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Estilistas espanhóis fazem ode ao otimismo e à qualidade

Hoje foi o segundo dia da 56ª edição do maior evento da moda internacional de Madri

Desfile Agatha Ruiz de la Prada no Mercedes-Benz Fashion Week em Madri (Getty Images)

Desfile Agatha Ruiz de la Prada no Mercedes-Benz Fashion Week em Madri (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 31 de agosto de 2012 às 20h03.

Madri - A cor, as estampas florais e as imagens que remetem ao otimismo e apelam à qualidade do ''made in Spain'' foram os fios condutores das coleções que os estilistas espanhóis apresentaram nesta sexta-feira na Mercedes-Benz Fashion Week Madri.

Hoje foi o segundo dia da 56ª edição do maior evento da moda internacional de Madri, no qual mais de 40 casas apresentam as novas tendências para a temporada primavera-verão de 2013.

Como resume um cartaz no vestiário de Roberto Verino, que abriu os desfiles de hoje, a ''Spanish pride attitude'' esteve presente em todas as coleções, uma postura afirmativa para ''enfrentar as adversidades'' e a crise econômica que atravessa o país.

Fugindo do tom folclórico e sem cair em temas ''vulgares'', Roberto Verino levou à passarela a coleção ''O jardim da paixão'', com padronagens dos anos 1950 e banhada a cores típicas espanholas, o vermelho e o preto, salpicadas com detalhes dourados, rosas e verdes.

A proposta de Verino para a próxima temporada é étnica e com ares pin-up, ressaltando as silhuetas femininas em brim, o tecido mais utilizado do mundo, descreveu à EFEstilo o estilista espanhol, com vários pontos de venda no México.

Assim como os grandes músicos, a internacional Ágatha Ruiz de la Prada, com a coleção ''Agatha vs Agatha'' revisitou a o próprio trabalho e voltou a levar à passarela vestidos-bambolê, saias-bola, vestidos-coração e roupas-estrela, uma ode ao otimismo através da costura.

Ao longo de mais de 30 anos, coleção após coleção, Agatha Ruíz de la Prada apostou sobretudo em peças alegres e descontraídas, e em imagens coloridas, divertidas, contemporâneas, abstratas ''pop'' e, por que não dizer, surrealistas.

Recebida por um público caloroso, a criadora apresentou uma mulher que está disposta a quase tudo. Assim destacaram-se vestidos que evocam balas, corações, jaulas, pianos...


Ángel Schlesser, outro dos consagrados costureiros espanhóis que também abriu caminho no exterior, desfilou uma coleção ''gráfica'' em que listras e círculos ganharam cores básicas, o preto e o branco, para buscar desenhos frescos e simples.

O resgate da costura artesanal em plissados delicados e bordados de flores, o nostálgico tecido casa de abelha lembrando a roupa infantil dos velhos tempos, foram a aposta de Francis Montesinos, que levou à passarela uma coleção florida, seu ''jardim espanhol''.

Monumentos emblemáticos da Espanha como a Giralda de Sevilha, a Porta de Alcalá, de Madri ou a Sagrada Família de Barcelona também aparecem em suas peças.

Já a dupla Victorio&Lucchino elegeu o vestido tradicional chinês, o ''qipao'', que está completando 100 anos, como ponto de partida para criar sua coleção primavera-verão 2013, com propostas que ''vão ditar tendência'', anunciaram.

Enquanto isso, a cidade Vitoria-Gasteiz (no País Basco) inspirou a coleção de Devota&Lomba, com desenhos urbanos repletos de otimismo em que predominaram as estampas florais e o cinza, cor utilizada tanto para as peças masculinas quanto para as femininas.

O segundo dia do evento foi encerrado com uma retrospectiva de Elio Berhanyer, e amanhã desfilarão David Delfín e Amaya Arzuaga, entre outros.

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