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Diane Von Furstenberg a R$ 200? C&A lança coleção que democratiza a grife

Para ‘”democratizar o que muitos não podem pagar”, rede passará a vender, a partir de 3 de novembro, peças da marca americana

Cerca de 40 itens assinados pela marca americana DVF serão vendidos pela C&A (Divulgação/Divulgação)
DS

Daniel Salles

Publicado em 28 de outubro de 2020 às 11h12.

Última atualização em 28 de outubro de 2020 às 11h13.

Um dos ícones da moda internacional aportará nas lojas da C&A no próximo dia 3 de novembro. Cerca de 40 itens assinados pela marca americana DVF, da estilista Diane Von Furstenberg, ocuparão as araras da varejista numa colaboração estratégica tanto para a rede quanto para a grife. Quer mais que o vaivém da bolsa? As oportunidades em renda fixa seguem valiosas. Saiba mais na EXAME Research

Num momento em que as pessoas devem sair às compras para o Natal, a varejista brigará pela atenção do consumidor com modelos exclusivos, a exemplo do famoso vestido envelope –o “wrap dress”–, peças de banho e caftãs com as indefectíveis estampas sinuosas que identificam esse que é um dos símbolos do empoderamento feminino desde os anos 1970, quando a marca foi criada.

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Peça da marca americana DVF (Divulgação/Divulgação)

Em coletiva na tarde desta terça-feira (27), a estilista e o presidente da C&A Brasil, Paulo Correa, falaram à imprensa sobre a colaboração que marca o retorno da marca que já chegou a ter no Brasil, no início da década passada, um dos seus principais mercados mundiais.

“Desde 2009 trabalhamos com parcerias assim, e os clientes esperam sempre mais parcerias. Para muitos deles é a oportunidade de uma vida, porque em condições normais não teriam acesso a essas peças. Acredito piamente que essa é uma forma de democratizar a moda e isso será cada vez mais forte no país”, disse Correa na videoconferência.

Para se ter uma ideia, um envelope tradicional da DVF pode custar cerca de R$ 6.000 no varejo de luxo. O tíquete médio das peças será de R$ 200.

Por outro lado, para a DVF, estar presente em novos mercados por meio de parcerias como essa pode ser uma constante. No auge da pandemia nos Estados Unidos, em junho, o site “Business of Fashion” informou que a marca fechará 18 de todas as suas lojas e que havia demitido 75% dos seus colaboradores. O problema, claro, é a crise conjuntural do varejo.

“A pandemia teve um impacto sobre todos nós. Como ela está acontecendo ainda, é importante olharmos as oportunidades de mudança, penar no que é mais importante na vida e reavaliar isso. As pessoas não estão se movimentando, por isso muitas empresas migraram para on-line. Para as marcas, acredito que é o momento de se voltar para sua essência, o que a tornou relevante”, disse Furstenberg.

No caso dela, voltar às raízes é apostar no empoderamento feminino, porque foi ela quem colocou no corpo das jovens executivas de Wall Street uma opção para a roupa de trabalho que substituísse o terninho de todo dia.

A receita era simples, mas ninguém a enxergava. Abrir a gola em V, que valoriza o colo, e transpassar um vestido de malha com uma fita enrolada na lateral da cintura, dando a ideia de que a mulher estava “envelopada” como num tailleur, mas com perna livres para se movimentar.

 

Peça da marca americana DVF (Divulgação/Divulgação)

Foi esse envelopamento que a transformou numa gigante da moda que influenciou toda uma geração de estilistas americanos a sempre procurar mobilidade e conforto na criação das roupas.

“Minha ideia foi sempre levar pensar na mulher em posição de poder, mas isso também significa que ela não tem de estar a mesma nas 24 horas do dia”, explica, citando o fato de que suas criações podem ser usadas em diferentes ocasiões, da reunião de negócios a uma pausa para um drinque.

Para o Brasil, ela e sua equipe também prepararam diversas opções de sandálias de tira, bolsas a tiracolo e cintos, para compor a seleção de maiôs e bodies com recortes.

A estampa “chairlink”, que causa um efeito óptico dado seu emaranhado de linhas, é um dos destaques, assim como a cartela recheada de tons de azul, rosa, púrpura e verde. Há, claro, opções em preto e branco para quem não se arrisca tanto nas cores.

Nesta quarta-feira (28), as clientes cadastradas no programa de relacionamento da C&A terão prioridade com uma venda exclusiva, e, no dia seguinte, a coleção entrará para compra no aplicativo da rede para, só depois, ganhar as lojas no início do próximo mês.

Correa explica que a estratégia é premiar os clientes da plataforma, que passaram de 500 mil para 3 milhões durante o período de isolamento. Segundo ele, esse movimento é irreversível. “Todo o comportamento digital se tornou maior do que era antes”, diz.

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