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Educação protege contra crise, tabaco e obesidade, diz OCDE

Pessoas com ensino superior são menos afetadas pelo desemprego, fumam menos e têm menos chances de serem obesas, segundo relatório

Ensino superior: diferença em termos de emprego entre jovens com maior instrução e os que deixaram os estudos precocemente cresce ainda mais durante a crise, ressalta o relatório da OCDE (Frederick Florin/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 25 de junho de 2013 às 12h39.

Paris - Os diplomados do ensino superior são menos afetados pelo desemprego em tempos de crise, fumam menos e têm menos probabilidade de se tornarem obesos, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) divulgado nesta terça-feira.

"A diferença em termos de emprego entre os jovens com um nível de instrução mais elevado e aqueles que deixaram os estudos precocemente cresce ainda mais durante a crise", ressalta o 21º relatório "Olhares sobre a Educação", da OCDE.

A organização examinou trinta indicadores (salários dos professores, o tamanho das turmas...) nos países membros da organização, bem como na África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Brasil, China Índia, Indonésia e Rússia.

A maioria dos dados foram coletados até 2011 e, portanto, não leva em conta os cortes orçamentais derivados da crise da dívida. "Hoje, é mais importante do que nunca deixar a escola com um bom nível de qualificação", segundo o secretário-geral da OCDE Angel Gurria, citado em um comunicado. Ele pede aos governos para que "concentrem seus esforços em medidas voltadas para os jovens", principalmente aos "pouco qualificados, que riscam ter baixa remuneração".

A taxa de desemprego daqueles que não concluíram o ensino médio é quase três vezes maior (13%) do que os diplomados do ensino superior (5%).

E os formandos recebem um salário médio 50% maior do que os graduados do ensino médio.


Preocupado em plena crise com a proporção de jovens que não frequentam cursos e não trabalham, a OCDE, que reúne 34 países desenvolvidos, pediu no final de maio aos seus membros a "tomarem medidas para reduzir as taxas de evasão escolar, evitarem a repetição e darem uma segunda chance para os jovens", e melhorarem os programas de formação profissional.

A crise "pôs fim à tendência de aumento do investimento em educação": entre 2009 e 2010, os gastos públicos em educação em percentagem do PIB caiu 1% em média. Em 2011 e 2012, os cortes no orçamento da educação foram realizadas em 15 países da organização.

O relatório também destaca a mobilidade internacional crescente de estudantes: foram 4,3 milhões a estudar fora do seu país em 2011, contra 0,8 milhão em 1975. Cinco países atraíram metade deles: Estados Unidos (17%), Reino Unido (13%), Austrália, Alemanha e França (6% cada).

Para atrair esses estudantes estrangeiros, muitas universidades em países que não falam inglês têm implementado programas em inglês.

Pela primeira vez, o relatório examinou a correlação entre o nível de escolaridade, tabagismo e obesidade. Em média, os diplomados do ensino superior tem 50% menos chances de se tornarem obesos em comparação com aqueles que pararam no ensino médio.

Da mesma forma, nos países da OCDE, onde 30% dos adultos fumam diariamente, a taxa sobe para 37% entre aqueles que pararam no ensino médio, mas cai para 21% entre os licenciados.

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Paris - Os diplomados do ensino superior são menos afetados pelo desemprego em tempos de crise, fumam menos e têm menos probabilidade de se tornarem obesos, segundo um relatório da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico ( OCDE ) divulgado nesta terça-feira.

"A diferença em termos de emprego entre os jovens com um nível de instrução mais elevado e aqueles que deixaram os estudos precocemente cresce ainda mais durante a crise", ressalta o 21º relatório "Olhares sobre a Educação", da OCDE.

A organização examinou trinta indicadores (salários dos professores, o tamanho das turmas...) nos países membros da organização, bem como na África do Sul, Arábia Saudita, Argentina, Brasil, China Índia, Indonésia e Rússia.

A maioria dos dados foram coletados até 2011 e, portanto, não leva em conta os cortes orçamentais derivados da crise da dívida. "Hoje, é mais importante do que nunca deixar a escola com um bom nível de qualificação", segundo o secretário-geral da OCDE Angel Gurria, citado em um comunicado. Ele pede aos governos para que "concentrem seus esforços em medidas voltadas para os jovens", principalmente aos "pouco qualificados, que riscam ter baixa remuneração".

A taxa de desemprego daqueles que não concluíram o ensino médio é quase três vezes maior (13%) do que os diplomados do ensino superior (5%).

E os formandos recebem um salário médio 50% maior do que os graduados do ensino médio.


Preocupado em plena crise com a proporção de jovens que não frequentam cursos e não trabalham, a OCDE, que reúne 34 países desenvolvidos, pediu no final de maio aos seus membros a "tomarem medidas para reduzir as taxas de evasão escolar, evitarem a repetição e darem uma segunda chance para os jovens", e melhorarem os programas de formação profissional.

A crise "pôs fim à tendência de aumento do investimento em educação": entre 2009 e 2010, os gastos públicos em educação em percentagem do PIB caiu 1% em média. Em 2011 e 2012, os cortes no orçamento da educação foram realizadas em 15 países da organização.

O relatório também destaca a mobilidade internacional crescente de estudantes: foram 4,3 milhões a estudar fora do seu país em 2011, contra 0,8 milhão em 1975. Cinco países atraíram metade deles: Estados Unidos (17%), Reino Unido (13%), Austrália, Alemanha e França (6% cada).

Para atrair esses estudantes estrangeiros, muitas universidades em países que não falam inglês têm implementado programas em inglês.

Pela primeira vez, o relatório examinou a correlação entre o nível de escolaridade, tabagismo e obesidade. Em média, os diplomados do ensino superior tem 50% menos chances de se tornarem obesos em comparação com aqueles que pararam no ensino médio.

Da mesma forma, nos países da OCDE, onde 30% dos adultos fumam diariamente, a taxa sobe para 37% entre aqueles que pararam no ensino médio, mas cai para 21% entre os licenciados.

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