Estudo afirma que astros do pop morrem mais cedo
Estudo australiano mostra que músicos americanos morrem até 25 anos antes do que a média da população
Da Redação
Publicado em 28 de outubro de 2014 às 13h16.
Sydney - Há muito se diz que os astros do pop vivem de maneira intensa e morrem jovens , e um estudo australiano apresenta credibilidade acadêmica para o ditado, ao apontar que músicos americanos morrem até 25 anos antes do que a média da população.
"Esta é uma evidência clara que nem tudo vai bem na terra da música pop", disse Dianna Kenny, da Universidade de Sydney, que analisou as mortes de 12.665 artistas americanos, predominantemente homens, entre 1950 e junho de 2014.
Kenny acredita que o estudo é o primeiro do tipo a examinar o tempo de vida dos artistas populares em sete décadas, com uma linha de pesquisa que inclui músicos de vários gêneros, do jazz ao pop cristão, passando pelo punk.
A professora de Psicologia e Música constatou que as mortes acidentais de "pop stars" ficam entre cinco e 10 vezes acima da média da população americana, enquanto a taxa de suicídio fica entre duas e sete vezes acima.
Os índices de homicídio são até oito vezes maiores do que entre a população em geral.
O estudo aponta que "pelas sete décadas estudadas, o tempo de vida dos músicos chegou a ser 25 anos menor que a média da população americana".
Ao mesmo tempo, a professora destaca que apesar do aumento do tempo de vida dos dois grupos com o passar dos anos, os artistas masculinos viram a idade média da morte subir de 55 para 60 na década passada, enquanto entre a população geral a média chega a 75.
Mulheres da música pop tem a idade média de morte pouco acima dos 60, muito abaixo da população, que registra média acima de 80 anos, segundo o estudo.
Um estudo de 2011 da Universidade de Tecnologia de Queensland derrubou o mito do "Clube do 27", sobre o número de rock stars que morrem aos 27 anos, mas limitou a pesquisa apenas a artistas que atingiram o primeiro lugar das paradas com seus álbuns na Grã-Bretanha entre 1956 e 2007.
Outro estudo, da Universidade John Moores de Liverpool, publicado no British Medical Journal em 2012, teve um foco menor ao examinar as mortes de 1.489 astros da música pop e rock da América do Norte e da Europa que ficaram famosos entre 1956 e 2006.
Os pesquisadores descobriram que a taxa de mortalidade dos músicos aumentou em comparação com a população com o passar do tempo depois que eles ficaram famosos.
Dianna Kenny destacou que mais pesquisas são necessárias para confirmar os resultados iniciais, mas que os dados mostram que a indústria da música pop precisa fazer mais para apoiar os jovens músicos que geram lucros .
- 1. Oscar Niemeyer
1 /25(Sergio Moraes/Reuters)
São Paulo – Reconhecido como um dos maiores arquitetos do mundo, o brasileiro Oscar Niemeyer foi também um artista . Além de grandes projetos no Brasil e em outros países, como as construções de Brasília, o edifício Copan, em São Paulo, e a sede da ONU, em Nova York, ele também produziu móveis e esculturas, e escreveu livros sobre seu trabalho e memórias. Niemeyer morreu no dia 5 de dezembro de 2012, pouco antes de completar 105 anos de idade. Ele já estava internado havia semanas e não resistiu a uma infecção respiratória.
2 /25(Divulgação)
Aos 83 anos, a apresentadora Hebe Camargo morreu na madrugada do dia 29 de setembro. Desde 2010, ela lutava contra um câncer no peritônio e sua morte foi provocada por uma parada cardiorrespiratória. Sua carreira está diretamente ligada ao nascimento e crescimento da televisão brasileira e, durante os últimos 60 anos, ela foi um ícone do entretenimento no Brasil, como atriz, cantora e apresentadora.
