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Dono da Gucci diz que desempenho da empresa "piorou consideravelmente"

Marca já foi uma das queridinhas do grupo Kering, com resultados sólidos impulsionados pela pandemia

É esperado um declínio de 40% a 45% na receita operacional do primeiro semestre (Bobby Yip/Reuters)
Luiz Anversa

Repórter colaborador

Publicado em 25 de abril de 2024 às 16h06.

A Gucci é um símbolo do luxo, mas está passado por um momento complicado. Na terça-feira, a Kering, empresa controladora da Gucci, divulgou seus últimos números. A receita caiu 18% no primeiro trimestre deste ano comparando com o mesmo período de 2023. A Kering também alertou que a receita operacional vai despencar nos primeiros seis meses do ano.

O grupo disse que prevê um declínio de 40% a 45% na receita operacional do primeiro semestre em comparação com o mesmo período de 2023, à medida que luta para manter a participação num mercado de luxo cada vez mais exigente.

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O presidente e CEO da Kering, François-Henri Pinault, disse na terça-feira que a advertência foi feita depois que o desempenho da empresa “piorou consideravelmente” no primeiro trimestre. As vendas do grupo caíram para 4,5 bilhões de euros (US$ 4,8 bilhões) no primeiro trimestre, uma queda de 10% em relação aos três primeiros meses de 2023.

A Kering informou também uma queda de 6% na receita do quarto trimestre de 2023, com as vendas também caindo em todas as suas principais marcas, incluindo a Yves Saint Laurent. As vendas da Gucci, especificamente, caíram 4%.

Por que a Gucci está caindo?

As vendas da Gucci no primeiro trimestre caíram 18% em relação ao mesmo período de 2023, um pouco menos do que a queda de 20%  projetada anteriormente.

Esse número, porém, mostra que a Gucci não consegue acompanhar LVMH e Hermes, que se mantiveram resistentes diante dos ventos contrários da economia.

AGucci já foi uma das queridinhas do grupo Kering, apresentando resultados sólidos em 2021 que foram impulsionados por um boom no início da pandemia da Covid-19.Desde então, a linha de moda luxuosa tem lutado para manter sua participação no mercado, já que até mesmo os consumidores mais ricos apertaram o cinto em meio à inflação mais alta e mudaram para marcas de “luxo discreto”.

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