Casual

Em tempo de coronavírus, saiba como se alimentar bem na quarentena

Ao comer em casa ou mesmo em restaurantes, o ideal é redobrar cuidados com a higiene e escolher alimentos de alto teor nutricional

Frutas e verduras: alimentação saudável é ainda mais importante no combate à pandemia (Germano Lüders/Exame)

Frutas e verduras: alimentação saudável é ainda mais importante no combate à pandemia (Germano Lüders/Exame)

Frutas e verduras: alimentação saudável é ainda mais importante no combate à pandemia (Germano Lüders/Exame)

A quarentena imposta pela crescente contaminação por coronavírus tem impacto na rotina, o que gera mudanças, principalmente na alimentação. Muitos dos que trabalham passaram a fazer home office, mas cozinhar pode se tornar uma atividade complexa — principalmente para quem precisa conciliar compromissos, como cuidar de filhos ou de pais já idosos. Quem não consegue evitar a ida ao trabalho, também pode ficar exposto a contaminações, sobretudo quando a opção é comer em restaurantes por quilo.

Cuidar da alimentação, no entanto, é ainda mais crítico em uma situação de pandemia. “É importante manter uma boa imunidade”, diz a nutróloga Nivea Bordin. “Comer mal e dormir mal são ações que podem reduzir a imunidade, deixando o corpo mais susceptível a contaminações.” Especialista na área pela Associação Brasileira de Nutrologia, ela esclarece que não existem alimentos milagrosos que curem ou evitem a Covid-19, mas que hábitos saudáveis podem ajudar.

É importante, sobretudo, ingerir alimentos de alta densidade nutricional — aqueles que são ricos em vitaminas e minerais. Nesse quesito, entra a conhecida tríade fruta, verdura e legume. A lista é extensa e, em geral, vale tudo. No entanto, Bordin recomenda opções como laranja, abacaxi e ervas como a salsinha, ricas em vitamina C e em outros micronutrientes. “Quando for possível ingerir a versão orgânica destes alimentos, melhor. Os agrotóxicos competem com os nutrientes pela absorção no intestino: o resultado é um menor teor sanguíneo de vitaminas e minerais”, diz.

A restrição de academias e de exercícios físicos também altera a alimentação. Com o corpo parado, a preferência é dos alimentos de baixo índice glicêmico — aqueles que possuem carboidratos mais complexos, e que atingem a corrente sanguínea mais lentamente. Segundo Bordin, estas opções evitam o acréscimo de gordura corporal. “Pode ser que fiquemos 30 ou 60 dias em casa e, para facilitar, é comum recorrer a opções práticas, como biscoitos, pães e massas. Isso, mesmo no curto prazo, pode trazer malefícios relacionados a alto colesterol e diabetes”, diz. Opções de baixo índice glicêmico incluem a batata-doce, a mandioquinha e o aipim. Alimentos ricos em farinha de trigo devem ser evitados.

Quando há pouco tempo para cozinhar, é possível apostar em opções coringa, como o ovo, que pode ser feito rapidamente e de diversas maneiras. Apesar de ser um alimento polêmico, Bordin afirma que até oito unidades podem ser ingeridas diariamente. Rica em vitamina C, a batata-doce é outra opção que se encaixa em refeições maiores mas também funciona em lanches rápidos. Por fim, sucos verdes também se configuram como uma boa aposta: podem ser variados e, quando feitos com ingredientes como couve, limão e gengibre, atingem um bom teor nutricional.

As boas escolhas, no entanto, não bastam. Mesmo acertando nas opções, a higiene é essencial dentro e fora de casa. “Ao chegar do mercado, é necessário higienizar os produtos, passando álcool em gel em uma caixinha de leite, por exemplo”, diz a nutróloga. Hortaliças podem ser limpas em uma solução de água com vinagre antes de guardar e na hora de consumir. Na hora de cozinhar, é importante lavar as mãos quando houver contato com novos ingredientes: o calor do cozimento é capaz de inativar o vírus, mas ele pode continuar na pele e contaminar alimentos crus ou gelados.

No restaurante por quilo, todo cuidado é pouco. Com a alta circulação de pessoas e a exposição de alimentos, Bordin recomenda até mesmo a higienização dos pratos e talheres com álcool em gel antes de se servir no bufê. Após se servir, é importante higienizar as mãos novamente para evitar contaminação por meio das colheres e pegadores compartilhados entre os comensais. E, na hora de beber, melhor usar copos descartáveis. “Em restaurantes, é preciso ter cuidado com as folhas verdes e alimentos crus: a preferência é dos cozidos”, diz a nutróloga.

 

Acompanhe tudo sobre:AlimentaçãoBem-estarCoronavírus

Mais de Casual

Brinde harmonizado: como escolher bons rótulos para as festas de fim de ano

Os espumantes brasileiros que se destacaram em concursos internacionais em 2024

Para onde os mais ricos do mundo viajam nas férias de fim de ano? Veja os destinos favoritos

25 restaurantes que funcionam entre o Natal e o Ano Novo em São Paulo