloweProperties)

Nova York: exibição fascinante tem mais de 250 imagens de 18 fotógrafos em exibição até o dia 11 de janeiro na Galeria Barbican, de Londres (Divulgação / CIM Group e MackloweProperties)

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Da Redação

Publicado em 2 de dezembro de 2014 às 11h59.

Londres- Eis uma imagem cativante para qualquer pessoa que tenha estado em Nova York em qualquer ocasião desde 1960: uma longa fileira de construções de três andares com um único arranha-céu no final do quarteirão, quase parecendo uma presença alienígena.

Trata-se de uma visão da metrópole norte-americana –e de um mundo– que desapareceu com o ritmo alucinante das edificações urbanas e que estava começando nos anos 1930, quando a fotógrafa norte-americana Berenice Abbott fez a foto em preto e branco em questão.

Seu trabalho memorável é só uma parte de uma exibição fascinante com mais de 250 imagens de 18 fotógrafos em exibição até o dia 11 de janeiro na Galeria Barbican, de Londres.

“Achávamos que seria muito árido”, disse a co-curadora Alona Pardo à Reuters durante uma visita à mostra “Construindo Mundos: Fotografia e Arquitetura nos Tempos Modernos”.

Não havia motivo para preocupação. Os trabalhos que preenchem a galeria, que vão dos anos 1930 até o presente, às vezes são tão espetaculares que quase saltam das paredes.

De longe, uma enorme foto colorida de Andreas Gursky lembra o interior de uma suntuosa casa de ópera, mas na verdade é a estação do metrô da Sé, em São Paulo. Um nível adicional de plataforma lotada foi inserido para enfatizar o que um crítico descreveu como “os círculos dantescos” da estação.

Perto está a vista inesquecível da montanha Mokattam, nas redondezas do Cairo, identificada pelo fotógrafo Bas Princen como “Cidade da Reciclagem de Lixo”.

A visão panorâmica revela um bairro repleto de edifícios baixos e sujos onde toda sacada, teto ou terreno vazio estão repletos de lixo, e quase não se veem as pessoas que vivem e trabalham no local – o que pode ser o xis da questão.

“O interessante é que a história social de certa forma permeia a mostra”, afirmou Pardo.

A fotógrafa italiana Luisa Lambri está representada com uma série de fotos a cores, mas quase inteiramente escuras, tiradas dentro do quarto da casa Martin House, do arquiteto Frank Lloyd Wright, na cidade de Buffalo, no Estado de Nova York.

Lambri apagou todas as luzes para que os únicos raios viessem das janelas de vidro, o que faz com que as fotos pareçam invadidas por um feixe de luz colorida deslumbrante.

Se as imagens valem mais do que mil palavras, as fotos da exibição dizem mais do que a maioria delas sobre como nosso mundo mudou.

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