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Diageo aposta em canais online para compensar bares fechados no Brasil

Fabricante do uísque Johnnie Walker diz que consumo em casa subiu nos últimos 3 meses, mas não compensa a queda de vendas com o fechamento de bares

Whisky: fabricante do uísque Johnnie Walker atualmente tem parcerias com grandes varejistas no mercado brasileiro, incluindo grupos internacionais como a Amazon.com e o Mercado Livre, além das redes supermercadistas GPA e Carrefour Brasil (David Crockett/Getty Images)

Whisky: fabricante do uísque Johnnie Walker atualmente tem parcerias com grandes varejistas no mercado brasileiro, incluindo grupos internacionais como a Amazon.com e o Mercado Livre, além das redes supermercadistas GPA e Carrefour Brasil (David Crockett/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 26 de junho de 2020 às 17h13.

Última atualização em 26 de junho de 2020 às 17h16.

A Diageo, maior fabricante de destilados do mundo, intensificou os esforços para aumentar a presença de suas marcas no comércio eletrônico brasileiro desde que a pandemia do novo coronavírus fechou bares e restaurantes, levando as pessoas a beber em casa, disse um executivo da empresa nesta sexta-feira.

"O consumo em casa subiu significativamente nos últimos três meses, mas não compensa a queda de vendas com o fechamento de bares, restaurantes, boates e eventos", afirmou o presidente da Diageo para Brasil, Paraguai e Uruguai, Gregorio Gutierrez, em entrevista à Reuters.

Ele não especificou o percentual de queda nas receitas da região em meio à pandemia, mas observou que o segmento conhecido como "on-trade" - para consumo em estabelecimentos com licença para comercializar bebidas alcoólicas - representa entre 40% e 50% do negócio da Diageo.

"Logo que esses canais on-trade fecharam realocamos recursos para nossa força-tarefa online", disse Gutierrez.

A fabricante do uísque Johnnie Walker atualmente tem parcerias com grandes varejistas no mercado brasileiro, incluindo grupos internacionais como a Amazon.com e o Mercado Livre, além das redes supermercadistas GPA e Carrefour Brasil.

Mesmo com os esforços para expandir os canais online, a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) estima que a crise desencadeada pelo novo coronavírus, em média, reduziu em 50% as vendas de bebidas alcoólicas no país.

O Brasil tornou-se o epicentro da pandemia de COVID-19 na América Latina, somando mais de 1,2 milhão de casos confirmados e 55 mil mortes até 25 de junho, conforme dados do Ministério da Saúde.

Para Gutierrez, ainda é difícil prever quando as operações da Diageo devem voltar aos níveis pré-pandemia, ainda que as autoridades tenham começado a relaxar as restrições em algumas partes do país.

Na cidade de São Paulo, onde foi registrado o primeiro caso confirmado de COVID-19 no Brasil, bares e restaurantes estão autorizados a retomar as atividades a partir de 6 de julho.

Enquanto isso, a Diageo vem trabalhando para ajudar seus parceiros a se preparar para a reabertura. A fabricante criou um fundo global de 100 milhões de dólares para apoiar bares e restaurantes ao redor do mundo se recuperarem da crise mundial de Covid-19.

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