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Consumo sustentável impulsiona brechós nas redes sociais

Com a pandemia e fortalecimento das gerações Y e Z, que buscam peças de segunda mão como forma de consumo sustentável, lojas independentes crescem online

Com conscientização ambiental e incômodo com as marcas de fast fashion, consumidores migram para os brechós online. (Jennifer M. Ramos/Getty Images)
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Julia Storch

Publicado em 6 de julho de 2021 às 09h37.

Última atualização em 6 de julho de 2021 às 09h38.

Os brechós online têm se tornado uma nova tendência de consumo entre as gerações Y e Z. Acelerado não apenas pela pandemia, com o fechamento de shoppings e lojas e o crescimento de e-commerces, a sustentabilidade se tornou uma pauta para as pessoas com até 25 anos. Para os vendedores, pequenos garimpos se tornam lojas nas redes sociais, como o Instagram, que passou a oferecer ferramentas de vendas.

Segundo dados da GlobalData sobre o relatório da ThredUp, empresa de capital aberto americana com foco em vendas de usados, 45% da geração Y e geração Z dizem se recusar a comprar de marcas e varejistas não sustentáveis. A pesquisa aponta ainda que a tendência de alta nos brechós online é de identificação. É esperado 33% de crescimento das vendas online de usados neste ano, contra 8% do varejo tradicional.

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A pandemia também trouxe um novo cenário para os brechós online que, mesmo em meio à crise, conseguiram captar um público que está dentro de casa comprando pela internet e buscando reduzir gastos ao consumir peças usadas. À medida que se torna mais fácil vender roupas online, mais lojas aparecem nas redes sociais.

Um exemplo é o Instagram, que no ano passado lançou a opção “Instagram Shop”. Na aba explorar, usuários podem comprar produtos de marcas e de criadores de conteúdo, além de receber recomendações personalizadas. Para vendedores, é uma forma mais simples de expor as peças e gerar visualização. Segundo a rede social, 90% dos usuários seguem pelo menos um negócio.

A GlobalData estimou em 2019 que o dinheiro movimentado pelo setor de peças de segunda mão saltará de 28 bilhões de dólares para 64 bilhões de dólares em 2028. No mesmo período, o crescimento das fast fashion será menor: de 36 bilhões de dólares para 43 bilhões de dólares.

Confira nossa seleção de brechós online:

Fundinho Brechó

Marcada pela infância simples, em que seu guarda-roupa era composto por muitas peças doadas, Yasmin Stevam desenvolveu o talento para curadoria e, incentivada por uma amiga, começou a vender suas próprias roupas no Instagram. Foi assim que nasceu o Fundinho Brechó, em 2017. Os conceitos de empreendedora e economia circular só vieram depois, quando Yasmin entendeu que o seu varejo online era empreendedorismo. @brechonofundinho

I Need Brechó

O brechó nasceu com o propósito de dar um novo ciclo de vida para muitas peças, gerando uma moda mais sustentável e estimulando o consumo consciente. Criado em 2015, por Stheffany Wendy, as roupas e acessórios garimpados eram vendidos online. Hoje, a marca conta com uma loja física em São Paulo, onde é oferecida uma curadoria selecionada à dedo para todos os clientes. @ineedbrecho

Brechó do Barulho

Idealizado por Larissa Cristiny, o brechó conta com peças de marcas e grifes. Aos 24 anos, Larissa concilia a maternidade com a administração de todos os processos da empresa sozinha, desde o garimpo das peças, higienização, vendas e envio. @brechodobarulho

For Boys e Go Girl

Yasmin Christe criou o For Boys, um brechó masculino, focado em moda social e ambiental, pensando em alcançar o público masculino, após perceber o interesse deles em sua primeira marca Go Girl. A marca surgiu da necessidade em comunicar o mercado masculino sobre a importância de se consumir moda de forma inteligente, aliada a causas sociais e ambientais. Todas as peças são garimpadas no extremo sul da cidade de São Paulo, visando gerar o impacto social em regiões desfavorecidas. @forboys e @gogirlbrecho

Las Hermanas Brechó

Las Hermanas traz o conceito de brechó que incentiva a prática do desapego, a rotatividade das peças e o consumo consciente, movimentando o fluxo de energia entre as pessoas. A marca de Larissa Sagesser tem como propósito ajudar a diminuir o impacto que a indústria da moda causa no meio ambiente, através da ressignificação de peças de segunda mão. @lashermanas.brecho

Com Eira e Beira Brechó

Elis Iafelix, historiadora por profissão, trabalhava com acervos de documentos físicos e digitais, e não se imaginava um dia como empreendedora. A história do seu empreendimento começou em 2014, durante sua licença maternidade, quando Elis decidiu arrumar suas roupas e sapatos, e percebeu que havia uma grande quantidade de peças que não usava mais. Ao lado de Telma Spagnol teve a ideia de criar uma página no Facebook expondo o seu “acervo” de itens. Hoje seu perfil no Instagram conta com mais de 14 mil seguidores, onde a dupla compartilha o acervo com muita criatividade. @eiraebeira

Acervo de Coisinhas

“Acervo de Coisinhas” é um acervo de roupas, sapatos e acessórios usados em perfeito estado. Foi criado em 2014, por Fabiola Loureiro e uma amiga da faculdade. Formadas em design gráfico, uma com especialização em moda e outra em cenografia, respectivamente, sempre tiveram vontade de montar um negócio juntas. Como uma delas trabalhava em um café com uma sobreloja disponível, decidiram misturar suas experiências e conhecimentos, e montar um brechó. @acervodecoisinhas

Mercado Poucas e Boas

Cinara Carvalho teve a ideia de iniciar o seu negócio em 2017, no formato de feirinha de diversas marcas autorais. Em junho de 2018, virou uma loja corporativa, surgindo assim o Mercado Poucas e Boas. No começo, Cinara tinha a marca de roupas “Cig”, que é atrelada ao consumo e conceito sustentável e, na época, estava procurando um espaço para realizar um evento de sua marca. O evento não aconteceu, mas Cinara teve a ideia de realizar uma feirinha com outros pequenos empreendedores e marcas e, feliz com o resultado positivo, decidiu transformar o espaço no Mercado. @mpb.colab

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