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Exames descartam envenenamento de Pablo Neruda

Exames nos restos do poeta chileno Pablo Neruda, morto poucos dias após o Golpe Militar de setembro de 1973, não demonstraram evidências de envenenamento


	O escritor, poeta e diplomata chileno Pablo Neruda: relatório dá fim a especulações de que o escritor teria sido envenenado
 (AFP)

O escritor, poeta e diplomata chileno Pablo Neruda: relatório dá fim a especulações de que o escritor teria sido envenenado (AFP)

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Da Redação

Publicado em 8 de novembro de 2013 às 12h27.

Santiago - Exames realizados nos restos do poeta chileno Pablo Neruda, morto poucos dias após o Golpe Militar de setembro de 1973, não demonstraram evidências de envenenamento, informou Patricio Bustos, diretor do Serviço Médico Legal (SML) do Chile. "Foi confirmado por diversas técnicas, complementares entre si, a existência de lesões metastásicas disseminadas em diversos pontos de seu esqueleto, o que corresponde à enfermidade pela qual estava sendo tratado", explicou Bustos.

Ainda de acordo com ele, foram encontrados somente sinais do câncer de próstata do qual sofria e do medicamento com o qual era tratado. "As análises toxicológicas efetuadas nos restos ósseos mostram a presença de substâncias derivadas de produtos farmacêuticos usados para o tratamento de câncer, especialmente de próstata, como era empregado na época de sua morte", apontou.

Desta forma, o relatório divulgado nesta sexta-feira, dia 8, dá fim a especulações levantadas por seu ex-chofer, Manuel Araya, de que o escritor teria sido envenenado pela ditadura de Augusto Pinochet (1973-1990).

Neruda faleceu em 23 de setembro de 1973, na clínica Santa Maria, 12 dias após o golpe de Estado contra o governo de Salvador Allende, que instaurou a ditadura militar no país. O poeta sofria de câncer de próstata e, de acordo com o boletim médico da época, essa teria sido a causa de sua morte, versão que Araya nega. De acordo com ele, agentes militares aplicaram injeções com veneno durante sua internação.

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