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Com Tom Ford, Semana de Moda de NY entra em nova era

Tom Ford é o novo presidente do conselho de administração do sindicato dos estilistas americanos, que supervisiona o NYFS

Tom Ford: estilista Tom Ford, que ressuscitou a Gucci nos anos 1990, tenta fazer o mesmo agora com a Fashion Week (Dia Dipasupil/Getty Images)

Tom Ford: estilista Tom Ford, que ressuscitou a Gucci nos anos 1990, tenta fazer o mesmo agora com a Fashion Week (Dia Dipasupil/Getty Images)

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AFP

Publicado em 6 de setembro de 2019 às 14h54.

Última atualização em 6 de setembro de 2019 às 14h56.

Tom Ford, Rihanna e o retorno de grandes nomes como Tommy Hilfiger prometem uma nova era para a Semana de Moda de Nova York, que começa nesta sexta-feira, após várias temporadas pouco memoráveis.

O estilista americano Tom Ford, que ressuscitou a Gucci nos anos 1990, tenta fazer o mesmo agora com a Fashion Week.

"Quero uma exposição global à criatividade que encontramos em Nova York", disse Ford, que assumiu a presidência do conselho de administração do sindicato dos estilistas americanos, o CFDA, que supervisiona o evento.

"Tudo é muito egocêntrico neste país. É por isso que os estilistas americanos mais conhecidos vão embora. Onde está Virgil Abloh? Na Vuitton", acrescentou ele em entrevista à revista Vogue publicada em agosto.

"Se você vai a Paris, torna-se mundial. Se fica em Nova York, está em Nova York".

Ford pressionou a decisão do CFDA de encurtar a Semana da Moda de sete para cinco dias, uma medida reclamada há anos pelo grêmio para fortalecer o evento.

Os desfiles de roupas femininas, que tradicionalmente começavam na quarta-feira à noite, começarão esta sexta-feira à noite e culminarão na noite de quarta-feira, 11 de setembro.

O histórico de Ford é bem diferente do de sua antecessora, Diane Von Furstenberg, que presidiu o CFDA por 13 anos.

Sua marca DVF teve sua casa mãe em Nova York por mais de meio século, enquanto Ford, nascido no Texas, trabalhou na Inglaterra e na Itália antes de se estabelecer em Los Angeles.

Nova York é a primeira das quatro grandes semanas de moda e encurtar a agenda a torna mais atraente para os compradores e a imprensa estrangeira em busca de novos talentos.

Diversidade

"Uma semana mais curta é mais barata e mais intensa para os convidados, especialmente aqueles que chegam de Nova York do exterior", disse Steven Kolb, presidente do CFDA.

Nos últimos anos, Nova York viu como vários grandes estilistas optaram por exibir suas coleções em outras cidades, como Paris ou Los Angeles.

Abloh, Rodarte, Altuzarra, Thom Browne e Alexander Wang estão entre os nomes de destaque que largaram o evento recentemente, o que levou muitos observadores a se perguntarem se isso representaria o fim da NYFW.

No entanto, há sinais incipientes de que já está ressuscitando sob a batuta de Ford, com vários estilistas voltando ao evento, como Wang ou Tommy Hilfiger pela primeira vez em quase três anos, com a presença da atriz Zendaya, no lendário Teatro Apollo do Harlem.

A cantora pop Rihanna apresentará sua bem-sucedida linha de lingerie Savage x Fenty após sua estreia na NYFW de setembro passado.

Outro desfile muito aguardado é o do haitiano-americano Kerby Jean-Raymond, que mostrará sua última coleção para Pyer Moss.

Também são aguardados os desfiles das marcas emergentes Telfar, Tomo Koizumi, Self-Portrait e Khaite.

A festa começa com um jantar oferecido por Tom Ford, com a participação de dezenas de jovens estilistas de Nova York.

A diversidade será novamente um grande tema. O CFDA está comprometido em apresentar modelos de diferentes raças e tipos de corpo.

O conselho nomeou recentemente como membros Jean-Raymond, Abloh e a britânica Carly Cushnie, todos negros. E também María Cornejo, de origem chilena.

"A diversidade, inclusão e bem-estar das modelos são fundamentais para nossos esforços, assim como mostrar jovens talentos, que são essenciais para o nosso trabalho", disse Kolb.

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