Elizabeth II, embaixadora da alta costura britânica
Exposição em Londres mostra criações dos costureiros de cabeceira de Elizabeth II
Da Redação
Publicado em 18 de novembro de 2012 às 09h22.
Londres, 18 nov (EFE).- Os costureiros de cabeceira de Elizabeth II estão reunidos em uma mostra em Londres que lembra, através de glamorosos vestidos, a história da alta costura britânica e o impulso que recebeu da monarquia para sua internacionalização.
'De Hartnell a Amies: Alta Costura com Cita Real', inaugurada na última sexta-feira no Museu da Moda e o Têxtil, reúne as criações de três estilistas que vestiram da família real britânica.
A exposição reúne 50 vestidos e 30 chapéus dos costureiros Norman Hartnell e Hardy Amies, e do chapeleiro Frederick Fox, além de suas fotografias tiradas por Norman Parkinson para a 'Vogue' e outras publicações da época.
'É uma história da moda britânica desde o início dos anos 1950, quando houve uma explosão, em grande parte devido à rainha', assegurou à Agência Efe o comissário do museu, Dennis Nothdruft.
A mostra ressalta a recusa da alta costura britânica a se curvar para outras mais reconhecidas, como a francesa, e agradece o apoio da monarquia aos costureiros nacionais, sobretudo a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Um elegante vestido de seda cor champanhe desenhado por Norman Hartnell para o casamento da aristocrata Oonagh Guinness dá começo à exposição com a lembrança dos alegres anos 20.
Hartnell, que abriu seu primeiro salão em 1923 e foi responsável pelos trajes de casamento e de coroação de Elizabeth II, foi crucial para a internacionalização da moda britânica.
O famoso costureiro vestiu também a rainha em sua juventude, como lembra a exposição com um traje de lantejoulas douradas que a esposa de Jorge VI usou em 1935.
'A monarquia foi muito importante porque ajudou a patrocinar a moda britânica ao redor do mundo como um estilo de vida', explicou Nothdruft.
Após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, teve início a carreira do estilista Hardy Amies, que abriu esse ano uma loja na Savile Row, conhecida como a rua dos alfaiates da capital britânica.
O revolucionário 'new look' de Dior, com cinturas estreitas e volumosas saias, causaram impacto na indústria têxtil em 1947 e sua marca permanece visível em muitos dos trajes expostos de Amies, que se tornou o segundo costureiro de cabeceira da casa real britânica durante as décadas seguintes.
Entre eles, destaca-se uma réplica do famoso traje azul anil que Diana Spencer vestia no dia em que se comprometeu com o príncipe de Gales, em 1981.
Os chapéus são um ingrediente essencial da moda britânica e a mostra assim o reflete exibindo 30 desenhos do australiano Frederick Fox, como uma recriação que fez para a rainha em 1977, para a celebração de seus 25 anos no trono.
'Os chapéus da rainha tinham um trabalho específico, pois deviam permitir identificá-la em qualquer ato público do qual participasse. Eles tinham outro propósito, além do da moda', comentou Nothdruft.
A tradição semeada por Hartnell, Amies e Fox foi herdada por alguns dos principais nomes da moda britânica na atualidade.
'Um exemplo desta influência é Vivienne Westwood, que usa o desenho britânico de Amies e o subverte, brinca com ele, o leva por caminhos nunca pensados antes', disse o comissário da exposição, que permanecerá no museu até o dia 23 de fevereiro de 2013. EFE
Londres, 18 nov (EFE).- Os costureiros de cabeceira de Elizabeth II estão reunidos em uma mostra em Londres que lembra, através de glamorosos vestidos, a história da alta costura britânica e o impulso que recebeu da monarquia para sua internacionalização.
'De Hartnell a Amies: Alta Costura com Cita Real', inaugurada na última sexta-feira no Museu da Moda e o Têxtil, reúne as criações de três estilistas que vestiram da família real britânica.
A exposição reúne 50 vestidos e 30 chapéus dos costureiros Norman Hartnell e Hardy Amies, e do chapeleiro Frederick Fox, além de suas fotografias tiradas por Norman Parkinson para a 'Vogue' e outras publicações da época.
'É uma história da moda britânica desde o início dos anos 1950, quando houve uma explosão, em grande parte devido à rainha', assegurou à Agência Efe o comissário do museu, Dennis Nothdruft.
A mostra ressalta a recusa da alta costura britânica a se curvar para outras mais reconhecidas, como a francesa, e agradece o apoio da monarquia aos costureiros nacionais, sobretudo a partir da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
Um elegante vestido de seda cor champanhe desenhado por Norman Hartnell para o casamento da aristocrata Oonagh Guinness dá começo à exposição com a lembrança dos alegres anos 20.
Hartnell, que abriu seu primeiro salão em 1923 e foi responsável pelos trajes de casamento e de coroação de Elizabeth II, foi crucial para a internacionalização da moda britânica.
O famoso costureiro vestiu também a rainha em sua juventude, como lembra a exposição com um traje de lantejoulas douradas que a esposa de Jorge VI usou em 1935.
'A monarquia foi muito importante porque ajudou a patrocinar a moda britânica ao redor do mundo como um estilo de vida', explicou Nothdruft.
Após a Segunda Guerra Mundial, em 1945, teve início a carreira do estilista Hardy Amies, que abriu esse ano uma loja na Savile Row, conhecida como a rua dos alfaiates da capital britânica.
O revolucionário 'new look' de Dior, com cinturas estreitas e volumosas saias, causaram impacto na indústria têxtil em 1947 e sua marca permanece visível em muitos dos trajes expostos de Amies, que se tornou o segundo costureiro de cabeceira da casa real britânica durante as décadas seguintes.
Entre eles, destaca-se uma réplica do famoso traje azul anil que Diana Spencer vestia no dia em que se comprometeu com o príncipe de Gales, em 1981.
Os chapéus são um ingrediente essencial da moda britânica e a mostra assim o reflete exibindo 30 desenhos do australiano Frederick Fox, como uma recriação que fez para a rainha em 1977, para a celebração de seus 25 anos no trono.
'Os chapéus da rainha tinham um trabalho específico, pois deviam permitir identificá-la em qualquer ato público do qual participasse. Eles tinham outro propósito, além do da moda', comentou Nothdruft.
A tradição semeada por Hartnell, Amies e Fox foi herdada por alguns dos principais nomes da moda britânica na atualidade.
'Um exemplo desta influência é Vivienne Westwood, que usa o desenho britânico de Amies e o subverte, brinca com ele, o leva por caminhos nunca pensados antes', disse o comissário da exposição, que permanecerá no museu até o dia 23 de fevereiro de 2013. EFE