3 /25(Arquivo)
O humorista Chico Anysio foi outra importante personalidade que deixou saudade em 2012. No dia 23 de março, ele sofreu uma parada respiratória e falência múltipla dos órgãos, devido ao choque séptico provocado por uma infecção pulmonar. Chico Anysio tinha 80 anos e já enfrentava problemas de saúde havia meses. Intitulado como um dos gênios do humor brasileiro, ele inspirou as novas gerações de comediantes do país com seus mais de 200 personagens. Entre os mais notórios, estão o Professor Raimundo (foto), Bento Carneiro, Bozó, Nazareno e Painho.
4 /25(Roland Godefroy via Wikimedia Commons)
A cantora Etta James, grande nome do blues e do jazz, também se foi em 2012. A americana tinha 73 anos e morreu no dia 20 de janeiro, devido a complicações no seu quadro de saúde debilitado pela leucemia. Ela enfrentava a doença desde 2010 e ainda tinha problemas renais e demência. O auge da carreira de Etta James aconteceu nas décadas de 50 e 60, e seu maior sucesso foi a música “At Last”, de 1961, usada em filmes, como “Wall-E” (2008), e regravada por importantes cantoras da atualidade, como Beyoncé e Christina Aguilera.
5 /25(Larry Busacca/Getty Images)
A cantora Whitney Houston foi encontrada morta em um quarto do hotel Beverly Hilton, imersa em uma banheira, no dia 11 de fevereiro, véspera da entrega do prêmio Grammy. Autora de sucessos como “I Will Always Love You” e “I Have Nothing”, e protagonista do filme “O Guarda-Costas” (1992), Whitney enfrentava o vício em drogas. Um relatório divulgado em abril concluiu que sua morte foi causada por afogamento, após uma overdose de cocaína, remédios com prescrição médica, remédios de venda livre e álcool.
6 /25(Getty Images)
No dia 16 de julho, os fãs de rock perderam um ícone da música. Jon Lord, tecladista do Deep Purple, morreu devido a uma embolia pulmonar. Ele tinha 71 anos e sofria de câncer no pâncreas. Lord fundou a banda junto com o baterista Ian Pace, em 1968, e é um dos autores do clássico “Smoke on the Water” e outros sucessos. Seu trabalho com o Deep Purple durou até 2002, quando passou a se dedicar apenas à carreira solo, que levava paralelamente à banda desde os anos 70.
7 /25(Daniela Dacorso / Bravo)
Aos 88 anos, o escritor, desenhista, humorista, dramaturgo e tradutor Millôr Fernandes morreu, no dia 27 de março deste ano, de falência múltipla nos órgãos. Durante sua carreira, ele foi colaborador de importantes veículos de comunicação, como as revistas O Cruzeiro e Veja, e foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, no final dos anos 60. Fernandes ainda escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, e foi um dos principais tradutores do país, ao trazer do inglês e do francês peças clássicas, como de Sófocles e Shakespeare. Ele foi o autor de obras como "Millôr definitivo - A bíblia do caos" (L&PM), "Amostra bem-humorada" (Ediouro), "Crítica da razão impura ou O primado da ignorância" (L&PM) e "100 Fábulas Fabulosas" (Record).
8 /25(Getty Images)
O ator americano Michael Clarke Duncan morreu no dia 3 de setembro, aos 54 anos, em Los Angeles. Dois meses antes, ele havia sofrido uma parada cardíaca e não se recuperou. Duncan desempenhou vários papeis no cinema, mas seu personagem mais notório foi John Coffey, preso condenado à morte injustamente que tinha poderes especiais, no filme “À Espera de um Milagre” (1999), protagonizado por Tom Hanks. Na época, Duncan foi indicado ao Oscar de melhor ator coadjuvante. Ele também atuou nos filmes ''Armageddon'' (1998), ''O Escorpião Rei'' (2002), ''Sin City'' (2005), e ''Kung Fu Panda'' (2008).
9 /25(Wikimedia Commons)
Dona de um estilo literário bem humorado e marcado por trocadilhos, a escritora Wislawa Szymborska foi merecedora do prêmio Nobel de Literatura em 1996. Só depois dessa condecoração que ela ganhou fama no mundo todo. No dia 1º de fevereiro do ano passado, a poetisa polonesa morreu, após enfrentar um câncer no pulmão.
