Brasil

Doação de sangue: quem pode, como e onde doar

Mesmo quem já teve covid-19 ou já foi vacinado pode doar, desde que respeitado um determinado período de resguardo; Dia Mundial do Doador de Sangue é celebrado nesta segunda (14)

 (iStock/Thinkstock)

(iStock/Thinkstock)

G

GabrielJusto

Publicado em 14 de junho de 2021 às 06h30.

Última atualização em 17 de junho de 2021 às 12h53.

Neste mesmo 14 de junho, em 1868, nascia na Áustria o imunologista Karl Landsteiner, que entrou para a história por descobrir o fator Rh e outras diferenças entre os vários tipos de sangue humano. É em homenagem a ele que, nesta segunda-feira, comemora-se o Dia Mundial do Doador de Sangue, data criada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) em 2014 para conscientizar sobre a importância da doação de sangue.

Atualmente, doam sangue voluntariamente cerca de 1,6% da população brasileira. O número está dentro do preconizado pela OMS, mas longe do ideal para manter os bancos de sangue em níveis ideais. Em 2020, devido à pandemia, houve queda de aproximadamente 20% no número de doações.

Para te ajudar a praticar esse ato de solidariedade, a EXAME reuniu as principais dúvidas em relação à doação de sangue. Confira:

Quem pode doar sangue?

Qualquer pessoa entre 16 e 69 anos que pese, pelo menos, 50kg e esteja devidamente descansado e alimentado.

Principais restrições à doação de sangue

Os impedimentos à doação de sangue se dividem entre temporários e definitivos. Doadores que tenham tido resfriado, parido recentemente, feito tatuagem ou algum procedimento cirúrgico/odontológico, em geral, ficam impedidos temporariamente de doar - restrição varia caso a caso, e pode durar de 7 a 180 dias.

Já os pacientes que já tiveram hepatite após os 11 anos de idade, malária, mal de parkinson, são soropositivos ou usuários de drogas injetáveis ficam impedidos de doar definitivamente. No caso da hepatite viral (A), a doação pode ser liberada de acordo com a avaliação do hemocentro.

Quem teve covid-19 pode doar sangue?

Quem teve covid-19 pode doar sangue, mas só 30 dias depois do fim da infecção. Doadores que tiveram contato direto com casos suspeitos ou confirmados devem aguardar pelo menos 14 dias após o contato.

Quem já se vacinou contra a covid-19 pode doar sangue?

Sim, desde que respeitados os períodos de restrição, que são: 48 horas após cada dose (Coronavac); 7 dias após cada dose (AstraZeneca ou Pfizer).

Quem se vacinou contra a gripe pode doar sangue?

Sim, mas só 48 horas após a aplicação da vacina.

Gays podem doar sangue?

Em maio de 2020, o STF considerou como discriminatórias e inconstitucionais as restrições impostas pelo Ministério da Saúde e pela ANVISA à doação de sangue por homens gays. Assim, gays podem doar sangue, sim.

Apenas a restrição em relação a candidatos com comportamento de risco, como praticar relações sexuais sem preservativos, continua válida.

Quais documentos eu preciso levar para doar sangue?

Qualquer documento de identificação original com foto, como RG, Carteira de Trabalho e CNH, pode ser usado ao doar sangue.

Onde eu posso doar sangue

Em São Paulo, procure a Fundação Pró-Sangue. No Rio de Janeiro, os postos do Hemorio - Instituto Estadual de Hematologia. Em Brasília, a Fundação Hemocentro de Brasília.

Quem doa sangue ganha folga no trabalho?

Os trabalhadores CLT tem direito a uma folga a cada 12 meses para doações de sangue voluntárias e corretamente comprovadas. Mas, se você não for CLT, recomenda-se negociar com o chefe - afinal é por uma boa causa!

De quanto em quanto tempo posso doar sangue?

Homens podem doar sangue a cada 60 dias, ou seja, no máximo 4 doações por ano. Já as mulheres têm um intervalo maior e podem doar a cada 90 dias, o equivalente a 3 doações por ano.

Acompanhe tudo sobre:Saúde

Mais de Brasil

São Paulo tem 88 mil imóveis que estão sem luz desde ontem; novo temporal causa alagamentos

João Fonseca bate Van Assche e vai à final do Next Gen Finals

Guia de verão no Rio: dicas de passeios, praias, bares e novidades da estação

Planejamento, 'núcleo duro' do MDB e espaço para o PL: o que muda no novo secretariado de Nunes