Cosplayer da Comic Con de NY: evento volta a acontecer presencialmente, ainda que em escala reduzida (Daniel Zuchnik/Getty Images)
Thiago Lavado
Publicado em 7 de outubro de 2021 às 06h00.
Tem sido uma retomada lenta para o negócio de eventos presenciais desde o início da pandemia de covid-19. Em meio a protocolos de segurança e preocupação com variantes, a conferências de quadrinhos Comic Con de Nova York é retomada presencialmente nesta quinta-feira tentando mudar esse cenário.
Ao contrário do mercado musical, que tem estourado bilheteria para shows e festivais nos EUA, feiras de negócios têm visto um retorno mais lento. No primeiro trimestre do ano 78% delas foram canceladas, 14% adiadas e apenas 8% ocorreram como planejado.
O evento desta quinta-feira tenta mudar esse paradigma, apesar de ter sido anunciado em um período que a vacinação caminhava nos EUA e a variante Delta era apenas uma notícia vista de longe.
Para aplacar os problemas, a conferência deve ter um misto de programação virtual e presencial que devem trazer novidades nas indústrias de quadrinhos, games, e criação de conteúdo como um todo. Medidas de segurança e modelo híbrido, no entanto, não foram o suficiente para que muitos editores e publicações escolhessem ficar de fora.
Outras conferências gigantes, como a Comic Con de São Diego também deve receber escala reduzida. Já a Comic Con Experience (CCXP), em São Paulo, acontece apenas virtualmente em 2021.
A indústria de convenções do tipo da Comic Con é milionária: no ano passado foram vendidos 1,28 bilhão de dólares em quadrinhos e novelas gráficas na América do Norte e as conferências movimentam fãs, criadores, publishers. As histórias geram outros bilhões de dólares em bilheteria de cinema em adaptações cinematográficas.
Os eventos presenciais devem continuar acontecendo, ainda que em escala reduzida. A experiência em Nova York pode trazer mais detalhes para os organizadores dos que ainda virão.