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Damien Hirst expõe série das “bolinhas coloridas”

Pinturas, expostas em 11 galerias do mundo, mostra que o artista inglês já não é um super-herói contra os crimes da arte

Hoje o artista está mais para um Darth Vader, feliz no lado negro da força (Matthew Lloyd/Getty Images)

Hoje o artista está mais para um Darth Vader, feliz no lado negro da força (Matthew Lloyd/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 12 de março de 2012 às 14h40.

São Paulo - Diante de qualquer notícia sobre o inglês Damien Hirst, a melhor estratégia é sempre olhar os fatos e, desta vez, desde o dia 12 de janeiro, há mais de mil deles. Depois da vaca decepada, do tubarão em formol e da caveira incrustada de diamantes, que levaram ao êxtase e ao horror defensores e detratores, agora o artista encontra o galerista Larry Gagosian – regularmente descrito como o mais poderoso (e rico) homem das artes.

Nas 11 galerias Gagosian, distribuídas por Nova York, Beverly Hills, Londres, Paris, Roma, Genebra, Atenas e Hong Kong, pode ser vista até março a série completa das “bolinhas coloridas”, mais de mil peças concebidas entre 1986 e 2011, e intituladas Spot Paintings. Damien unindo-se a Larry, com Larry vendendo Damien em diferentes cidades ao mesmo tempo, é como se Batman se juntasse ao Coringa a fim de finalmente dominar o mundo. Ou, nesse caso, o mercado de arte.

Para uma geração de nomes surgida na última década do século passado, Damien Hirst chegou a ser de fato um tipo de super-herói. Ousava atacar qualquer instituição ou crítico que tentasse definir o que era bom ou certo no que se refere à arte e a seus criadores. Seus gestos eram furiosos, provocativos e, da mesma forma, as obras, que denunciavam seu pânico e sua atração pela morte.

Naquele momento, duas décadas atrás, ele se tornou um personagem que pretendia (e muitas vezes conseguia) manipular preços e compradores, de alguma forma ajudando a ferir o próprio sistema que o alimentava.

Com o tempo, algo aconteceu. De tanto lutar contra o crime (da arte e de seus valores), ele parece ter virado, nos últimos anos, um dos principais criminosos. Não houve nada em seu comportamento cínico que o impedisse de se transformar, em 2007 – após a venda de Lullaby Spring (um gabinete com mais de 6 mil pílulas de remédio coloridas) por 19.2 milhões de dólares –, no artista vivo mais caro já comercializado em um leilão.

A série Spot Paintings faz parte dessa história. As “bolinhas” representando produtos e elementos químicos foram pintadas em grande parte por seu exército de assistentes. Mas, além de remeterem ao universo da medicina e ao funcionamento do organismo, exibem sobretudo um Damien Hirst sem limites, encontrando finalmente seu Darth Vader e feliz por estar no lado negro da força.

Diante de qualquer notícia sobre o inglês Damien Hirst, a melhor estratégia é sempre olhar os fatos e, desta vez, desde o dia 12 de janeiro, há mais de mil deles. Depois da vaca decepada, do tubarão em formol e da caveira incrustada de diamantes, que levaram ao êxtase e ao horror defensores e detratores, agora o artista encontra o galerista Larry Gagosian – regularmente descrito como o mais poderoso (e rico) homem das artes.

Nas 11 galerias Gagosian, distribuídas por Nova York, Beverly Hills, Londres, Paris, Roma, Genebra, Atenas e Hong Kong, pode ser vista até março a série completa das “bolinhas coloridas”, mais de mil peças concebidas entre 1986 e 2011, e intituladas Spot Paintings. Damien unindo-se a Larry, com Larry vendendo Damien em diferentes cidades ao mesmo tempo, é como se Batman se juntasse ao Coringa a fim de finalmente dominar o mundo. Ou, nesse caso, o mercado de arte.

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