A obra "L'homme au doigt" ("O homem que aponta"), de Alberto Giacometti (Darren Ornitz/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de maio de 2015 às 22h27.
Nova York - A obra "L'homme au doigt" ("O homem que aponta"), de Alberto Giacometti, se tornou nesta segunda-feira a escultura mais cara já leiloada ao alcançar o preço de US$ 141,28 milhões em um leilão promovido pela casa Christie's, em Nova York.
A obra, realizada em bronze pelo escultor suíço em 1947 e de 177,5 centímetros de altura, é uma representação escultórica da filosofia do existencialismo e faz parte de uma série de seis peças, das quais é a única pintada à mão pelo artista.
"L'homme au doigt" confirma assim o monopólio de Giacometti no mercado milionário da escultura, pois supera seu próprio recorde, "L'Homme qui marche I", que alcançou em 2010 o preço de US$ 104,3 milhões em Londres.
"Esta escultura é a questão do existencialismo. Um homem sozinho, apontando sem saber o que aponta", explicou à Agência Efe a especialista em arte contemporânea da Christie's, Ana María Celis, para quem Giacometti, com suas figuras espigadas, de superfície cavernosa e alta expressividade, não tem rival no mercado escultórico.
A obra que estabeleceu o recorde foi adquirida pelo casal formado por Fred e Florence Olsen em 1953 das mãos de Pierre Matisse, e em 1970 foi comprada por um colecionador privado, seu dono até hoje.
Na sessão de hoje na Christie's, intitulada "Looking Forward to the Past" (algo como "Explorando o Futuro através do Passado"), além do recorde de Giacometti, foi vendida a pintura mais cara jamais leiloada, "Les femmes d'Alger", de Pablo Picasso, que alcançou o preço de US$ 179,36 milhões.