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De volta ao Brasil, Medina confessa que teve medo de perder

O atleta também falou do falecido tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, seu ídolo incondicional

Medina: "Não me importa o dinheiro, estou louco para competir" (Nacho Doce/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 24 de dezembro de 2014 às 06h07.

São Paulo - O novo campeão mundial de surfe, o brasileiro Gabriel Medina, confessou nesta terça-feira que nem sempre teve certeza da vitória e que durante a penúltima etapa do torneio, realizada em Portugal, chegou a pensar que não conseguiria o título.

"Na etapa de Portugal, a penúltima, cheguei a pensar que não ia ser meu. Devido à minha derrota. Ali talvez pensei que a chance de ganhar tinha ido embora", revelou Medina durante a entrevista coletiva que convocou horas após aterrissar, como campeão mundial, em São Paulo.

O brasileiro esteve na entrevista coletiva acompanhado de sua mãe, seus irmãos e do padrasto, que é também seu treinador.

"Voltei pra casa, treinei muito antes do Havaí, estava focado. Cheguei ao Havaí, vários dias sem campeonato, mas rolou com altas ondas. Me preparei, foquei, estava dedicado só pensando no título", acrescentou o jovem de 21 anos, que também se mostrou crítico com a situação do surfe no país.

"Eu que viajo o mundo inteiro, vejo molecada de nove, dez anos com pranchas lotadas de patrocínio. Aqui você chega ao Rio Grande do Norte ou Guarujá, algumas partes do Brasil, e vê moleques com mais talentos às vezes e nenhum patrocínio. É difícil a situação no Brasil. Não só no surfe, mas outros esportes também", lamentou, lembrando um antigo estigma do esporte.

"Antes o surfe tinha um ponto de vista ruim. Os maloqueiros que fumavam maconha, jogados pelo mundo. Hoje é profissão séria. Se você quer ser atleta de ponta, tem que se dedicar, treinar, ter vida de atleta", ressaltou.

Embora tenha reconhecido ter vontade de ver seus amigos e de "comer a pizza de sempre", o jovem campeão já está pensando no segundo título, já que seu objetivo é ultrapassar o recorde de seu ídolo e oponente Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial e 21 anos mais velho que Medina.

"Não me importa o dinheiro, estou louco para competir", sentenciou.

No meio de grande expectativa midiática, o campeão comentou que o desafio mais complicado será "manter-se no pódio" e contou que, embora ainda não tenha tido tempo de tomar consciência de sua façanha, "não lhe subiu à cabeça".

Medina também falou do falecido tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, seu ídolo incondicional.

"Ayrton é meu ídolo. Um cara que me inspirou bastante. Não tive a honra nem a oportunidade de conhecê-lo. Eu fiquei sabendo do que já falavam. Vi o filme dele também. Até chorei no filme dele, tem várias histórias que são inspiradoras", disse.

O momento de maior descontração da coletiva foi protagonizado pelo padrasto do atleta que, diante de várias câmeras, cumpriu uma das três promessas que fez se seu enteado conseguisse vencer: beber um refrigerante pela primeira vez em 15 anos.

As outras duas, disse entre risos, - fazer uma tatuagem e comer churrasco - serão cumpridas mais adiante.

Por outro lado, o mau tempo no litoral paulista causou o cancelamento da caravana que Medina pretendia fazer amanhã por São Sebastião, sua cidade natal, cuja prefeitura o homenageará com uma estátua.

Medina se coroou no sábado passado como o primeiro brasileiro campeão do mundo de surfe durante a 11ª e última etapa do campeonato realizada no Havaí, na qual terminou na segunda colocação.

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São Paulo - O novo campeão mundial de surfe, o brasileiro Gabriel Medina, confessou nesta terça-feira que nem sempre teve certeza da vitória e que durante a penúltima etapa do torneio, realizada em Portugal, chegou a pensar que não conseguiria o título.

"Na etapa de Portugal, a penúltima, cheguei a pensar que não ia ser meu. Devido à minha derrota. Ali talvez pensei que a chance de ganhar tinha ido embora", revelou Medina durante a entrevista coletiva que convocou horas após aterrissar, como campeão mundial, em São Paulo.

O brasileiro esteve na entrevista coletiva acompanhado de sua mãe, seus irmãos e do padrasto, que é também seu treinador.

"Voltei pra casa, treinei muito antes do Havaí, estava focado. Cheguei ao Havaí, vários dias sem campeonato, mas rolou com altas ondas. Me preparei, foquei, estava dedicado só pensando no título", acrescentou o jovem de 21 anos, que também se mostrou crítico com a situação do surfe no país.

"Eu que viajo o mundo inteiro, vejo molecada de nove, dez anos com pranchas lotadas de patrocínio. Aqui você chega ao Rio Grande do Norte ou Guarujá, algumas partes do Brasil, e vê moleques com mais talentos às vezes e nenhum patrocínio. É difícil a situação no Brasil. Não só no surfe, mas outros esportes também", lamentou, lembrando um antigo estigma do esporte.

"Antes o surfe tinha um ponto de vista ruim. Os maloqueiros que fumavam maconha, jogados pelo mundo. Hoje é profissão séria. Se você quer ser atleta de ponta, tem que se dedicar, treinar, ter vida de atleta", ressaltou.

Embora tenha reconhecido ter vontade de ver seus amigos e de "comer a pizza de sempre", o jovem campeão já está pensando no segundo título, já que seu objetivo é ultrapassar o recorde de seu ídolo e oponente Kelly Slater, 11 vezes campeão mundial e 21 anos mais velho que Medina.

"Não me importa o dinheiro, estou louco para competir", sentenciou.

No meio de grande expectativa midiática, o campeão comentou que o desafio mais complicado será "manter-se no pódio" e contou que, embora ainda não tenha tido tempo de tomar consciência de sua façanha, "não lhe subiu à cabeça".

Medina também falou do falecido tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna, seu ídolo incondicional.

"Ayrton é meu ídolo. Um cara que me inspirou bastante. Não tive a honra nem a oportunidade de conhecê-lo. Eu fiquei sabendo do que já falavam. Vi o filme dele também. Até chorei no filme dele, tem várias histórias que são inspiradoras", disse.

O momento de maior descontração da coletiva foi protagonizado pelo padrasto do atleta que, diante de várias câmeras, cumpriu uma das três promessas que fez se seu enteado conseguisse vencer: beber um refrigerante pela primeira vez em 15 anos.

As outras duas, disse entre risos, - fazer uma tatuagem e comer churrasco - serão cumpridas mais adiante.

Por outro lado, o mau tempo no litoral paulista causou o cancelamento da caravana que Medina pretendia fazer amanhã por São Sebastião, sua cidade natal, cuja prefeitura o homenageará com uma estátua.

Medina se coroou no sábado passado como o primeiro brasileiro campeão do mundo de surfe durante a 11ª e última etapa do campeonato realizada no Havaí, na qual terminou na segunda colocação.

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