10 /25(Getty Images)
Grande nome da música “disco”, a cantora Donna Summer morreu no dia 17 de maio de 2012, por causa de um câncer de pulmão. Ela tinha 63 anos de idade e tentava manter a doença sob sigilo. Durante sua carreira, ela venceu cinco Grammy’s e seu auge ocorreu nos anos 70 e 80, com hits como “Last Dance, Hot Stuff”, “Bad Girls”, “She Works Hard for the Money” e “This Time I Know It's for Real”.
11 /25(Getty Images)
Outro grande nome da disco music que morreu em 2012 foi o cantor Robin Gibb. Ele foi um dos fundadores do grupo Bee Gees e morreu no dia 20 de maio devido a complicações provocadas por uma pneumonia e a um câncer no fígado e no estômago. Algumas de suas mais famosas interpretações foram "And the Sun Will Shine", "I've Gotta Get a Message to You", "I Started a Joke” e "How Can You Mend a Broken Heart?".
12 /25(Getty Images)
Baterista e vocalista do grupo The Band, Levon Helm morreu aos 71 anos, no dia 20 de abril do ano passado, vítima de um câncer na garganta. Desde que teve sua doença diagnosticada, ele continuou sua carreira solo e o último trabalho lançado foi a gravação "Ramble at the Ryman", em 2011. Helm participou da banda desde sua criação, em 1967, até 1976 e de 1983 a 1999. Na década de 60, eles acompanhavam o cantor Bob Dylan em seus shows.
13 /25(Divulgação)
O ator e diretor brasileiro Marcos Paulo enfrentou um câncer no esôfago em 2011 e, no dia 11 de novembro do ano passado, morreu por uma embolia pulmonar. Ele tinha 61 anos e sua carreira era recheada de importantes produções, como a direção do filme “Assalto ao Banco Central” (2010) e os trabalhos em TV “Os Caras de Pau” (2010), “Malhação” (2009) e “A Indomada” (1997). Como ator, ele participou do filme “Faroeste Caboclo” (2011) e das novelas “Desejo Proibido” (2008) e “Páginas da Vida” (2006), entre muitos outros.
14 /25(Reprodução)
Mais conhecido pelo personagem do porteiro Belzonte, da Escolinha do Professor Raimundo (1990), o ator Octácio da Silveira, “Silveirinha”, morreu no dia 15 de novembro do ano passado. Ele tinha 88 anos e teve falência múltipla dos órgãos, após quase um mês internado em um hospital. Outras produções que tiveram sua participação ao longo da carreira foram as novelas “Pedra Sobre Pedra” (1992), “A, E, I, O... Urca” (1990), “Memórias de um Gigolô” (1986), “Hipertensão” (1986) e “Corpo a Corpo” (1984).
15 /25(Valéria Mendonça Bravo)
O poeta Décio Pignatari morreu no dia 2 de dezembro, aos 85 anos, em decorrência de uma pneumonia aspirativa e insuficiência respiratória. Ele também sofria de Alzheimer. Ele foi um dos fundadores do movimento artístico Concretista, nos anos 50, foi um dos editores das revistas “Noigandres” e “Invenção” e publicou a “Teoria da Poesia Concreta”, em 1965. Pignatari também foi tradutor de grandes obras de autores como Marshall McLuhan, Dante Alighieri, Goethe e Shakespeare.
16 /25(AFP)
A atriz holandesa Sylvia Kristel ficou conhecida mundialmente por encarnar o papel de "Emmanuelle", protagonista do clássico filme erótico dos anos 70. Ela chegou a atuar em outros filmes, para tentar se livrar da fama adquirida em uma produção pornô, mas nenhum outro papel fez tanto sucesso. Sylvia morreu de câncer no dia 18 de 2012 e tinha 60 anos de idade.
