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Coutinho é enterrado sob aplausos de 300 amigos

O poeta Ferreira Gullar, amigo de Coutinho havia 50 anos, se disse "chocado" com a violência que ele sofreu

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Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 16h23.

Rio - O corpo do documentarista Eduardo Coutinho foi enterrado às 16h30 desta segunda-feira, 3, no Cemitério São João Batista, no Rio, sob muitos aplausos de cerca de 300 amigos e admiradores. No momento do enterro, foi puxada a saudação "Companheiro Eduardo Coutinho, presente!".

A cantora e compositora Adriana Calcanhotto, amiga e admiradora de Coutinho, disse, no velório, que costumava assistir aos filmes dele em sessões fechadas, antes das estreias, e que é fã do modo "de pensar e fazer cinema ". "É único e original", afirmou.

O poeta Ferreira Gullar, amigo de Coutinho havia 50 anos, desde a vivência no Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes(UNE), se disse "chocado" com a violência que ele sofreu.

"Foi brutal. Coutinho era a última pessoa do mundo que deveria ser assassinada. Eu passei por algo semelhante na família (ter filhos com doenças psíquicas) e sei como é. Ele era uma pessoa discreta, delicada, um amigo afetuoso e leal. Para o cinema, é uma perda grande, pois, dificilmente, vai aparecer outro", afirmou.

O diretor de fotografia Walter Carvalho também o conhecia desde os anos 1960. O irmão de Carvalho, Wladimir, foi assistente de Coutinho no início das filmagens de Cabra Marcado para Morrer, em 1963.

"As reuniões com os camponeses eram na minha casa, em João Pessoa. O cinema dele influenciou a todos. Era um homem de vanguarda. Tudo o que tenho a dizer são as últimas palavras de Hamlet: 'O resto é silêncio'", disse.

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A cantora e compositora Adriana Calcanhotto, amiga e admiradora de Coutinho, disse, no velório, que costumava assistir aos filmes dele em sessões fechadas, antes das estreias, e que é fã do modo "de pensar e fazer cinema ". "É único e original", afirmou.

O poeta Ferreira Gullar, amigo de Coutinho havia 50 anos, desde a vivência no Centro Popular de Cultura da União Nacional dos Estudantes(UNE), se disse "chocado" com a violência que ele sofreu.

"Foi brutal. Coutinho era a última pessoa do mundo que deveria ser assassinada. Eu passei por algo semelhante na família (ter filhos com doenças psíquicas) e sei como é. Ele era uma pessoa discreta, delicada, um amigo afetuoso e leal. Para o cinema, é uma perda grande, pois, dificilmente, vai aparecer outro", afirmou.

O diretor de fotografia Walter Carvalho também o conhecia desde os anos 1960. O irmão de Carvalho, Wladimir, foi assistente de Coutinho no início das filmagens de Cabra Marcado para Morrer, em 1963.

"As reuniões com os camponeses eram na minha casa, em João Pessoa. O cinema dele influenciou a todos. Era um homem de vanguarda. Tudo o que tenho a dizer são as últimas palavras de Hamlet: 'O resto é silêncio'", disse.

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