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Cineastas dizem que Coutinho não merecia destino trágico

A morte de Eduardo Coutinho, aos 80 anos, por facadas ontem, dentro de sua própria casa, foi um destino trágico para um dos maiores documentaristas do Brasil

Eduardo Coutinho, cineasta: "é um momento de muita tristeza para a cultura brasileira, para o cinema brasileiro", disse Silvio Tendler (Divulgação/Abr)
DR

Da Redação

Publicado em 3 de fevereiro de 2014 às 09h07.

Rio de Janeiro - A morte de Eduardo Coutinho, aos 80 anos, por facadas ontem, dentro de sua própria casa, foi um destino trágico para um dos maiores documentaristas do Brasil, na avaliação dos cineastas Silvio Tendler e Luiz Carlos Barreto.

Para Tendler, que já fez produções sobre o ex-presidente João Goulart e o cineasta Glauber Rocha, Coutinho “não merecia esse destino trágico”.

“Estou muito abalado. Tudo foi muito surpreendente. Ele não merecia esse destino trágico. É muito triste. O Coutinho era um amigo muito querido. É um momento de muita tristeza para a cultura brasileira, para o cinema brasileiro. Sem dúvida ele era um de nossos grandes talentos. Nós só temos a lamentar”, disse Tendler.

De acordo com Tendler, a morte de Eduardo Coutinho deixará “uma lacuna muito grande, ao mesmo tempo em que deixa uma obra que vai continuar sendo vista e discutida.

Alguns de seus filmes estão entre os mais importantes do cinema brasileiro, do cinema como um todo. Ele é um dos artistas brasileiros mais importantes de todos os tempos”

Luiz Carlos Barreto, produtor de filmes como Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976) e O que é Isso, Companheiro? (1997), o “destino foi injusto” com Coutinho. “Ele merecia um final de vida mais bonito.

“A morte do Eduardo Coutinho não é uma perda apenas para o cinema brasileiro. É uma perda para o cinema mundial. Ele foi, no plano brasileiro e internacional, uma figura revolucionária na linguagem do documentário, porque ele soube introduzir, além do simples registro, a dramaturgia. Os documentários de Coutinho criaram uma escola dramatúrgica para os documentários. Isso sem contar sua contribuição nos pensamentos e no movimento político do Cinema Novo, para construir um cinema de produção permanente”, disse Barreto.

O principal suspeito da morte de Eduardo Coutinho é seu filho, Daniel, que está sob custódia da polícia, internado no Hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil, Daniel esfaqueou o pai e a mãe, Maria das Dores, e depois tentou se matar. Maria das Dores também continua internada no Miguel Couto.

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Rio de Janeiro - A morte de Eduardo Coutinho, aos 80 anos, por facadas ontem, dentro de sua própria casa, foi um destino trágico para um dos maiores documentaristas do Brasil, na avaliação dos cineastas Silvio Tendler e Luiz Carlos Barreto.

Para Tendler, que já fez produções sobre o ex-presidente João Goulart e o cineasta Glauber Rocha, Coutinho “não merecia esse destino trágico”.

“Estou muito abalado. Tudo foi muito surpreendente. Ele não merecia esse destino trágico. É muito triste. O Coutinho era um amigo muito querido. É um momento de muita tristeza para a cultura brasileira, para o cinema brasileiro. Sem dúvida ele era um de nossos grandes talentos. Nós só temos a lamentar”, disse Tendler.

De acordo com Tendler, a morte de Eduardo Coutinho deixará “uma lacuna muito grande, ao mesmo tempo em que deixa uma obra que vai continuar sendo vista e discutida.

Alguns de seus filmes estão entre os mais importantes do cinema brasileiro, do cinema como um todo. Ele é um dos artistas brasileiros mais importantes de todos os tempos”

Luiz Carlos Barreto, produtor de filmes como Dona Flor e Seus Dois Maridos (1976) e O que é Isso, Companheiro? (1997), o “destino foi injusto” com Coutinho. “Ele merecia um final de vida mais bonito.

“A morte do Eduardo Coutinho não é uma perda apenas para o cinema brasileiro. É uma perda para o cinema mundial. Ele foi, no plano brasileiro e internacional, uma figura revolucionária na linguagem do documentário, porque ele soube introduzir, além do simples registro, a dramaturgia. Os documentários de Coutinho criaram uma escola dramatúrgica para os documentários. Isso sem contar sua contribuição nos pensamentos e no movimento político do Cinema Novo, para construir um cinema de produção permanente”, disse Barreto.

O principal suspeito da morte de Eduardo Coutinho é seu filho, Daniel, que está sob custódia da polícia, internado no Hospital Miguel Couto, na zona sul do Rio de Janeiro.

Segundo a Polícia Civil, Daniel esfaqueou o pai e a mãe, Maria das Dores, e depois tentou se matar. Maria das Dores também continua internada no Miguel Couto.

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