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Com patrocínio da LVMH, a Olimpíada de Paris vira vitrine para o grupo

Sob liderança de Bernard Arnault, marcas de joias, moda, bebidas e hotelaria do grupo farão parte do evento com um patrocínio de € 150 milhões (R$ 908 milhões)

Antoine Arnault, CEO da LVMH Holding Company, Bernard Arnault, fundador  e CEO da LVMH e  Tony Estanguet, presidente do comitê de organização dos Jogos de Paris 2024. (JULIEN DE ROSA/AFP/Getty Images)

Antoine Arnault, CEO da LVMH Holding Company, Bernard Arnault, fundador e CEO da LVMH e Tony Estanguet, presidente do comitê de organização dos Jogos de Paris 2024. (JULIEN DE ROSA/AFP/Getty Images)

Júlia Storch
Júlia Storch

Repórter de Casual

Publicado em 22 de julho de 2024 às 13h51.

Última atualização em 22 de julho de 2024 às 14h01.

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Nesta semana começam os Jogos Olímpicos de Paris. Enquanto grande parte do mundo se volta à capital francesa por 30 dias, a LVMH, maior empresa de luxo do mundo, também se movimenta para entrar nos holofotes.

Sob liderança de Bernard Arnault, marcas de joias, moda, bebidas e hotelaria do grupo farão parte do evento com um patrocínio de € 150 milhões (R$ 908 milhões).

"A LVMH apelou a várias de suas maisons para aplicarem o seu talento criativo para mostrar o savoir-faire único da França durante esta celebração global do desporto de alto nível", anunciou o conglomerado. "Muitas maisons LVMH tiveram origem em Paris, e Paris sempre esteve intimamente ligada à história e ao sucesso do Grupo, que por sua vez está profundamente ligado à cidade".

Dessa forma, o esporte será pano de fundo para exposições de arte e moda promovidas pelo grupo. Visitantes na cidade poderão conhecer as principais marcas do grupo, incluindo Guerlain, Berluti, Dior, La Samaritaine (sua loja de departamentos) e sua fundação de arte por meio de eventos parelelos aos Jogos.

Além disso, marcas da LVMH estarão presentes tanto escancaradamente, como nas malas da Louis Vuitton que levarão as medalhas e a tocha olímpica, quanto de forma sutil, com os atletas vestindo uniformes oficiais da abertura, assinados pela marca de moda masculina Berluti.

Várias outras empresas da LVMH também estão envolvidas.

A relojoaria e joalheria Chaumet desenvolveu as medalhas de ouro, prata e bronze que serão distribuídas aos vencedores da Olimpíada e Paralimpíada. Além dos metais preciosos, o centro de cada medalha possui uma autêntica peça de ferro da Torre Eiffel, coletada durante a renovação do monumento.

"As equipes criativas da Chaumet propuseram um lado específico de Paris que presta homenagem à França e à Cidade Luz, ao mesmo tempo que ecoa os códigos criativos da maison. O hexágono, um emblema visual que simboliza a França, também é uma figura querida por Chaumet. Reprisado no vocabulário de estilo da maison, o símbolo de oito lados que também representa a França é amplificado por uma série de raios que evocam o brilho da nação que sedia os Jogos Olímpicos e Paralímpicos de Paris 2024", anunciou a LVMH em comunicado.

O outro lado das medalhas ilustra o renascimento dos Jogos Olímpicos modernos na Grécia. Nike, a deusa grega da vitória, é retratada tendo como pano de fundo a Acrópole saindo do Estádio Panatenaico, onde foram realizadas as primeiras Olimpíadas Modernas em 1896.

Para esta edição, a Torre Eiffel se junta à Acrópole, em homenagem aos Jogos Olímpicos Antigos na Grécia, bem como aos Jogos Modernos, que este ano celebram 100 anos dos Jogos Olímpicos de Verão de 1924.

Medalhas dos Jogos de Paris: desenvolvidas pela LVMH. (LVMH/Divulgação)

Ainda que a holding tenha encerrado 2023 com faturamento recorde de € 86,15 bilhões, 9% acima do registrado em 2022, o primeiro trimestre de 2024 teve retração, com receita de € 20,694 bilhões, representando declínio de 2% em relação a igual período de 2023 e ficando abaixo da projeção de analistas consultados pela FactSet, de € 20,9 bilhões.

A expectativa é que a LVMH deva gerar quase € 90 bilhões em vendas neste ano, acima dos € 54 bilhões em 2019. Seja por meio da publicidade gerada pela Olimpíada, seja pelo consumo proveniente da Ásia.

“Decidimos não apenas assinar um cheque, decidimos que, se fôssemos participar dos Jogos Olímpicos, seria algo novo. Seria algo nunca visto antes", disse o Antonie Arnault ao New York Times. Na sexta-feira, 1,5 bilhão de pessoas estarão atentos ao grupo na abertura dos Jogos.

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