17 /25(Divulgação/ TV Globo)
Aos 59 anos, a atriz Regina Dourado morreu no dia 27 de outubro, após quase dez anos de luta contra um câncer de mama que se espalhou pelo corpo. A baiana começou sua carreira nos palcos aos 14 anos e, ao longo da vida, foi personagem de várias novelas e filmes. Entre as principais produções em que atuou, estão “Roque Santeiro” (1985), “Renascer” (1993), “América” (2005) e “Explode Coração” (1995), em que ficou muito conhecida pelo bordão “Stop, Salgadinho”.
18 /25(Divulgação)
Ex-integrante da banda Men At Work, o músico Greg Ham (esq.) foi encontrado morto em sua casa, na Austrália, no dia 19 de abril. As circunstâncias da morte não foram esclarecidas. O artista tinha 58 anos quando faleceu e seu sucesso veio quando substituiu Greg Sneddon na banda para tocar saxofone, teclados e flauta, em 1979. Logo no início dos anos 80, o grupo ficou famoso, com a música "Who Can It Be Now?" e projetou a carreira de Ham.
19 /25(Yanguas/Wikimedia Commons)
Dono de sambas bem humorados e com duplo sentido, como "A Vaca da Minha Sogra", "Olha a Rima" e "Chatuba", o sambista Dicró também deixou saudades em 2012. Ele morreu aos 66 anos, no dia 25 de abril, após passar mal em casa e ter um enfarte. Ele sofria de diabetes e havia feito uma sessão de hemodiálise no mesmo dia.
20 /25(Flickr)
O ator e produtor brasileiro Luiz Carlos Buruca morreu no dia 30 de abril, aos 63 anos, após uma parada cardíaca. Ao longo da vida, ele trabalhou em diversas peças de teatro, como “Memórias de um Sargento de Milícias”, “Vestido de Noiva”, “Deus lhe Pague” e “Apenas Bons Amigos”, enquanto, na televisão, fez novelas como “Estúpido Cupido” (1976), “O Clone” (2001) e “Alma Gêmea” (2005).
21 /25(Divulgação)
O músico Celso Blues Boy era reconhecido como sendo o “pai do blues no Brasil” e, no dia 6 de agosto, faleceu. Durante sua carreira, o guitarrista gravou com BB King e foi inspiração para os adeptos do estilo musical no país. Quando tinha 17 anos, entrou na banda que acompanhava Raul Seixas, nos anos 70, e, na década seguinte, lançou o álbum “Som na Guitarra” (1984), que o consagrou no cenário da música nacional.
22 /25(Getty Images)
Outro músico que vai fazer falta em 2013 é Adam Yauch, co-fundador do grupo Beastie Boys. Ele tinha 47 anos e morreu no dia 4 de maio, após quase quatro anos de luta contra um câncer na glândula parótida e um linfonodo. O rapper era chamado de MCA e era responsável pelo vocal e baixo. Em 2011, o Beastie Boys lançou seu último trabalho, o “Hot Sauce Committee Part 1”, que teve a estreia adiada para que Yauch pudesse tratar da saúde.
23 /25(Divulgação)
O cantor sertanejo Tinoco, da dupla Tonico e Tinoco, também morreu no dia 4 de maio, aos 91 anos. Ele estava gravemente doente, mas havia desistido de se tratar, situação essa agravada por um enfarte tardiamente diagnosticado. A dupla sertaneja deixou de existir em 1994, quando o irmão Tonico faleceu. Antes disso, eles fizeram grande sucesso com músicas, como “Moreninha Linda” e “Beijinho Doce”.
24 /25(GAB Archive/Getty Images)
O cantor Scott McKenzie ficou famoso mundialmente por interpretar a música “San Francisco (Be Sure to Wear Flowers in Your Hair)", de 1967, e por fazer parte do grupo “The Mamas and the Papas” nas décadas de 80 e 90. Sua morte aconteceu no dia 20 de agosto, aos 73 anos. McKenzie sofria da síndrome de Guillain-Barre, que causa problemas no sistema nervoso.
25 /25(Divulgação)
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